Cap. 2

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— Kai?- Caroline olhou o homem que se levantava, logo ela fez o mesmo, pegando a bolsa que caiu no chão.
— Como você me conhece?- Perguntou encarando a mulher de volta.
— É que...- Ela parou e pensou muito, apesar de arriscado, decidiu colocá-lo em prática.— Eu te conheci pela TV, sinto muito o que fizeram com você.
— Obrigado, aqueles miseráveis me atacaram só por eu dizer a verdade.- Disse.— Como se chama?
— Ca- Cassie, pode me chamar de Cassie- A morena esticou a mão a ele, que apertou com o braço que não estava imobilizado.
— Prazer em conhecê-la Cassie, pra onde estava indo?- Aquele sorriso carismático no rosto, a lembrava de quando eram mais novos, quando brincavam e ele sorria daquele jeito.
— Eu estava indo pra minha casa, tive um dia muito estressante.
— Por que não vamos tomar um café?- Anderson pergunta, encarando aqueles belos olhos escuros.
— Desculpa, eu adoraria mas tenho que ir pra casa.- Ela passou por ele, pronta pra andar para sua casa quando sentiu a mão dele agarrar seu braço.
— Eu realmente gostei muito de você, me encontra naquele café na Cherry St. Pra conversarmos melhor- Dizia perto do ouvido dela, aquela voz um pouco grave e rouca a dava calafrios.
— Pode deixar- Respondeu, se soltando dele e voltando a andar sem olhar pra trás, de alguma forma ele a deixava assustada talvez..
[Em casa]
Carol abre a porta, dando de cara com a namorada, que exibia uma barriga grande, desde que foram morar juntas, tinham um sonho de ter filhos, mas Caroline sabia que caso ela engravidasse, teria que ficar afastada do trabalho. Então tinham falado sobre fazer inseminação artificial, foi o que Alexia fez
— Como está a minha barrigudinha preferida?- Perguntou dando um selinho em Alex que retribuiu.
— Eu estou bem, mas está pesando bastante, nosso pequeno Victor está crescendo muito.
A cacheada sorriu. Queria ter ido com ela no obstetra para o pré-natal, mas o trabalho fez ela mudar os planos, além de também estar com a mente a mil por hora, principalmente porque havia reencontrado Kai.
— Eu imagino- Carol se abaixou e deu um beijo na barriga de Alexia.— Quem é o príncipe da mamãe? Quem é?
— Ele nem nasceu e você já tá assim?- Alex riu e olhou a namorada.
— Eu tenho o direito de ser uma mãe babona, tá bom?- Caroline se levantou.
— Eu fiz panquecas pra gente! Do jeito que você gosta.
...
O casal estava assistindo filme, quando Alex sentiu fortes dores, então Summers percebeu que estava na hora. Carol ajudou a namorada a se levantar e já a leva para o carro, logo indo à caminho do hospital. Algumas horas se passaram e finalmente o pequeno Victor nasceu, lindo e saudável.
— Ele é lindo meu amor.- Carol falou emocionada, dando um beijo na testa da namorada.
— Nosso filho. Nosso filho.
[No dia seguinte]
A morena havia dormido lá no hospital para fazer companhia, apenas saiu quando o pai de Alexia ligou, dizendo que iria ficar com ela hoje.
Caroline saiu em disparada ao trabalho e chegou lá atrasada, dando de cara com Mark.
— Por que a demora?
— Eu esqueci de avisar mas o meu filho nasceu ontem, e eu fiquei no hospital de ontem pra hoje.
O homem deu um sorriso gentil, entendendo a situação dela, mas tinha algo importante a dizer. Os dois seguiram para a sala dele, dando de cara com Mike que bebia café.
— Bom dia Carol! Como está o filhote?- Mike perguntou se aproximando deles. Caroline havia contado para ele quando estava indo pro hospital, meio apressada por conta do desespero de Alexia ter o bebê no carro.
— Ele está muito bem, nasceu saudável.- Respondeu e logo entrou na sala com o chefe, que fechou a porta quando entraram.
— Falou pra ele mas não pra mim? Eu sou seu chefe senhorita Bennet!
— Mark escuta aqui, aqui dentro você é o meu chefe, lá fora somos apenas conhecidos- Quando a cacheada ficava brava, ninguém segurava ela. Sabia que Mark era bem idiota em algumas situações, e aquilo foi a gota d'água pra ela.
— Acho melhor você me respeitar aqui dentro está ouvindo?
Ela cruzou os braços, encarando o homem profundamente.
— Sim senhor- Respondeu, querendo xingá-lo por todos os nomes possíveis.
— Já que você está aqui, vamos falar sobre aquele plano. Creio que você tenha conseguido pensar sobre.
A boca dela se abriu, em indignação, mas sabia que se explodisse era demissão na certa, e isso dificultaria a criação de Victor, já que Alexia era desempregada.
— Eu topo esse seu plano maluco. Mas vou só te avisando.. eu quero alguém comigo pra caso algo dê errado, estamos de acordo Mark?
— Claro, leve Mike com você, creio que ele queira te ajudar. - Ele sabia que Michael e Caroline eram e são parceiros inseparáveis e a melhor dupla daquela delegacia, sempre trabalhando muito bem juntos.
— Só te peço que dê pelo menos uma ou duas semanas, até Alex sair do hospital, por favor.
— Claro que sim.- O delegado viu Carol ir até a porta e pegar na maçaneta, mas logo para.— Só pra constar, eu o encontrei na rua. Qualquer coisa te mando um relatório.- E saiu da sala, indo até o parceiro.
— Mike, vamos ter uma "missão" longa pela frente.
— Por que nós vamos?- Ele a olhou.
— Porque você vai comigo.
[No café]
Carol entrou no café indicado por Kai e logo o achou, o que não era muito difícil pelo cabelo azul que chamava bastante atenção.
— Eu vim como prometido. Não sou uma mulher de atrasos.- Carol disse se sentando na frente dele.
— Gosto de mulheres pontuais.- Anderson disse, com aquela voz rouca dele.
— Muito obrigada pelo elogio, agora gostaria de saber o seu interesse por mim.
— Já quer apressar as coisas... Cassie?
Aquele nome na boca dele soava tão sensual..
"Presta atenção Caroline! Ele é um homem cruel e manipulador, não esqueça do plano!"
— C-Claro que não Kai, me desculpa é que eu deixei o meu.. filho na creche e estou preocupada com o horário.- Mentiu, tentando ficar calma.
— Então já tem filhos?- Perguntou, a encarando com aquele olhar profundo.
— Sim, eu o amo, pra falar a verdade.- Respondeu.
— E você não cuida dele? E seu marido?- Ele estava começando a fazer perguntas demais a ela, aquilo estava a deixando nervosa e ele percebeu— Não gosta de falar sobre isso?
Kai estava mesmo a provocando? Talvez era isso que ele queria, provocar até o ponto de sua vítima contar seu segredo mais obscuro.
— Meu marido ele infelizmente faleceu num acidente de carro, então eu preciso trabalhar pra sustentar o meu filho.
— Então é uma mãe solo, admiro a sua dedicação. E sinto muito pelo seu marido.- Ele estava falando sério? Provavelmente sim, provavelmente não.. apesar que não tinha nem o que pensar, afinal tinha uma namorada, não um marido e estava viva.
— Muito obrigada.. vamos pedir um café?
Depois de tomarem café, marcaram mais um encontro ali. Carol saiu se sentindo pesada com aquela conversa, mas agora não tinha mais volta.

Psyco - Kai AndersonOnde histórias criam vida. Descubra agora