no final, não vamos conseguir

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N/A: Os embalos de sábado à noite, depois de uma semana bem cansativa... e aqui estamooooosssss

Para fins de esclarecimento, todo esse capítulo vai girar, em termos temporais, ao redor de uma coletiva de imprensa logo depois da resolução do processo "grandão". Haverá três cenas:

No momento do julgamento;
Um mês depois desse julgamento; e
Dez dias depois do julgamento.

Ou seja, vamos ir e voltar no tempo só uma vezinha, é necessário para o andamento da história. Espero que não fique confuso... qualquer coisa, é só em perguntar.

Como eu disse no capítulo anterior, as coisas começaram a ficar pesadas.

E é issoooo! Beijos!

Com carinho, Elmira (っ◔◡◔)っ♥

Capítulo 7 — no final, não vamos conseguir

Eu falo, como um hábito
Que no final não vamos conseguir
Apesar disso, eu continuo esperando
Contanto que você esteja comigo
Até o fim
Eu estou bem

House of cards — BTS

Estou a mais tempo fazendo isso do que qualquer outra coisa.

Então, já estou acostumada. Me emocionei das primeiras vezes.

Talvez essa seja a vez 112. É estranho eu saber o número fácil assim, mas guardo em uma pasta todos os casos de maior envergadura tanto para registro quanto para futura pesquisa, e este de Taehyung, se não me engano, é o caso 112.

Eu sabia que havia falado bem.

Neste momento, o tribunal estava em silêncio, mas nos meus ouvidos escuto os gritos lá fora, a multidão há poucas portas atrás de mim, todos ali, ainda que houvesse sido anunciado que Taehyung não estaria presente por questões de segurança.

Eu jamais permitiria que ele viesse e confesso que usei, sim, de artilharia sentimental para convencê-lo a não sair do prédio da Hybe. Jungkook ainda me assegurou que, em qualquer loucura, seguraria seu hyung.

E se aquela louca estiver lá?, ele perguntava preocupado, andando de um lado para o outro enquanto Jungkook só o seguia com os olhos, como se estivesse acostumado aqueles surtos de preocupação de Taehyung. Eu devia mesmo ter pago aquela ação, devia mesmo ter escrito as desculpas, assim que você não ia precisar ir lá, Helô.

Bom, agora eu olhava nos olhos dela.

De certa forma, só conheci Taehyung por causa dela.

E não sou grata a ela. Jamais.

Se me fosse permitido escolher, seguramente preferia não ter conhecido Taehyung, preferia que nenhum daqueles acontecimentos perturbasse o seu sono e dessem diversos tons de cansaço ao seu rosto bonito. Que ele não tivesse sofrido nenhum daqueles ataques cibernéticos criminosos.

Eu olhava nos olhos dela e estava imensamente nervosa.

Minhas mãos estavam presas atrás do corpo, escondidas, se eu às botasse à frente, todos veriam como elas tremiam e como estavam suadas. Minha voz eu controlava, mas minhas mãos eu nunca conseguia.

Eu sempre fazia o possível, com regulamento debaixo do braço, uma advogada na mais estrita legalidade autorizada em lei.

Porém, se eu tivesse dinheiro... e se isso não pudesse arriscar ainda mais a reputação de Taehyung, eu teria comprado aquele juiz.

Fiquei com medo daquela criminosa ter feito isso. Mas, pelo nervosismo que ela também exalava, não o fez. Ela estava com medo.

Mas poderia se safar. Poderia, sei lá, no fim das contas o juiz entender que as provas não eram o suficiente para reverter a situação e condená-la.

A Megera Cansada [Imagine V]Onde histórias criam vida. Descubra agora