[CONCLUÍDA]
🦋 Namjoon odeia Seokjin mais que tudo. E o sentimento é recíproco.
Ao saber que sua mãe se casará com o pai de Seokjin, ele não consegue lidar com sua má sorte. Nada é pior que ser parente de alguém que arruinou sua vida.
Quando ambos...
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— Aqui está ele — Gahee anunciou com orgulho enquanto ele se aproximava do grupo. Ela sorriu e se endireitou de sua posição sentada. — Kim Namjoon, o orgulhoso sobrevivente do jantar da família no inferno — disse ela com uma voz estrondosa, colocando as mãos em volta da boca imitando um megafone.
— Ei, pessoal — Namjoon cumprimentou, sorrindo para eles.
Jungkook estava deitado e olhou para o amigo.
— Então foi tão horrível quanto imaginávamos ou muito pior?
— Foi terrível? — Dain perguntou animadamente, deixando cair sua lixa de unha.
— Vocês todos soam como se estivessem prestes a ouvir a fofoca mais importante da cidade — Namjoon disse acusadoramente.
Ele sabia que os amigos queriam saber o que havia acontecido, embora, além de estar completamente enojado com o estado de pombinha de sua mãe, nada mais aconteceu. Não havia nada que valesse a pena contar de qualquer maneira.
— De alguma forma, é. Você não consegue ouvir seu amigo reclamar sobre ser irmão de sua pessoa mais odiada em todo o planeta diariamente — comentou Gahee rindo. Ela deu um soco de leve no braço de dele. — Então, como foi?
Namjoon deu de ombros levemente e caiu na grama ao lado deles.
— Estava tudo bem.
Quase simultaneamente, as bocas de seus três amigos desceram dois metros abaixo do solo quando olharam para ele.
— O QUÊ?
Namjoon recuou, impressionado com a reação deles.
— O quê?
— Namjoon! Esperávamos muita angústia! — Dain exclamou, a primeira a se recuperar. — Sabe, você tem reclamado sem parar dele, e na maioria das vezes nem está com ele, muito menos sentado em uma mesa com ele! Mas agora! Oh, vamos!
Gahee assentiu vigorosamente ao lado dela.
— Sim! Onde estão todos os xingamentos e gritos que esperávamos?
Jungkook não disse nada. Apenas olhou para ele, surpreso.
Namjoon revirou os olhos e mostrou a língua para os amigos.
— Nossa, eu não sabia que vocês eram assim — fez uma pausa dramática. — Animados para ouvir a história da minha vida.
— Você está de brincadeira? — Dain explodiu. — Isto é como as novelas! Melhor ainda porque faço parte!
Namjoon deu a ela um olhar fulminante.
— Não sou dramático como todas as personagens nessas novelas.
Os três lhe deram um olhar fulminante, como se dissessem, sim, certo.
— Tudo bem. Talvez eu seja um pouco dramático.
— Um pouco — Dain ecoou, balançando a cabeça pensativamente.
Gahee bateu com o dedo no queixo.
— Só um pouco.
— Um pouco bem pouco — brincou Jungkook, piscando para ele.
Namjoon gemeu. Seus amigos eram realmente... irritantemente doces. E daí se era muito dramático? Bastante dramático? Tinha o direito de ser, já que estava passando por essas mudanças na vida.
— Fico feliz em ver que você pensa assim — comentou Dain, dando um tapinha consolador no joelho dele.
— Fico feliz em ver você finalmente admitindo isso, para nós e para você mesmo — Gahee acrescentou seriamente.
Jungkook apenas assentiu. As garotas franzem a testa maliciosamente para ele.
— É a sua vez de dizer alguma coisa!
— Acho que Namjoon entendeu o ponto — disse Jungkook, fazendo uma careta. — Ok, Nam, agora conte-nos o que aconteceu!
Namjoon sabia que seus amigos não iriam deixá-lo fugir.
— O que há para contar? Sentamos, jantamos, conversamos um pouco e fomos para casa. E eu adormeci. É isso. Nada aconteceu. Nada, zero.
Todos os três suspiraram exasperados. Gahee começou a cutucar ele no ombro.
— Vamos — ela persuadiu. — Você tem que nos contar mais!
— Onde você comeu? — Jungkook perguntou, apoiando-se nos cotovelos.
Namjoon revirou os olhos.
— Não faço ideia — respondeu ele. — Não consegui ler o nome, então definitivamente era algum restaurante chique ao qual os Ahn estão acostumados.
— E? — Dain cutucou, erguendo as sobrancelhas.
— Nada de mais — disse ele com indiferença. Quando olhou para seus rostos expectantes, suspirou. — Ah, tudo bem, acho que não desistirão. Quer dizer, eu também não desistiria se não fosse o alvo em que estamos tão interessados.
