Capítulo 12: O caótico e extraordinário mundo das Locke

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“When you are young they assume you know nothing.”

— Mãe? — gritei, após entrar em casa.

Coloquei as chaves em cima da mesa da sala e tirei o casaco que usava, o pendurando próximo à porta. Minha mãe não estava na sala. Corri para seu quarto, também não a encontrei lá.

Me sentei no sofá, enviando uma mensagem para ela e rezando para que ela estivesse bem. Encosto minha cabeça no sofá e fecho os olhos, estava tensa e preocupada, não conseguiria dormir, mas bem que queria. Durante a noite, mal preguei os olhos, a imagem de Amber aparecia em minha mente o tempo todo.

Liguei a televisão, que passava uma reportagem sensacionalista e fui até a cozinha. Coloquei um pouco de cereal com leite numa tigela e parei na frente da tv. A reportagem falava de um tal Gordon, conhecido como A Inquisição, que estava fazendo um rastro de sangue nas cidades vizinhas e já havia feito uma vítima em Salém.

Arqueei a sobrancelha. Será que esse era o que Savannah havia comentado sobre?

Logo depois, na televisão, uma foto de Amber apareceu, anunciando seu desaparecimento. Meu coração parecia estar sendo apertado por uma mão gelada. Eles ainda acham que ela está viva…

— Tá tudo uma merda lá em casa. Às vezes, me pergunto se não seria melhor só sair quebrando tudo. Odeio essa cidade, odeio essas pessoas, odeio meus pais e sua riqueza e legado estúpido que nunca pedi. — ela diz, prendendo o cabelo agressivamente e logo depois batendo a mão na bancada da recepção — Todo mundo aqui guarda os segredos mais sórdidos e age como se fosse perfeitinho… Imagina se decido abrir a minha boca sobre tudo que sei, eles estariam fodidos.

Então, fala logo. Você diz que sabe tanto de todo mundo, por que não sai logo espalhando? — respondo, frustrada, enquanto mantenho meus olhos fixos na planilha virtual do computador em minha frente. — Mas, não se esqueça, que você também tem teto de vidro.

— O que quer dizer com isso, Locke?

— Que quando você aponta um dedo para alguém, outros três estão voltados pra você. Então, tome cuidado com suas ações, para que elas mesmas não te destruam.

A memória me atingiu, me trazendo lembranças de uma época não tão distante, mas que parecia agora uma eternidade.

A memória me atingiu, me trazendo lembranças de uma época não tão distante, mas que parecia agora uma eternidade

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Enquanto cozinhava, me sobressaltei com fortes batidas na porta de minha casa. As sombras entregavam alguém tentando olhar através da janela.

— Erin! Abre a porta. — dizia uma voz encorpada, do lado de fora.

— Erin? — sussurrei, num esforço para raciocinar — Ela não está! — gritei, me aproximando da sala, minhas mãos suavam.

O homem continuou batendo.

— Abre essa porta menina.

— O que você quer? — disse me aproximando da porta.

— Sua mãe! Ela me deve.

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