𝐗𝐈𝐕 - 𝐏𝐨𝐫𝐜𝐞𝐥𝐚𝐧𝐚

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❝Você está em todo canto, menos ao meu lado

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❝Você está em todo canto, menos ao meu lado. E isso dói.❞

– ♡ –

       A lua brilhou alta no céu com seu conjunto estelar, a noite tinha um ar fresco e calmante e perto do mar como estavam Bakugou e Aizawa, o clima era ainda mais confortante.
 
   — Vamos repassar. — Shota pronunciou. — Seus ataques diretos ainda estão sendo muito impulsivos, você luta bem, mas ainda precisa aprender a lidar com estratégias e lembre-se que está numa batalha, não no The Voice, então pare de gritar. —
 
   Uma veia saltou na testa do loiro.
 
   — Não me importa! Derrotamos todos eles não é? — Gritou de frente ao moreno.
 
   Suas posições eram espelhadas devido a série de aulas de luta em plena meia-noite que Shota lhe passava ao esperarem pela polícia no local.
 
   — Se você teve problemas com contrabandistas, imagine com um vilão em potencial. Vamos, me ataque. —
 
   Bakugou se colocou em posição de batalha pelo que seria a décima vez aquela noite.
 
   — Tsk, como quiser velho. —
 
   Katsuki se lançou para cima do moreno, veloz e agressivo, seu sorriso no rosto mostrava o quanto se divertia. Antes de poder acertar uma de suas explosões diretamente no rosto de Aizawa, as fitas do mesmo agarram e puxaram suas mãos para que não o atingisse e então as enrolou sobre seu corpo, puxando com força ele chocou dolorosamente seu punho no rosto de Katsuki e sequer chegou a anuir sua quirk.
 
   — Ao menos me faça mover do lugar. — Repreendeu mais uma vez. Sabia que o loiro esteve cansado pela viagem seguida de mais batalhas sem descanso, mas heróis não tem férias de qualquer maneira e a fatiga de uma luta pode ser mortal.
 
   A regra silenciosa era de que toda vez que Bakugou fosse acertado, eles recomeçariam do zero; após dez tentativas seguidas do mesmo modo, Shota não esperava que somente agora ele fosse a quebrar e aproveitar sua guarda baixa para lhe acertar um soco. Assim o moreno também sorriu vendo como finalmente parecia estar levando a sério e ativou sua quirk para um combate corpo a corpo.
 
   Estavam prontos para lutarem ali quando Katsuki mirou um soco em seu estômago devido abertura, mas antes que qualquer choque pudesse vir, seu antebraço foi acertado com força, rachando sua arma no ponto de impacto, de repente a áurea assassina jogou seus instintos para cima e antes de parar para reconhecer tentou explodir o ser a sua frente que agilmente o agarrou pelo braço de ataque e o lançou alguns metros de distância.
 
   Os olhos vermelho sangue brilharam em destaque entre ele e Aizawa, sua respiração parecia um rosnado animal assustador e somente quando ergueu seu rosto para pouca luz, Bakugou o reconheceu. Seus músculos tencionaram e paralisaram naquele chão ao vê-lo. A figura ainda caminhou até ele com mesma intenção assassina quando foi agarrado pelo ombro.
 
   — Izuku! — Shota possuía um tom repressivo quando o parou aonde estava.
 
   Midoriya olhou para ele, as expressões em seu rosto transmitiam intimidação e tensão puras. Seus dentes cerrados dolorosamente , seus olhos brilhando em vermelho e sérios franziam suas sobrancelhas acima deles com raiva e isso fez Shota hesitar um instante sem o reconhecer só voltando a si quando seu pulso foi agarrado com força.
 
   — Vamos. — Aquele tom de voz estremeceu seu corpo, mas ele ainda se irritou com aparecimento repentino dele e a forma como tratava situação.
 
   Percebendo a força anormal ele ativou sua individualidade para se livrar do aperto de Brócolis, porém mesmo assim, a força não diminuiu muito e ele não pode se soltar.
 
   — Dek-
 
   Katsuki tentou chamar, queria ter certeza de ser seu amigo de infância na sua frente, mas fora interrompido com sua voz cortante:
 
   — Cala boca.
 
   Foi então que Shota parou e percebeu a tensão no clima a seu redor e que ele parecia estar completamente por fora. Sem poder estender nenhuma conversa a mais, Izuku o pegou em seu colo e correu em uma velocidade assustadora e Aizawa só percebeu estar em movimento quando vento sufocante bateu contra seu rosto.
 
   Conseguiu ver a carranca amarga emitindo raiva de todos seus poros na face seria de Izuku e pensou como ele parecia estar mais velho.
 
   Ele só parou quando esteve em frente a porta de casa, abriu-a um tanto trêmulo e só colocou Shota no chão quando dentro dela. Um tanto nervoso Aizawa estava prestes a gritar com híbrido quando teve seus lábios pressionados contra de Midoriya num frenesi desesperado e errôneo  que nunca imaginou vir do esverdeado, seu corpo todo sendo abraçado de uma forma um pouco dolorida pela força, vagamente sentindo um tremor nos braços de Midoriya.
 
   Prestes a se afastar, Izuku escorreu para o chão como gelatina. Suas mãos firmemente agarradas na camisa larga do mais velho.
 
   — Por que não voltou para casa? — A sonoridade baixa não conseguiu esconder a fragilidade em sua voz, nem a forma como falhava ao tentar não chorar. Daquele ângulo Shota não pode ver como Midoriya mordia seu inferior tão forte quanto apertava sua camisa. — Por que não disse que viria mais tarde? — 
 
   Seu nervoso foi esquecido ao perceber como Izuku tremia, não conseguiu evitar se sentir um pouco culpado e acariciou os cabelos esverdeados enquanto sentava-se para ficar na mesma altura que ele.
 
   — Desculpe. — 
 
   Brócolis levantou rosto com semblante penoso, as esmeraldas reluziram com as lagrimas contidas e isso espremeu peito de Shota. Ele imediatamente se sentiu mal por estar evitando o ver pela lembrança de mais cedo, aquele pobre garoto não tinha culpa nenhuma sobre seu passado e a ultima coisa que deveria fazer é fugir como se ele fosse a causa de seus problemas.
 
   — Eu estou aqui, não vou embora. — Disse puxando-o para um abraço desajeitado naquele chão. E não quis admitir abertamente, mas seu coração afundou em conforto com bebe chorão em seus braços sem mais aquele aspecto assombroso, era seu pequeno Brócolis novamente.
 
   Sentindo afago em sua cabeça e o corpo de Shota agarrado ao seu, Izuku não conseguiu deixar de se sentir em casa, a sensação quente e confortável tomando seu peito com uma certeza: você está seguro aqui. Ele apertou corpo do moreno de volta não querendo sair dali nunca mais e como se Aizawa entendesse, permaneceu daquele modo.

CONTÍNUA.

N/A: Tenso... Mas como a vida já é merda sozinha e não estamos aqui pra chorar e não ter agradinho, vamos de boiolisse no próximo cap kkk

Obrigada pela leitura <3

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