Se passou 3 anos. Dean e Lis estão casados e com dois filhos. A mãe do Dean por algum motivo voltou dos mortos e agora ele tá puto com a vida.
― Eu odeio isso... ― Dean murmurou discretamente, enquanto sorria para as pessoas que nos cumprimentavam.
― Não mais que eu, querido! ― Murmurei de volta, depois de perceber duas mulheres cochichando enquanto me lançavam olhares de reprovação.
― Não passaremos muito tempo, eu prometo. ― O moreno pegou duas taças de champanhe da bandeja de um dos garçons, e me entregou uma.
― Já estou com saudades das crianças. Será que seus pais estão conseguindo dar conta? Dan anda enjoadinho nos últimos dias... ― Comentei preocupada, dando um gole na bebida.
― Meus pais nunca foram muito bons com crianças, mas Luca vai cuidar do irmão, não se preocupe. ― Bati em seu ombro discretamente e ele riu descontraído. Eu amava ouvir o som da sua risada, sempre sentia borboletas em meu estômago.
― Você prometeu que daria uma chance para eles e seus pais se dão muito bem com os meninos...
― No meu pai eu confio, mas a minha mãe dissimulada não é muito digna de confiança...
― Suzana está tentando, Dean! Sua mãe voltou por você, um pouco tarde demais, mas voltou. Sei que não foi nada fácil quando ela voltou, eu estava lá. Mas no dia em que Daniel nasceu, você prometeu se esforçar para aceitá-la em nossa família e já faz um ano.
― Não sabia que dona Suzana tinha uma defensora. ― Disse em tom zombeteiro e um sorriso meia boca. Ele estava se esforçando para não soar rude, mas havia frieza em suas palavras.
― Aprendi a gostar da sua mãe durante esse meio tempo juntas. Ela me ajudou muito quando nosso filho nasceu, eu estava apavorada por ser mãe de algo tão frágil e ela ficou ao meu lado durante todo o processo de adaptação. Mas não é por Suzana que estou pedindo para que se esforce um pouco mais.
― Eu achei que pudesse lidar com isso, mas não consigo perdoar como meu pai fez. ― Desabafou um pouco atordoado.
― Mas você precisa.
― Se confia tanto naquela mulher assim, com o que ainda está preocupada? ― cuspiu, não conseguindo mais controlar o desprezo na voz.
― Não se trata de confiança... mas você não entenderia, é coisa de mãe.
― Talvez você pudesse me explicar, Lis... ― Seu olhar segurou o meu. Havia um misto de irritação e decepção neles. ― Pode parecer idiota, mas ás vezes me sinto um estranho dentro da minha própria família... O Dan parece gostar mais do Max do que de mim e quando a família está toda reunida, eu pareço a peça que não encaixa. Sei que passo muito tempo na empresa e o tempo que tenho com vocês é um pouco limitado, mas não gosto de como as coisas estão. Eu só queria que se abrisse mais comigo...
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Sempre | Melhores momentos
Roman d'amourPara aqueles que vivem me perguntando sobre a volta do casal mais odiado e amado do universo literário.