25| Quero você, apenas você

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Para alguns, essa é uma das melhores cenas deles no livro dois. E é mesmo.

― Tá tudo tão diferente

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― Tá tudo tão diferente... ― Balbuciei para mim mesma.

― Eu não gostava das coisas como eram antes... ― Mas ele havia escutado.

― Por que não?

― Não gosto de lembrar de quem eu costumava ser. De como o velho Dean agia e pensava.... Não gosto de relembrar do papel da "família perfeita" o qual era obrigado a interpretar. ― sua testa estava levemente enrugada e seus olhos percorriam todo o ambiente, inquieto, como se algo tivesse lhe machucando.

Um vínculo profundo se formou entre minhas sobrancelhas. Beleza que Dean nunca foi o cara mais amoroso do mundo, mas não achei que ele odiasse a família. E esse negócio de "papel de família perfeita" era novidade pra mim.

― O que quer dizer com " papel de família perfeita"? ― Perguntei.

― Sabe o que quero dizer. Todo mundo sabe, foi assunto na mídia alguns anos atrás. ― Dean respondeu, andando até um outro cômodo da casa e fui atrás.

― Do que está falando? ― indaguei confusa.

― Como pode não saber, Scott? Em que mundo você vive... ― Devolveu incrédulo.

― Dean...

― Minha mãe traia o meu pai, Anna Lis! ― ele ralhou, depois de interromper seus passos e se virar em minha direção, me obrigando a parar também.

Um silêncio constrangedor tomou o corredor por alguns segundos, e me vi completamente chocada com sua confissão abrupta. Mas não era algo realmente surpreendente que esse fato tenha passado por mim... eu estava vivendo em uma bolha antes mesmo da minha mãe morrer, e não ajudava muito que eu abominava páginas de fofocas ou coisas semelhantes.

― Ela fez isso por anos, até que a mídia descobriu e jogou a bomba no ventilador. Não éramos uma família há bastante tempo, mas ser corno publicamente foi o fim para o meu pai e eles se divorciaram. ― Dean voltou a falar, a voz tão baixa que poderia ser facilmente considerada um sussurro.

― Quando aconteceu?

― O divórcio? Eu estava no primeiro ano do ensino médio.

― E quando vocês... eh... ― gaguejei, incerta se deveria estar sendo tão invasiva.

― Começamos a atuar? ― o canto direito dos seus lábios se ergueram levemente, em uma tentativa de me deixar mais confortável. E mentalmente o agradeci por se importar comigo quando estava desenhado em cada parte do seu rosto o quão doloroso era que tivéssemos tendo aquela conversa.

Assenti com um balançar de cabeça e Dean continuou:

― Tempo suficiente para que eu nem consiga me lembrar de quando aconteceu. Mas o acordo "oficial" foi criado dezesseis anos atrás. ― ele deu de ombros antes de girar sobre o calcanhares e caminhar para longe, enquanto meus pés permaneciam colados no mesmo lugar.

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