Imoral [Scaramouche X Leitora]

Capítulo 6

- Scaramouche -

  Terei uma reunião importante essa noite, em um bar chamado VUE, muito bem colocado em Liyue. Encontrarei Pierro, Capitano e Columbina, que são os envolvidos no caso. Detesto reuniões, principalmente com os outros mensageiros, a simpatia errônea deles me irrita profundamente.

  Queria evitar aquele bar depois de noite passada, penso que aquelas meninas podem aparecer novamente e estragar muita coisa. Bom, Tartaglia se livrou de uma, a carcaça dela provavelmente vai servir de experimento para Dottore. Eu terei que me livrar da outra, farei isso pela manhã, hoje eu tenho muito mais com que me preocupar.

  ***

  Já é quase a hora combinada, 23:00, um horário em que o bar tem menos movimento, chamo a carruagem, e já me preparo psicologicamente para todo tipo de merda que serei obrigado a ouvir.

  Chegando lá, todos já estão em uma mesa afastada, provavelmente para evitar olhares, sigo em direção a eles e os comprimento com um sutil aceno.

  - Finalmente, Scara. - Diz Capitano - quase precisamos escolher seus papéis, sem sua presença. - Completa ele.

  - Bom, estou aqui. Diga-me os planos. - Falo sentando em uma cadeira.

  Começaram a falar o que cada um iria fazer, ficaram umas 2 horas só falando sobre eles mesmos e a importância que eles teriam na missão. Eu nunca dou ouvidos para eles, só escuto o necessário para um bom desempenho, por mais que muitas vezes, eu não siga o planejado.

  Quando começariam a falar meus papéis, S/N entra  completamente bêbada, sinto desgosto dessa garota. Mal conseguia se manter em pé, era ridículo de olhar. Comecei a rir e comentei:

  - Não é possível que esse bar tenha regredido tanto. - os outros olham para a garota e dão pequenas risadas.

  Ela vem até mim e bate em minha taça, quebrando a  própria em sua mão. Só consigo pensar o quão burra ela é.

  A garota tira satisfação sobre onde está o Tartaglia e coisas do tipo, não me incomodei com isso, só a vi como uma ratinha em meio a quatro grandes predadores. Até ela aumentar a voz e atrair olhares, estávamos evitando atenção e essa cachorra veio atrapalhar tudo.

  Puxo ela pelo braço e a levo ao armazém do bar, faço o que faço de melhor, ela continua gemendo e gritando, mas não me importo, o armazém é abafado e ninguém conseguiria ouví-la de lá. Saio da sala e volta para a mesa.

  - Era sua mulher, Scaramouche? - Columbina pergunta.

  - Era só uma prostituta se envolveu com o Tartaglia  esses dias. - Minto, para não dar explicações.

  - Contrate a prostituta então! - Columbina afirma.

  - Oi? -

  - Para entrar na casa dos Kamisatos você precisará de uma esposa falsa, Scaramouche. Não me importa se vai matá-la depois, eles achariam muito suspeito você sozinho por lá. - Columbina continua

  - Porra, vá você comigo então! - Digo estressado com a situação, não é possível que terei que ficar com aquela garota por meses.

  - Tenho outra parte da missão para executar, mas, se ela não te agradar pode escolher outra, só precisa entrar no navio para inazuma em 72 minutos. - Ela é clara e firme, estou me segurando ao máximo para não socar a cara dela.

***

  Após eles irem embora, levanto e pego um produto químico em cima da mesa da cozinha e gases que encontrei em uma gaveta. Volto ao armazém e enfaixo seu machucados.

  - Eu sei onde ela está! - Está morta, mas é melhor eu mantê-la esperançosa para ela aceitar esse casamento.

  - case-se comigo que a levarei lá. - Falo enquanto termino de enfaixar sua mão.

  - O que?!? Você é louco?!? Olha o que você acabou de fazer! - Ela está irritada, é compreensível, eu também estou, mas a essas horas ela é minha única opção.

  - Infelizmente, eu preciso de uma mulher para a próxima missão, e você não poderá entrar naquele lugar sendo só minha "conhecida". - O álcool ainda deve estar presente em seu corpo, então ela se torna mais manipulável, facilitando meu trabalho.

  É claro que ela poderia entrar em qualquer lugar se eu estivesse presente, sendo minha mulher ou não, eu sou o 6 mensageiro fatui, sou mais importante do que é possível pensar.

  - Vamos? - Digo próximo a porta. - Sou sua única chance de vê-la novamente! - Afirmo, com certeza de que ela não negará a proposta, especialmente no estado em que ela está.

  Ela abaixa a cabeça e passa pela porta, logo assim, uso o frasco de produto químico para apagá-la com um golpe na cabeça, não quero que ela saiba onde estamos indo, talvez assim ela tenha a oportunidade de viver após essa missão.
 

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Imagem : Voos on Twitter

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