n/a: escrevi mais um pouco, empolgada em ver rostos novos por aqui. fiquem por aqui pessoal, tenham paciência comigo. boa leitura!
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Beijar sua meio-que-chefe era... mau.
E por muitas razões. Ela já tem uma reputação insinuante no hospital, sendo filha de sua mãe sempre a colocaria em uma espécie de pedestal. Ela não podia deixar que todos soubessem daquilo ou então seu nome seria comentado por uma carreira inteira, e não seria do jeito bom.
Além do fato de que ela não sabe se o doutor Webber reagiria de modo contraditório, cônscio de quem exatamente são os envolvidos da vez. Ela nunca viu Alex arrastar enfermeiros para o chuveiro, ele nem deve jogar para esse time, mas ela sabe que de alguma forma sempre seria pior se as envolvidas na fofoca da semana fossem duas mulheres e não dois homens. Não havia nada que unisse mais as mulheres do que a misoginia no local de trabalho.
O que é um pesadelo, porque Meredith não consegue parar de pensar naquele beijo– Beijos, corrige um canto cínico de sua mente.
Tenha a coragem de torná-los plurais como você teve de beijá-la. E terá outra vez, ela quer fazer isso de novo e não haverá contratempos que a fará desistir facilmente da ideia.
Ela gira a maçaneta e é recebida em casa por uma lambida gorda e grandes patas na altura dos antebraços a empurrando um passo para trás. "Meu Deus. Bobby, você está aqui. Quem deixou você entrar aqui?" Ele sopra bafo de peixe e a baba de cachorro escorre para a camisa dela, um São Bernardo de sete quilos forcejando uma dança lenta com ela na porta. "Papai?"
Logo Thatcher está por perto, chamando o cachorro grande com um assobio. "Vamos, garoto, deixe-a em paz. Desculpe querida. Ele vai passar o fim de semana com a gente, esqueci de avisar."
Ela enxuga baba da bochecha. "O que aconteceu? Monica está bem?" ela pergunta, escorregando o casaco de seu corpo e observando enquanto seu pai se agacha para afagar o cachorro atrás das orelhas. Mônica é sua vizinha favorita e a única que ela ainda vê quando chega em casa ou tira o carro da garagem, sempre focada em crochetar tapetes na varanda.
"Ela ficou doente, não sei bem. Estava se sentindo estranha esses dias e ligou para a filha hoje. A garota veio da faculdade para levá-la ao hospital, mas parou para deixar esse garotão aqui. Não tem jeito do Bobby ficar sozinho, ele é uma peste. Ele mastigou o sapato de Harper até o cadarço."
Ela suspira.
Excelente. "Preciso saber se tiver notícias. Em que hospital ela se internou?"
"Mercy West. Ela estará lá para alguns exames, mas a filha dela disse alguma coisa sobre voltar no dormitório e pegar algumas coisas, então ela me ligaria novamente quando chegasse ao hospital e eles tivessem os resultados."
Ele olhou para Meredith no caminho para a cozinha, e o cachorro juntamente seguiu cada passo. Ela não viu Harper lá, apanhou uma maçã da cesta e olhou em volta. O lugar é estranhamente quieto sem sua ervilha como um acréscimo à cadeira alta.
"Susan foi com ela buscar o jantar naquele restaurante italiano. Você gosta desse, certo?"
"Sim, claro." Ela repuxa os lábios em um sorriso, apesar do cansaço, da dor de cabeça e da sensação de que não está cumprindo bem o seu papel de cuidadora. Se ela não estivesse em uma despensa mais cedo, beijando sua mentora, então talvez ela estaria em casa a tempo de preparar o jantar para sua filha. "Estou indo tomar um banho."
Ela toma um banho longo o suficiente para tirar um pouco do peso dos ombros, passa loção nos tornozelos e na nuca, onde uma tensão odiosa a atormenta, mas não desce as escadas. Ela deve ter adormecido em algum momento, pois desperta às três e quarenta e cinco da manhã com o choro de Harper ecoando em seus ouvidos.
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manteiga de amendoim e outras alergias.
FanficE se, em vez de ir ao bar naquela noite, Meredith não fosse porque estava muito ocupada cuidando de seu bebê recém-nascido? E se ela fosse uma mãe solteira e realmente tivesse um relacionamento saudável com seu pai, assim como pessoas que estivesse...