*Finalizada* BRANCO E PRETO

CAOS SENTIMENTAL

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VANESSA RIOS •

OBVIAMENTE, depois que Viktor e eu saímos do bar, o clima ficou desagradável entre nós. Eu podia imaginar o que estava passando na mente dele, e bom, ele tinha motivos para tais pensamentos graças ao idiota do Vincent.

Quando me deixou em casa, se despediu educadamente com um abraço e um beijo na bochecha, mas era nítido que ele estava incomodado. Talvez, ele fosse me bloquear quando chegasse em casa ou talvez, iria só me ignorar mesmo o que era pior. Eu simplesmente não entendia Vincent, já que estava cagando para a minha existência há dias e do nada se achou no direito de se meter no meu encontro com Viktor, e estragou tudo.

PASSEI o final de semana todo de mau humor, e pensando em inúmeras formas de matar o loiro sem ser descoberta, mas não consegui chegar a nenhuma. Claire ligou no domingo, para falar que havia trocado número com um garoto da pizzaria, e que estavam conversando por mensagem. That's my girl.
Minha mãe e Ray quiseram pedir comida em casa, então não tivemos que ter o trabalho de cozinhar.

Dormi o dia quase que todo e na segunda, acordei antes do despertador tocar. E quando olhei as mensagens, tinha um print que Claire havia me mandado de sua conversa com Rubby (o garoto da pizzaria), uma mensagem de Viktor agradecendo pelo encontro (hm, então não estava tudo perdido) e por último e menos importante, uma mensagem de Vincent que se consitia em um arquivo de word, fui abrir e era parte do conteúdo do trabalho, e eu acabei por entender como "fiz a minha parte, agora você se vira". Mas okay, era melhor daquele jeito já que nossas tentativas de trabalharmos juntos, não deu muito certo.

Quando desci para tomar café, minha mãe e Ray estavam gargalhando de algo, mas assim que me viram, ficaram sérias me deixando desconfiada.

— Por quê se calaram? O motivo da piada era eu? — questionei me juntando a elas na mesa.

— Que isso filha, claro que não... — minha mãe disse sem graça.

— Então o quê? — questionei.

— Tá bom... — Ray diz rindo. — estávamos rindo do vizinho, o sr Paul.

— E por quê estavam rindo do vizinho? — questionei revezando os olhares entre ambas, enquanto passava margarina no pão.

— Ele convidou a mamãe pra sair. — Ray diz rindo.

— Aquele velho caindo aos pedaços te convidou para sair mamãe? — eu questionei rindo. — E no que ele pode ser útil pra você? A pipa não deve sabir mais...

— VANESSA ! — minha mãe me repreendeu com as bochechas vermelhas. — A Rayssa está aqui.

— O sr Paul por acaso solta pipa ? — Ray questionou confusa.

— Não é esse tipo de pipa maninha... — minha mãe me fuzilou com o olhar e eu ri. — Mas bom, pelo menos ele é rico e pensa pelo lado bom mamãe, se ele morrer acidentalmente empurrado da escada, nós podemos ficar com tudo.

— Credo Vanessa, que horror ! — minha mãe atirou o pano de prato na minha cara. — Vai já para o colégio, está falando muita besteira !

Eu ri e me levantei indo levar a louça suja na pia.

— E cadê a Val? — perguntei pois achei estranho ela não estar na mesa para o café.

— Foi para uma entrevista de emprego. — Ray disse se lambuzando de geleia.

— Ah, bom eu vou indo então.

— Boa aula filha! — minha mãe disse me jogando um beijinho no ar.