Capítulo 10: A fazenda de formigas dos Springs

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If being less insane would make you stay”

Depois de deixar Nico e Jordan em casa, Savannah dirigiu até o meu bairro. Ela não costumava ir até aquele lado da cidade, não sem estar comigo, era distante de sua casa e onde a criminalidade era mais forte. Suas mãos batiam de leve no volante, mostrando o nervosismo.

— Pode ficar tranquila. — eu disse, sorrindo — Tá comigo, tá com Deus… Então… Você vai ao baile?

— Sim, vou sim. Sou uma das organizadoras.

— Legal! Podemos… Ir juntas.

— Bom, eu adoraria, mas já tenho um par. Podemos nos encontrar lá e dançar um pouco, como nos velhos tempos.

— Não, tudo bem, era isso mesmo que queria, eu só pensei em irmos como amigas. Mas, pensando bem, talvez eu nem vá. Tenho um compromisso com minha mãe, enfim…

Novamente, o silêncio desconfortável se anunciou, mas logo foi cortado por Savannah.

— Parece que foi ontem que entramos de penetra no baile de formatura de Dakota, se lembra? Tudo ideia da Amber.

— Amber sabia bem como irritar as pessoas… — comentei.

— E se lembra que vovó nos ajudou? Ela comprou os vestidos e colocou os lacinhos… É… Foi bem legal! — exclamou, em tom saudosista como se estivesse falando de um tempo muito mais distante.

— Sua vó. — abaixei a cabeça meio envergonhada, eu sabia sobre a situação da senhora Riviera, mas nunca havia parado para falar com ela sobre. — Como ela está?

— Em coma. — depois de parar o carro em frente a minha casa, Savannah se inclinou para arrumar sua bota de couro sintético, soltando um pequeno grunhido — Mas, estável… Meu tio supõe que ela não sobreviverá por muito mais tempo. Alguns médicos disserem que talvez ela não aguente até o natal. Por isso quero ir até lá, ficar com ela nos seus últimos momentos.

— Entendo e sinto muito. Mal consigo imaginar como deve estar sendo para vocês.

— Difícil. — seus olhos se encontraram com os meus no banco do carona, mas ela desviou rapidamente — Mas, eu vou aguentar. Já aguentei coisas piores e com um sorriso no rosto.

Um sorriso se abriu em sua face e se eu não soubesse do rumo que aquela conversa tomou, eu poderia jurar ser espontâneo.

Um sorriso se abriu em sua face e se eu não soubesse do rumo que aquela conversa tomou, eu poderia jurar ser espontâneo

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A garota chegou em sua casa e colocou o carro na garagem. Saiu do veículo checando o celular e depois colocando o mesmo no bolso. Seu estômago estava se revirando pensando nas calorias da pequena quantidade de bolo que havia ingerido.

Se preocupou com as preparações do baile, mas não conseguiu parar de pensar na visão do corpo de Amber, queimado, com todo aquele plástico derretido em sua face, a garota podia ver parte dos seus ossos faciais. Ela nunca esqueceria aquilo.

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