𝐗𝐕𝐈𝐈 - 𝐏𝐚𝐬𝐬𝐚𝐝𝐨

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"Todos as noites morre um pedaço de mim sufocadoCom tudoo que eu não disse

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"Todos as noites
morre um pedaço de mim sufocado
Com tudo
o que eu não disse."

◇ —

        Foi difícil não se preocupar quando Bakugou permaneceu por tanto tempo em silêncio. Fazia alguns minutos demorados que encarava os dedos sobre a mesa, seu café havia esfriado e o único som da casa era do relógio ecoando da sala. Kirishima sabia que algo estava errado para não ouvir seus gritos.

   — Amor? — Chamou. Rasteiramente Bakugou ergueu as pupilas murmurando em resposta. — O que houve? — Não perguntaria se estava bem. Katsuki odiava ter suas emoções expostas e muito mais a pena que isso causava em quem às via, por isso toda a raiva.

   — Nada. — Sua voz soou arrogante.

   — Aizawa-sensei esteve te treinando até que horas ontem? Você só voltou às 5 horas da manhã, bêbado. — Insistiu.

   — Não posso beber agora? Já disse que nada aconteceu. — Rebateu.

   — Pode, se me avisar ao menos. — Suspirou. — Sei seus motivos para beber, sua emoção no caso. — Pareceu desconfortável por um instante. Arrumou a postura deixando os cotovelos relaxarem na mesa, estava de frente a Katsuki.

   — Se sabe, não pergunte. — Rosnou.

   — Você tem um grande ego Bakugou Katsuki, mas não estamos casados porquê desisto fácil. — Um sorriso cresceu orgulhoso. Katsuki estalou a língua para sua fala.

   — Deku, ele não morreu. — Respondeu em desistência. Observou o olhar surpreso no rosto de seu esposo. — O vi ontem, durante o treinamento. Está com Aizawa-sensei, como se fosse seu dono, o pegou e saiu pulando os telhados depois de só me mandar calar a porra da boca e me deixar sozinho. — Sua canhota apertou a xícara fria sobre os dedos, sentiu o calor dos de Kirishima sobreporem o seu.

   — Ele parece bem? — Ejiro não conhecia Midoriya, sabia que tinha cabelos verdes, sardas, um lindo sorriso e um sonho de ser herói, segundo Katsuki. Tinha conhecimento de que Bakugou se culpava pelo passado deles e que não haveria perdão se este não viesse diretamente de Izuku; a única certeza de Bakugou era que não merecia esse perdão.

   — Parece sim. — Seu tom de voz soava cansado, Katsuki falava baixo deixando Kirishima preocupado. — E com muita raiva de mim. —

   "Você não tem culpa." era o que diria, mas de nada adiantaria, mesmo com toda insistência anterior de seus anos como amigos até serem maridos, em nenhum deles Bakugou cogitou que estaria livre da culpa. Kirishima se levantou para levar as xícaras para pia e em seguida apoiar as mãos nos ombros do loiro.

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