Não demorou muito para que chegássemos até a cozinha que era pequena, mas aconchegante, até me lembrou quando eu ia pra casa dele e ficávamos na cozinha conversando ou cozinhando alguma coisa quando os pais dele não estavam em casa. Um grupo de pessoas até que bastante diversificados estava ali e nos cumprimentou. Tinha de tudo, negros, brancos, pessoas Trans e etc. O que se olhar de fora parecia ser muito bom, se eu não soubesse a verdadeira intenção dele com aquelas pobres pessoas.
— Esses aqui são os novos membros do culto, sejam gentis com eles.
— Sim senhor- Um rapaz de cabelos loiros disse, ele parecia ser um pouquinho mais novo que eu pelo menos.— Olá, me chamo Samuel e vocês são?
— Eu sou Cassie, esse aqui do meu lado é o Henrique, um amigo muito próximo meu- Digo.
— Prazer em conhecê-los- Disse enquanto pegava algo no forno, que tinha um cheiro muito bom. Eram biscoitos, ele colocou em cima da mesa.— Eu fiz para nós, geralmente comemos depois que conversamos.
— Parecem estar bons- Mike disse olhando os doces recém saídos. Ele ama doces ou algo relacionado a isso.
Então a mesma mulher que veio nos recepcionar apareceu na porta.
— Ele está nos esperando na sala.- Disse e saiu.
— Vai começar.- Samuel disse e saiu da cozinha também. Eu fui atrás e Mike apenas me seguiu, no curto caminho, nos entreolhamos algumas vezes.
— Como podem ver, temos duas pessoas novas aqui- Kai diz e nos olha.— Se apresentem, não tenham medo.
— Boa tarde, eu me chamo Cassidy, mas podem me chamar de Cassie, tenho 24 anos e sou mãe solo.- Me apresento. Os olhares julgadores me deixam enojada, como podem ser tão idiotas? Mesmo se fosse verdade, o que mudaria?
— Meu nome é Henrique, tenho 28 anos e me mudei recentemente pra cá, sou imigrante da Tailândia e a Cassie me ajudou a encontrar um lugar.
Um silêncio constrangedor pairou sobre o ar.
— Já que se apresentaram devidamente, vamos começar.
Nos sentamos no chão e fechamos os olhos, começando uma oração, ao final disso, Kai se levantou e nos olhou com aquela expressão perturbada que ele exibia.
— Irmãos! Eu sei o quanto vocês tem sofrido na mão dos opressores, e eu estou aqui para salvá-los.- Andava de um lado pro outro, enquanto nos olhava.— Vamos mostrar pra eles quem manda!!!
Eles gritaram alto, o que me fez olhar imediatamente pra aquela situação e suspirar.
— Vocês matariam por mim?- Kai pergunta e os membros ali gritam sim em couro.
— Vocês morreriam por mim?- Outra explosão em gritos de sim. Ele se sentia um Deus, sempre quis entender da onde vem tanto orgulho assim. Difícil dizer, então ele vira o copo que estava em mãos inteiro na boca, não faço a menor ideia do que era, mas estava bom pela cara dele.
...
Quando a conversa acabou, o pessoal foi comer biscoitos na cozinha e eu fiquei sozinha na sala. Me sentei no sofá e fiquei analisando tudo por um tempinho, era completamente igual o que era na casa dele. Estava pensando no nada até que a aparição repentina de Anderson me assustou.
— O que anda pensando?- A minha feição mudou completamente.
— Nada.- Respondi sem olhá-lo.
— Nunca é nada.- Senti a mão dele encostar no meu queixo e virar meu rosto na direção dele.
— Eu não quero falar sobre isso- Disse agora o olhando. Aquele toque que um dia me fazia querer mais, agora era simplesmente repudiante.
— Cassie, não se faça de difícil.- Aquela aproximação.. não sabia porque mas eu simplesmente não conseguia reagir.
— Será que você não pode me deixar em paz?!- O empurrei no impulso, nem tinha pensado nas consequências.
— Escuta aqui sua negrinha suja- Só virei a mão na cara dele. Sem nem pensar.
— Escuta aqui você! Eu não admito que fale da minha pele, ou do meu cabelo está entendendo? - Digo me levantando.— Eu vou embora.
Chamei Mike que saiu da cozinha comendo biscoito.
— Bora Mike- Puxei meu amigo pra fora. Deixando pra trás um Kai irritado.
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Psyco - Kai Anderson
Fanfiction"Existem finais felizes e finais necessários" Caroline é uma investigadora policial que se vê em uma situação difícil ao se envolver no caso de Kai Anderson, mas isso pode envolver coisas muito além de um trabalho Capa feita por uma amiga minha