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Não está revisado.

- Gabriella Narrando 🍕 -

Esse mês que passou, eu posso dizer que foi muito bom pra mim.

Óbvio que teve suas partes ruins e suas partes boas. A vida não seria doida de só me dar coisas boas.

Thiago tentou vir aqui no dia seguinte, só que eu mandei ele ir pra casa do caralho e ficar longe de mim, e bom... Ele tem ficado.

Com a Sarah é ótimo porque ela é uma companhia confortável e leve, fora que ela me ajuda com as contas e não é encostada como o meu pai era.

Na nossa folga nós chamamos o chaveiro e ele abriu a porta e trocou a fechadura de todas as portas daqui de casa.

O quarto tava podre, sujo, imundo. Nós limpamos bem o quarto, passamos álcool em tudo e queimamos as coisas dele. Menos uma caixa. E essa caixa vem tirando o meu sono.

Ela tem trança e eu poderia até chamar o chaveiro, mas algo me diz que o que tem ali, eu não vou gostar. Então, deixei ela no meu guarda roupa.

Já eu e o Bruno estamos bem, ele sempre me traz em casa e damos uns amassos, ele entra na minha casa, a gente fica junto, mas aí ele sempre vai embora.

Eu já conversei com a Sarah e ela disse que por ela, tudo bem ele dormir lá.

Então, hoje eu acho que vou perguntar pra ele se ele quer dormir lá.

Bato na porta do consultório e ele diz "entra".

Eu entro e e ele abre um sorriso.

- Oi gatinha, vem cá me dar um beijo. - Ele diz enquanto tecla no notebook.

- Você tá doido, menino? - Pergunto apontando pra câmera e me sento na cadeira na frente dele.

Ele pega o estetoscópio e levanta pra fingir que vai me consultar, aliás, por incrível que pareça, não tem pacientes no setor dele, deve ser por que é 3h da manhã.

- O que você tá sentindo, hein gatinha? - Ele pergunta e eu dou uma risadinha enquanto ele me examina.

- Carência na hora de dormir. - Falo e olho pra cara dele.

- Acho que podemos resolver isso, vou te passar o seu remédio. - Ele diz e se senta novamente na cadeira.

Ele escreve no papel e me entrega.

- Hummm... 1 noite com o doutor Bruno, acho que não posso recusar hein. - Falo rindo e ele também ri.

- Vai sair que horas? - Ele me pergunta.

- 4h, vamo comigo? - Pergunto.

- Tudo o que você quiser, gatinha. Mas e a Sarah? - Ele pergunta.

- Ela pegou um plantão de 24, só sai às 14h. E mesmo assim, ela disse que não liga. - Falo e ele assente. Me levanto e abro a porta. - Obrigada, doutor Bruno. Boa folga pro senhor. - Falo e dou uma piscadinha pra ele e saio da sala indo direto pro morgue.

Envolvida no TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora