『 Por conta de suas feições, Yuri desde criança foi considerada uma garota fria que não tem clemência nem mesmo com relação às pessoas que demonstram algum sinal de fraqueza. No entanto, ao contrário do que a sua mãe diz a chamando de 'praga profana...
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Os olhos cansados cobertos pelas olheiras selecionava a dedo os produtos de hidratação para cabelo que foram prontamente embalados pelas sacolas plásticas com a logo da perfumaria do centro de Tóquio. Para a sua surpresa, apesar do calor abafado na região, não havia qualquer sinal da chuva que atormenta a cidade com uma certa frequência.
O gato feito de pelúcia que atua como um não tagarela, o qual possui um apego incondicional sem que possa dizer em palavras, encontra-se sendo amparado pelo seu braço direito enquanto as pesadas sacolas são sustentadas pela mão esquerda. Passos ligeiros eram dados com o intuito de se apressar em chegar ao instituto a qual reside desde criança para conseguir terminar os seus apontamentos sobre as borboletas malditas que absorvem a energia amaldiçoada das maldições e a curam dos ataques de terceiros.
Mas, em meio a tormentosa cidade movimentada, os seus passos se detiveram em frente a um beco sombrio em que gritos de dor chegavam até a sua audição para puderem alcançar o sistema cerebral da garota de madeixas prateadas que tentava fazer os seus olhos se acostumarem a escuridão que a noite proporcionava no beco anteriormente solitário, conseguindo focar em um estudante do fundamental de cabelos negros e espetados que não editava em socar exaustivamente um colega pertencente à mesma escola que a sua, dúvida esta sanada por conta das vestimentas postas sobre as suas peles.
Em um movimento rápido e calculado, a bela jovem deixou as suas sacolas de compras sobre o solo para que pudesse segurar o pulso do garoto com firmeza antes que mais sangue salpicasse sobre sua face e sujasse mais as suas mãos desnudas. O cheiro característico de energia amaldiçoada se fez presente em minhas narinas de forma suave, tendo a plena noção que estava lidando com um feiticeiro que estava acertando as contas com o garoto já esparramado no chão suplicando por ajuda.
Geralmente, não seria de seu interesse interferir em assuntos alheios que não lhe convém, mas a situação muda quando um feiticeiro está envolvido em uma violência que pode colocar tudo a perder em questão de instantes caso a vítima ligasse os pontos que havia algo de errado.
Não possui sentimentos com relação ao garoto com o nariz quebrado que jorra sangue, mas a sensação de recordar a face entristecida de Gojo era algo que lhe atormenta desde o momento que a visualizou, tendo a plena noção de que deveria se fortalecer para proteger os diamantes brutos que tanto o seu pai adora, tomando essa missão silenciosa para si sem que os outros se deem conta disso.
As tentativas falhas do mesmo em soltar do seu aperto para continuar o seu trabalho sangrento fez com que um suspiro cansado fosse expelido pela boca da platinada, tendo que utilizar outra tática para esfriar a situação delicada, não sobrando outra alternativa se não utilizar o medo no garoto ensanguentado que encarava a sua salvadora em um completo desespero ao ver os seus olhos verdes brilhantes como uma serpente prestes a sufoca-lo no seu corpo peçonhento, fazendo um líquido quente banhar as suas calças obrigando-o a correr para fora daquele lugar o mais rápido possível, deixando a platinada e o garoto irritadiço para trás sem que o campo de visão da bela garota pudesse avista-lo.