Todos eles esperaram com a respiração ofegante.
— Oh, tudo bem! — Namjoon exclamou, estressado. — A pior parte de ontem à noite foi, basicamente, tudo. Foi bom não estarmos sentados um ao lado do outro, mas foi ainda pior um de frente para o outro e-
— Não! — Namjoon exclamou, horrorizado com o pensamento.
Embora, em sua mente, ele respondesse: Sim! Mas foi apenas um acidente. E ele foi tão legal depois disso. ESPERAR! O quê?
— Deus, não — acrescentou ele, como se estivesse se tranquilizando.
Jungkook e Dain riram.
— Ok, continue.
— Bem, sentados frente a frente, é difícil evitar o olhar, mas consegui passar a noite. Mamãe e Ahn Jiseok foram os que continuaram falando e o resto de nós, apenas calou a boca — Namjoon brincava com a grama.
— Nenhum momento? — Dain perguntou, desapontada.
Que diabos você está falando? — Namjoon franziu a testa.
— O que ela quer dizer, Nam, é se você e ele tiveram esse momento em que se sentiram estranhos. Meio que agitados e então você olha para ele e é como se o visse pela primeira vez — Gahee fez uma pausa e suspirou profundamente. — E você se apaixona.
Tanto Jungkook quanto Namjoon caíram na gargalhada, e até mesmo Dain parecia estar controlando a risada.
— Oh, Deus, Gahee, de onde veio isso? — Jungkook perguntou ofegante, e riu novamente.
— Acho — Namjoon começou a lutar para falar. — que de seus romances.
— Isso é apenas um romance simples ou um romance sexy pervertido? — Dain perguntou.
— Gahee os lê faz tempo — explicou Namjoon. — Ela estava lendo por uns cinco anos antes de Jungkook e eu descobrirmos um livro em seu armário, no segundo ano. Foi inacreditável porque era o aniversário dela e íamos fazer uma surpresa-
— E então, quando abrimos o armário dela, fomos nós que ficamos surpresos — Jungkook continuou rindo e Dain se juntou a ele, rindo incontrolavelmente. — Ah, Gahee.
— Quando vocês terminarem de rir de mim, estarei na biblioteca — ela começou a se levantar, mas todos a puxaram para a grama. — Ai! — exclamou, esfregando a bunda.
— Vamos, Gahee — disse Namjoon. — Todos rimos um do outro em algum momento, é o que torna essa amizade divertida.
O sinal tocou naquele momento e todos lutaram para se levantar, porque cada um deles estava puxando para baixo quem conseguisse se levantar primeiro. E quando o segundo sinal tocou, todos estavam atrasados para a aula.
— A gente se vê depois! — Jungkook e Dain exclamaram enquanto corriam para a aula de química.
— Você ainda não está livre, Kim! — Dain gritou, enquanto corria.
— Mais tarde! — Namjoon gritou de volta, balançando a cabeça. Ele e Gahee correram para a aula de literatura. Eles conseguiram entrar pela porta dos fundos quando o professor estava de frente para o quadro.
Ambos caíram em uma cadeira assim que ele encarou a sala de aula. Seus olhos se desviaram para os dois, e ele disse: — Espero que isso não aconteça novamente. Não é bom derrubar um ao outro na grama.
Namjoon e Gahee começaram a rir por trás de suas mãos quando o homem começou sua aula.
— Certo — sussurrou ele. — Ainda bem que ele não nos colocou na detenção.
— Sei — Gahee balbuciou para ele.
Namjoon endireitou-se na cadeira, pegando o caderno e a caneta. Olhou ao redor da sala de aula quando o professor começou sua aula. Ele congelou quando viu que Seokjin estava olhando-o.
Havia esquecido que ele também estava naquela classe.
Percebendo haver sido pego, ele imediatamente desviou o olhar. Namjoon afastou uma mecha de cabelo do rosto, sentindo um arrepio subir pelos braços. Ele se perguntou se deveria ter contado a seus amigos sobre seu 'momento' com Seokjin, não que realmente se apaixonasse por ele, mas o achava lindo e sexy.
Isso não era um bom sinal, certo?
Afinal, não era como se ele se sentisse 'agitado' ou como se 'visse Seokjin pela primeira vez', como Gahee havia dito. E Namjoon sabia que definitivamente não estava se apaixonando por ele, de jeito nenhum.
Ele não estava certo?
Não! Uma voz interior dentro dele exclamou. Ele será meu irmão!
Namjoon deu uma espiada na sala de aula para Seokjin. Ele estava olhando para o professor, com um olhar intenso, ouvindo atentamente e tomando notas diligentemente. Ele parecia tão intenso e tão...
Ele não concluiu o pensamento. Com medo do que poderia sentir, desviou o olhar.
