°todos os imagines são traduzidos do Tumblr, ao final do capítulo deixarei as contas para que possam receber os devidos créditos.°
Nota: eca, eca, eca, quem ler sem curtir vai ficar careca
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Foi no momento em que você pôs os pés naquele mergulho suburbano de Nova York que percebeu que fazia uma eternidade desde a última vez que visitava uma boate. Luzes neon batendo em suas pupilas, álcool queimando suas narinas, uma atmosfera enfumaçada, música eletrônica ensurdecendo seus tímpanos e, pior de tudo, corpos se chocando em movimentos oscilantes. Em outra época você teria se sentido em casa, mas agora esses anos ficaram para trás e você quase não se lembrava. Seus companheiros pareciam se sentir tão deslocados quanto você, especialmente se você considerar que era a primeira vez que um deles entrava neste ambiente, Bucky. Você estava lá por um motivo, um motivo muito específico, um cara, e todas as pistas levavam a esse lugar.
Você olhou para Sam e depois para Bucky instintivamente, sabia qual era o próximo passo e não havia tempo a perder.
"É melhor nos separarmos", seu tom era rígido, alto, mas a música o deixou em um mero sussurro.
"Tudo bem," Sam disse enquanto acenava com a cabeça e olhava em volta. "Animem esses rostos, nós deveríamos estar festejando."
"Você vem comigo", você gesticulou para Bucky antes de entrar na multidão, seguindo o conselho de Sam e colocando um sorriso no rosto.
Mesmo que você quisesse, ninguém o teria encontrado em meio a toda a comoção, braços no ar balançando ao som da música, copos derramados no chão e gargalhadas barulhentas interferindo na melodia. Você teve que se virar várias vezes para não perder de vista seu companheiro, que parecia estar em um estado de desconforto e só mudou de rosto quando encontrou seu olhar. Você pegou a mão dele, que estava escondida em uma luva, na tentativa de não perdê-lo no meio da multidão e chegar ao andar superior, a área VIP.
As escadas ainda estavam cheias de gente, sem soltar os dedos entrelaçados mostraste a tua pulseira que te dava acesso ao piso superior, onde finalmente encontraste mais ar para respirar. Essa área estava cheia de poltronas, sofás e mesas para curtir uma noite mais seleta. Vocês dois encontraram uma pequena alcova ao lado da grade que permitia ver a sala em sua plenitude.
"Você está bem?" você disse, inclinando-se perto de seu ouvido, para o qual Bucky acenou com a cabeça, ainda olhando em volta alerta. Você sutilmente levou a mão ao ouvido, ao interfone. "Sam você está aí?"
"Tudo limpo no metrô", vocês dois ouviram pelo interfone. "Como está indo lá em cima?"
"Assim também é- não, espere," você tirou a mão da orelha e fez como se estivesse reposicionando o cabelo enquanto você concentrava sua atenção em um pequeno grupo de pessoas.
Ao longe, a dez metros de distância na área VIP, em um conjunto de poltronas e sofás estava ele, o homem cujo nome você não sabia, mas o rosto estava claramente gravado em sua mente. Seus olhos estavam focados nele, Bucky reconheceu que algo estava acontecendo, e fez uma tentativa de olhar na mesma direção que você, mas você o impediu apertando suas bochechas e fazendo-o olhar para você.
"Olhe para mim e finja que está falando comigo", você disse, evitando que o homem descobrisse que era seu foco.
"Fique na minha frente, vou tirar uma foto dele para enviar ao Sam."
"Ele está aí em cima?" A voz de Sam veio pelo interfone novamente.
"Achamos que sim," Bucky relatou, colocando seu corpo na frente do seu enquanto dava um sorriso falso.
Demorou alguns instantes para você sacar agilmente seu celular, escondê-lo entre seus corpos e tirar uma foto de seu suposto alvo e enviar para Sam.
"Sam, aí está a foto", você comentou enquanto o corpo de Bucky batia contra o seu por causa de um empurrão de um cara que passava atrás dele.
"Eu odeio este lugar," Bucky sussurrou para si mesmo, enquanto recebia outro empurrão que aproximava ainda mais seu corpo do seu. No entanto, você mal estava prestando atenção ao seu parceiro à sua frente pressionando-a contra o corrimão, pois seu alvo parecia se levantar do assento em questão.
"Acho que ele está indo embora, para onde ele está indo?" você murmurou, observando-o com o canto do olho enquanto ele se despedia de seus companheiros. "Merda, Acho que ele me viu olhando para ele"
"Como?" perguntou Bucky quase sem entender a situação, já que estava de costas para o que quer que estivesse acontecendo.
"Sorria", você alertou Bucky, deixando escapar uma risada irracional de dentro de você.
"Não consigo mais sorrir", reclamou Bucky, completamente atordoado com a situação.
"Ele está vindo em nossa direção", você disse, criando uma risada falsa para escapar do olhar de seu alvo.
"Merda", o homem estava a poucos metros de distância, e seu eu interior entrou em pânico com medo de que a operação estivesse indo por água abaixo.
"Ele está nos observando", Bucky parecia estar se preparando para enfrentar o cara se ele atacasse você, mas você não encontrou alternativa a não ser dizer: "Beije-me"
"Espera, o que-?"Sem pensar duas vezes você agarrou seu parceiro pela gola da jaqueta de couro preta que ele usava e o puxou para mais perto de você, fazendo com que seus lábios se encontrassem e a pequena distância entre seus corpos desaparecesse. Instintivamente você fechou os olhos, tornando a cena o mais real possível, esperando que seu alvo passasse por você e a cena fosse uma mera anedota, mas não era para ser. Evidentemente o alvo passou, mas o beijo demorou mais do que o esperado. Os lábios de Bucky se separaram suavemente dos seus gerando um suspiro ao fazê-lo, porém, os olhos não se abriram, as testas não se separaram, a respiração parecia mais rápida que o normal e você ainda estava segurando as lapelas do corpo de sua jaqueta.
"Ele passou por você?" ele perguntou contra o seu rosto.
"Acho que sim", você afirmou, agarrando-se ao paletó dele.
"Ótimo", essa foi a palavra que fez com que os braços de Bucky envolvessem sua cintura e ele aproximasse os lábios dos seus novamente.
"Gente, o que está acontecendo, vocês acham que é uma boa hora para dar uns amassos?" Sam exclamou pelo interfone.
