Capítulo 13: A p-rra do baile de formatura

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“Now I'm at the elevation from a different view
Looking at the haze we once were”

Salem, Massachusetts
Um ano antes do desaparecimento de Amber

O vento gelado bagunçava seus cabelos loiros. Seu nariz estava vermelho por conta do frio, com a mão direita ela tirou o cabelo do rosto e, com a esquerda, ela abriu a porta do carro onde entrou.

— Olha, — começou, fitando para a floresta que estava bem em sua frente, ignorando o olhar triste do garoto atrás dela — precisa guardar segredo. Se eu cair, você vai junto e vice-versa. Precisamos ser inteligentes.

Jordan fungou.

— Deus, está chorando de novo? — Amber resmungou, se virando para ver o garoto. O carro estava quente e a luz amarelada deixava tudo muito mais sufocante, tanto ela quanto o moreno estavam fedendo a terra molhada — Se você não abrir essa boca, ninguém vai descobrir…

— Eu não tô chorando por isso. Tô chorando porque… Agora estou em suas mãos.

Junho, 2022 — Presente

Savannah me emprestara um de seus vestidos, algo arrumado demais para mim, botei meu moletom cinzento por cima e me mantive com meus all stars cano longo

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Savannah me emprestara um de seus vestidos, algo arrumado demais para mim, botei meu moletom cinzento por cima e me mantive com meus all stars cano longo. O vestido preto parava no meio das coxas, a saia rodada tinha um tipo de véu rendado com estrelas que também constituía as mangas bufantes da peça. O decote era em V, mas nada anunciado o suficiente para me deixar desconfortável.

Aquele visual era completamente a cara de Savannah, mas ela acabara decidindo por algo ainda mais glamouroso. O vestido dela era longo, o busto era um tomara que caia elaborado com pedrinhas brilhantes (diamantes?) bordadas por toda a área do peito até a cintura, chegando a cintura o vestido se tornava um azul-marinho intenso, com algumas pedrinhas soltas. A saia era composta por diversas camadas de tule grosso.

— O que foi? — ela questiona, percebendo meus olhos em seu vestido.

— É lindo… — respondi, sorrindo — O vestido, é bem no tema.

— Sou a rainha das águas essa noite. Mas, só entre nós, Aspen ou Amber devem ser as rainh… — ela se interrompe, parecendo lembrar o que havia acontecido, ela estava se maquiando na frente de uma grande penteadeira.

— Podemos, só hoje, não falar no assunto Amber? — engoli em seco, sentei-me na grande cama de Savannah e a encarei através do espelho — É só… Doloroso demais imaginar a crueldade a qual ela passou antes de morrer e esse baile já está me causando ansiedade demais.

— Me desculpa… Achei que, bom, talvez você quisesse falar dela. — ela explica, sua mão passando um blush rosado que deixava sua face com um quê clássico. — Quer que eu te maqueei?

— Nem morta.

Ela riu, seu sorriso era algo que nunca deixaria de ser lindo para mim. Naquela penteadeira iluminada, ela parecia uma estrela de cinema dos anos 60.

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