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- Gabriella Narrando 🍕 -

- Puta que pariu, hein. Tive que dormir com protetor de ouvido... Mais um pouquinho o Thiago ouve lá da casa dele. - É a primeira coisa que a Sarah diz assim que piso na cozinha com o Anderson.

- Não é pra tanto. - Falo com vontade de matar ela, enquanto ele tá entretido com o celular.

- Ó fiz o café e vou meter o pé, antes vou passar num hospital lá na barra e depois vou trabalhar. Quero coisa melhor, me mudar daqui do morro... Sei lá, novos ares. - Ela diz e eu assinto. Fico feliz por ela, ela merece tudo de bom que a vida tem pra oferecer.

- Vai lá, amiga. Quando chegar no upa me avisa. - Falo e ela mete o pé com as bolsas dela, toda atrapalhada.

- Vem tomar café. - Puxo o Anderson e a gente toma café juntos e conversamos sobre muita coisa, até ele tocar no assunto que eu quero que ele toque.

- E nós? Fica como? - Ele pergunta.

- Num fica, né? Gosto de você, da tua pegada, do teu sexo, mas eu não quero me envolver emocionalmente com ninguém. - Sou totalmente sincera e ele assente.

- Eu sei pô, por isso que tô perguntando, até porque tenho uma ex que eu sou pirado nela, pô. - Ele diz e eu assinto. - Vamo ser uma amizade colorida pô, eu sou o roxo.

- Não existe roxo. - Falo rindo e ele ri junto comigo.

- Estraga a brincadeira não, porra. - Ele diz tacando um miolo de pão em mim. - Eu sou o roxo.

- Eu sou a rosa. - Falo entrando na brincadeira e faço um toque com ele. - É isso, pô. Meu p.a - Falo e ele faz uma cara de confuso. - Pau amigo.

- Então, tu é minha b.a, né? - Ele pergunta e eu assinto. - Partiu pegar uma cor, rosinha? - Ele pergunta e é tudo o que eu preciso.

- Bora. - Falo e me levanto já indo pro quarto arrumada.

Começo a arrumar as coisas da praia e pego meu biquíni basiquinho.

- Cê vai passar na sua casa? - Pergunto e ele assente. - Então, vou me arrumar rapidinho.

(***)

Depois de passar na casa do perigo, ele já parte direto pra praia e pega minha bolsa. Eu espero ele abrir a porta do carro pra poder sair e ele não abre.

- Espera aqui. - Ele diz e eu assinto.

Ele bota minha bolsa no ombro e sai do carro, ele abre a porta do carro pra mim e eu sorrio pra ele.

- Ele carrega a minha bolsa
Ele abre a porta do carro
Ele me chupa todinha
De quatro,
Não tira a calcinha
Só arreda de lado. - Canto baixinho e ele me olha com um olhar safado.

- Me faz mudar de ideia não, porra. Bora fuder na água? - Ele pergunta e na mesma hora passa um casal de idoso do nosso lado, minha cara vai ao chão.

- Tá doido, menino? Falando essas coisas alto? - Falo cheia de vergonha, mas rindo por dentro.

- Não é porque eles são velhos e não se comem mais, que eu não tenho que te comer, pô. E aí? Bora se pegar na água? - Ele pergunta mais baixo dessa vez.

Envolvida no TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora