Capítulo 16

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Oiii gente, um capítulo mais individual pra vocês.
Espero que gostem.
Boa leitura!!

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Luna

— Não foi o Lipe — Isa fala como se fosse a coisa mais óbvia do mundo — não tem como ser o Lipe. Aquele cara é caidinho por você, ele não faria isso.

— Será que não? — digo dando a volta na bancada da cozinha — Ele... tem um negócio com a família dele... eu não sei se... esquece. Não importa oque que é, ele foi a única pessoa que eu contei.

Reviro na minha memória, eu contei pra ele quando estávamos na escola, sentados no chão de uma sala porque eu tava tento uma crise de pânico, aí quando eu sai dei de cara com a Clara ofegante por estar correndo. Só isso.

— Não tem como não ser ele — Declaro.

— Bem — Isa fala — parece que eu vou ter que dar uns socos em um filha da puta.

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Deito na minha cama no início da tarde para conseguir descansar um pouco, mas sem conseguir dormir reviro os últimos dias na cabeça, tudo que eu e ele fizemos juntos. Porque ele faria isso?

Porque eu sempre insisto em deixar alguém entrar? Mas agora tanto faz, eu nasci pra ficar sozinha. Levando rapidamente, pego minha bolsa do balé e chamo um Uber. Preciso sair daqui.

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Quando chego no studio a turma das 17 horas tinha acabado recentemente de ensaiar, então o equipamento está tudo montado e não tem ninguém aqui, tenho uma hora até que chegue a próxima turma.

me aqueço, conecto meu celular na caixa de som e me posiciono na frente do espelho.

E quando a música começa, eu começo também.

Não sou mais eu que estou no controle, meu corpo é apenas uma máquina para dança. Eu nunca estou no controle, de nada. E nesse momento. Nesse miserável momento. Eu não me importo com isso.

Eu continuo dançando. Continuo girando. Esse dança não é de nenhuma apresentação minha, apenas.. eu. Eu sentindo a música, me expressando dessa forma.

A musica é um looping, não sei quanto tempo ela tem e há quanto tempo estou dançando, mas meus pés e coxas estão doloridos, se eu parece agora não sei se conseguiria dançar de novo.
Vamos Luna, não pode parar agora.

Se tiver doendo você tem que aguentar. Sempre.

E eu continuo por mais algum tempo... até a música parar, e eu parar rapidamente também, como se eu fosse conectada com ela.

Paro olhando pra baixo com a respiração irregular, quando ergo o olhar vejo quem interrompeu a música.

— Se continua desse jeito não sei quanto tempo mais você vai conseguir dançar sem ter algum ferimento grave. — a treinadora diz ainda com a mão na caixa de som — Tem que usar essas emoções nas apresentações, não em uma sala vazia. Esse final de semana é a primeira do ano. Não faça mais esse tipo de coisa. — quando ela termina de falar vai em direção ao vestiário.

E eu, que continuo ofegante, olho pra frente, e isso só me deixa mais irritada que antes. Eu olho fixamente pro espelho na minha frente, como se eu estivesse competindo comigo mesma.

Saio com fúria nos olhos, pego as minhas coisas e vou para o único lugar que eu não deveria ir nesse momento.

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Me Apaixonei Por Um Idiota Where stories live. Discover now