31| Longe

89 5 0
                                    

         
Dean precisou voltar para Brasilia, e agora, ele não sabe lidar com a falta que está da sua namorada. 

       Fechei o notebook e me escorei na cadeira, jogando a cabeça para trás e encarando o teto do meu escritório em Brasília

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

       Fechei o notebook e me escorei na cadeira, jogando a cabeça para trás e encarando o teto do meu escritório em Brasília. Já faziam duas – miseráveis – semanas que estava de volta ao inferno, e me sentia exausto com a montanha de trabalho. Devido a minha ida a São Paulo sem nenhum planejamento, o trabalho acabou se acumulando. E apesar de todos os meus esforços trabalhando pelo computador, não chegou a ser o suficiente. No entanto, faria tudo de novo se fosse preciso. Os quatro dias que passei ao lado dela havia valido cada segundo, e sinceramente, não sabia como ainda estava suportando passar tanto tempo longe da mesma. Por um lado, era bom estar ocupado, já que durante o dia era fácil não pensar com tanta frequência no seu sorriso sapeca ou na textura dos seus lábios pequenos e macios. Mas quando o expediente acabava e eu tinha que voltar para o hotel, todas as lembranças me bombardeavam com força máxima fazendo-me sentir um vazio do lado esquerdo do peito ainda pior que antes. Ela finalmente era minha namorada. Por tanto tempo isso foi apenas o que desejei, mas agora que o tinha não era o suficiente... por que diabos não era o suficiente?

"Precisa ir logo atrás dela, e pedi a garota em casamento de uma vez." A voz do Phillips soou em minha cabeça.

"Quero que seja minha, Scott; que seja minha esposa e mãe dos meus filhos". Lembrei das minhas palavras no último e-mail que havia enviado à garota. Qual ela havia tirado sarro. Droga! Phillips havia botado essa ideia maluca na minha cabeça e Lis, possivelmente, não estava nem pronta para um passo tão grande. Pelo menos foi isso que ela deixou aparente em seu último e-mail.

O que diabos eu deveria fazer, então?

Passei as mãos pelo cabelo extremamente frustrado com toda a situação. Phillips iria me pagar!!

― Deveria estar trabalhando. Se me lembro bem, você inventou uma viagem de férias e atrasou muitos dos nossos projetos. ― Meu pai declarou ranzinza. Ele adorava entrar na minha sala sem bater.

Forcei um sorriso, esperando que ele não tivesse vindo me dar mais um dos seus sermões.

― O que quer? – Perguntei arrastado, olhando-o sentar em uma das cadeiras que ficavam de frente para a minha mesa.

― Apenas conversar... ― Respondeu no mesmo tom.

― O senhor nunca quer apenas conversar. E como mesmo disse, tenho muito trabalho a fazer. Então, vamos parar com a enrolação.

Com a expressão ainda passiva, o Stone mais velho levou a mão direita até a barba por fazer e sorriu com escárnio.

― Não acredito que aquela pobre garota foi capaz de perdoar todas as suas crueldades contra ela... ― Soltou com desdém me fazendo trincar o maxilar.

― Como ficou sabendo da Anna Lis? ― Perguntei atordoado.

― Não sei se é muito ingênuo ou idiota, garoto. Eu sei de tudo que acontece na sua vida, desde as corridas ilegais, as quais participava no ensino médio, até a sua novela mexicana com a pequena Lis. Mas dessa vez não precisei mexer um dedo para obter informações, elas apenas caíram no meu colo hoje cedo. O casinho de vocês está em todas as manchetes de jornais e sites de fofocas... ― Sorriu cínico, e ralhei os olhos.

Sempre | Melhores momentosOnde histórias criam vida. Descubra agora