Como Um Sonho.

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Muita boa noite! Já aviso que o Jm tá maluco. Até mais💕💌

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Eu sonhei. Aquele momento foi como um sonho. Por isso sonhei com ele. O sonho foi mais que preciso, quase uma volta ao passado. Cada sensação, cada pensamento e emoção. Eu revivi o momento que achei que nunca tinha vivido realmente. 

Começou com a minha saída do apartamento, eu precisava ir a uma papelaria comprar canetas. Estava com fones de ouvido tocando "Streets" muito, muito alto, e isso foi crucial. Eu estava distraído e momentaneamente incapacitado de ouvir qualquer ruído próximo. Concentrado na música, pensando longe…

Entrei no elevador. Se passou no máximo um segundo. Um braço entrou quando o elevador estava quase fechando.

Aquela foi a primeira vez que vi Jungkook.

Sua mão bonita e as tatuagens escuras do seu braço ㅡ foi assim que ele se apresentou.

Ele entrou no exato momento em que Doja começou o rap. Parou ao meu lado. Não disse nada. Eu não disse nada. Estava paralisado. Nunca tinha visto aquele homem antes, não fazia ideia de quem era. Estávamos sozinhos por segundos enquanto eu tinha todo o amor erótico do mundo nos ouvidos.

Foram segundos, somente segundos. Eu nem sabia que ele era o novo morador. A questão é que não importa: eu não consegui parar de olhar para ele. Olhava discretamente e nada discretamente também. Não podia suportar. Estava ao lado dele. Sem ar e fascinado por cada pedaço de pele, fio de cabelo, perfume… Não importava quem ele era, eu queria ser dele.

O elevador abriu. Ele saiu primeiro, pois eu mal podia andar. Ele olhou para trás quando saiu, provavelmente porque notou que não saí ou porque sabia que eu estava devorando suas costas com olhos famintos. Olhou nos meus olhos por um momento curto como uma piscada e continuou a andar. 

Não importava se ele não sabia o meu nome e que eu era seu vizinho: ele soube que tipo de sentimento havia tomado conta de mim. Ele sabia que eu estava chocado. Sabia que eu não conseguia tirar os olhos dele.

Jungkook foi para o lado oposto ao meu; não resisti. Segui até o estacionamento. Vi ele subindo na moto. Encostei na parede e respirei fundo após vê-lo saindo. Minha mente totalmente vazia e repetindo: Quem? Quem é ele? Por que estava aqui? Quem? Quem é?

E mais lá no fundo, bem no fundo de mim… Será que ele me beijaria? Será que ele gostou de mim? Passei uma impressão ruim? O bastante para ele nunca me beijar?

Fui à papelaria. Aquele foi o primeiro dia em que fiquei atento aos barulhos do corredor. Depois disso, nunca mais fiquei dentro do meu apartamento sem pensar se ele estava chegando, saindo, passando. Nunca mais fiquei completamente relaxado no meu lar. Porque eu não conseguia abrir mão da ansiedade deliciosa que me consumia ao esperar por ele… Falei com ele pela primeira vez dois dias depois.

Sonhei apenas até o momento em que senti a parede gelada e pensei no calor que ele acenderia no meu corpo se me deixasse senti-lo.

Minha vida toda mudou. Nunca fui realmente discreto. Nunca pude de fato dar a entender que queria menos que os braços dele ao redor de mim. Eu sabia que ele sabia. Sempre foi tão claro a nós dois que eu era fácil de ter, fácil de confundir, fácil de foder. E eu jamais me faria de difícil para nada, nada disso.

Foi como um sonho.

E nunca mais acordei.

Ter tido esse sonho específico me fez aturdido na terça-feira de manhã. Eu não conseguia olhar para Jungkook, tocá-lo, ouvi-lo, não podia conceber a existência dele sem me fragilizar. Uma armadilha da minha mente para me lembrar o quão patético me tornei assim que coloquei os olhos nele. A narrativa doce e boboca que fiz de jornada pessoal quando ele respondeu meu primeiro cumprimento. 

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