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N/A: Decidi que atualizaria hoje se o Brasil ganhasse e aqui está! Obrigada pelos votos e comentários nos capítulos anteriores, adoro saber o que estão achando.

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Ela não estava exatamente bem com isso.

Na verdade, Meredith não estava nada bem.

Dra. Bailey não estava por perto quando ela teve que realizar uma traqueostomia de emergência em um garotinho, tão pequeno quanto sua Harper. Ele quase morreu nos braços dela. Quase não consegui ir para a sala de cirurgia.

Doutor Shepherd– Derek Shepherd, encontrou-a em frente ao hospital agindo despreocupada sob a chuva torrencial às cinco da manhã. Seus membros superiores tremiam e sua garganta apertava só de... pensar, apenas pensar que ela poderia ter matado o filho de alguém, o bebê de alguém. Se ela tivesse feito o que fez alguns segundos depois, se ela não estivesse andando por aquele corredor ou. Ou– "Não, vamos lá, você fez tudo certo. Tudo o que há para fazer. Ok? Eles me disseram que você nem parecia nervosa. E o menino? Ele está se recuperando agora. Graças a você."

E ela já sabe disso, sabe que ele está melhor agora, mas a imagem do pior ainda não sai de sua cabeça. "Fiquei com tanto medo, por um segundo pensei... pensei que ia matá-lo."

Ele dá um passo à frente e toca o ombro dela, gentilmente. "Você fez o que tinha que fazer, e fez bem, Doutora Grey. Muitos estagiários não conseguiriam fazer o que você fez lá. Você viu uma crise e agiu."

O dever dela, o mínimo necessário, é pelo que ele a está parabenizando. Meu Deus, esse cara não estaria na lista de pessoas que a mãe dela aprova. Ela tem um ataque de Deja vu, um forte puxão de reconhecimento e percebe que isso é exatamente como no sonho, o mesmo silêncio pesado rastejando, a brisa que roça suas bochechas lhe oferencendo uma atmosfera ondulante como a de um sonho-para-virar-pesadelo. Exceto que desta vez Derek não está sorrindo.

"Você fez bem." Ele repete. E foda-se ele, porque Meredith não consegue se mexer quando ele aproxima ainda mais o rosto. Em qualquer outra situação ela poderia ter dado um tapa na cara dele, ela poderia apenas dar uma joelhada entre as pernas dele, mas desta vez ela simplesmente não o fez. Ela apenas sentiu um peso frio afundar em seu estômago, as unhas empurrando as palmas das próprias mãos.

Quando ele toca o queixo dela, seu dedo indicador levantando o rosto de Meredith para si, uma sensação de vazio esmaga seus pensamentos. "Você vai ficar bem. Sim?"

Ela sente um puxão logo atrás da blusa, e desta vez não é o Doutor o responsável por isso.

Ela tropeça um pouco, então ouve a voz de Cristina em seus ouvidos e é exatamente como anjos cheios de gratidão soariam. "Peço desculpas, Doutor Shepherd. Espero que não se importe que eu pegue Meredith emprestada por um momento." E então para ela, um pouco mais seco e no mesmo estoque de respiração.  "Eu preciso de você. Venha comigo."

Como é que ela nem percebeu quando Cristina se aproximou deles?

Ela trouxe Meredith ao lado de seu carro no estacionamento. Ela olhou para trás apenas uma vez e viu que o Doutor Cabelo Bonito estava voltando para o hospital. "Você está louca?" Cristina questiona, olhando para o olhar ainda não recuperado de Meredith. "Isso seria um sim?" Ela observa Meredith por um segundo. "O que há de errado, o que ele disse?"

"Ele ia me beijar."

Ela pisca. "O quê? Espere, não, o que? Por quê? Você ia deixar ele te beijar?" Para isso, Meredith junta as sobrancelhas para fazer questão de esclarecer: "Não!"

manteiga de amendoim e outras alergias.Onde histórias criam vida. Descubra agora