Capítulo 11

1.3K 101 51
                                    

Já havia se passado algumas semanas desde seu último encontro com o Arthur, para ser sincero depois daquele dia o Arthur se afastou bastante, Dante não sabia motivo desse afastamento repentino, talvez ele tivesse dito algo errado? Feito algo? Não fazia sentido, eles estavam se dando tão bem. De toda forma, Dante parou de fazer questão de falar com o mesmo, se sentiu de certa forma usado, sério que Arthur só queria um sexo..? Precisava ter o tratado como algo a mais só para transar? Que estupido! Aquele pensamento fazia o loiro se sentir muito mal.

- Dan? - A morena perguntou enquanto dava duas batidinhas na portas, tirando o mesmo de seus pensamentos.

- Pode entrar, Bea. - Respondeu secando uma lágrima que havia escorrido de seu delicado olho, que agora estava um pouco avermelhado e inchado, não só pelo Arthur.

- Uau! - A garota exclamou, olhando o mais velho de cima a baixo. - Queria ficar bonita com roupa formal que nem você. - Dante solta um risinho frouxo.

- Mas você está linda, Bea. - A pele da garota ficou um pouco avermelhada.

- Obrigado... você sabe que eu não sei lidar com elogios. - Ela respondeu em um tom muito baixo, quase inaudível, claramente envergonhada.

- Eu sei, desculpa. - O loiro soltou um riso vendo a reação da mesma.

Os dois foram juntos até o carro, conversando sobre a semana, amizades, coisas variadas. A viagem durou cerca de trinta minutos e então chegaram no local, lendo o letreiro "Cemitério de Carpazinha", Dante percebeu que o semblante de Beatrice, que antes era alegre e divertida, mudou rapidamente para triste e melancólica no momento que parou o carro.

- Chegamos... - Ela fungou um pouco e olhou para cima.

- Você realmente quer que eu vá com você? Eu posso esperar no carro. - Dante estava um pouco preocupado, nunca tinha ido fazer está "atividade" com sua irmã e não queria parecer desrespeitoso.

- Não, claro que não! Você também é filho deles... - A garota jogou a cabeça sobre o volante e uma lagrima escorreu de seu olho. No mesmo momento o loiro levou seus braços ao redor do tronco da garota e fez um leve cafune em sua cabeça.

- Tá tudo bem, tudo no seu tempo, ok? - Beatrice retribui o o gesto e abraçou o garoto de volta, agora desabando em choro.

Eles ficaram alguns minutos ali, mesmo sem terem entrado no cemitério em si, a lembrança de seus pais era forte demais para Beatrice e Dante a compreendia, por mais que nunca tivesse sido adotado pela família de Bea, ele se considerava filho deles também, eles eram pais da sua irmã.

Depois de um tempo juntos, eles foram para o tumulo, Beatrice desabava em choro seguido de choro, Dante até conseguia se segurar, precisava ficar firme para a irmã, mostrar-lhe segurança. Dante não conhecia muito a família de Bea, poderia dizer que quase não conseguia visita-la durante sua adolescência, mas sabia que eles eram boas pessoas e deram uma boa vida para Beatrice no tempo que tiverem com ela.

Para animar um pouco o clima, mesmo que seja algo quase impossível, Dante sugere deles irem na "festa" que iria acontecer na casa do Thiago, seu pai Arnaldo Fritz, havia voltado para cidade após sua grande trilogia de filmes de sucesso "Explosões", como os fãs chamam. Dante não curtia filme de ação, mas os filmes do Fritz ele havia visto todos e se considerava até parte do fandom. Beatrice concordou, rindo um pouco ao ver a felicidade do irmão em ver o famoso ator.

- Nem sabia que você gostava de filme de ação, Dan. - A garota falou enquanto batia na porta da casa dos Fritz.

- Mas são muito bons, você deveria ver. - A porta é aberta, revelando o Thiago com um grande sorriso no rosto.

Um Caso de DanthurOnde histórias criam vida. Descubra agora