My Green Cat | BNHA

𝐗𝐗𝐈𝐈 - 𝐅𝐚𝐧𝐭𝐚𝐬𝐦𝐚𝐬

"Quantos anos são necessários
para esquecer um minuto?"

— Nativo de mar.

— 🥀 —

       Emi atualizava Aizawa de tudo que ocorrerá em sua vida durante tempo que não se encontraram, falava tanto e flertava tanto que Shota já tinha parado de escutar a muito.

   — Aizawa-chan. — Suspirou. — Quero que minhas crianças superem as suas. — Falou. O moreno a olhou de relance.

   — Impossível. — Respondeu.

   — Vim trabalhar aqui para trazer meus queridos comigo, porque a Yuei prometeu todo suporte. Eu preciso que cada um deles seja um bom herói Aizawa. — O sorriso sumiu de seus lábios, um ar sério a rondava. Shota não sabia que Emi podia ficar seria tantas vezes em um dia, cedeu ao assunto.

   — Se chegaram até aqui, não vão falhar com facilidade. Confio no potencial dos meus alunos, não confia nos seus? — Bradou. Tinha posição desajeitada sobre a cadeira e a esverdeada alcançou a janela para suspirar.

   — Confio. — Respondeu. — Oe Aizawa-chan. — Chamou, seu ânimo havia voltado em segundos e Shota sentiu arrepios com mudança de humor. — Aquele não é Midoriya-chan? Será que está voltando com os dangos? — Continuou a observar. Aizawa não pareceu se importar.

   Izuku tinha os passos pesados e uma feição nada amigável no rosto. Esperava que não tivesse que cruzar com Bakugou no meio do caminho, se soubesse da presença do loiro não teria saído de perto de Aizawa. Era provável que o moreno estivesse esperando os dangos na companhia de ms Joker, a mera ideia o fazia se angustiar.

   — Ohayo Brócolis-kun. — Ouviu a voz de All Might o alcançar. O loiro tinha os braços cruzados e estava sentado no banco de cimento ao redor do grande prédio.

   Izuku abriu grande sorriso ao ver seu ídolo de perto. Admirava todos os heróis e quando se tratava do grande All Might, Midoriya não poderia resistir à cumprimenta-lo.

   — All Might-san. — Se aproximou do loiro com rabo abanando.

   — Há Midoriya-chan parece uma criança só de ver All Might. — Emi comentou enquanto observava cena ainda da janela. Aizawa se remecheu na cadeira.

   — É um fanático. — Respondeu Aizawa. Levantou-se da cadeira para juntar-se a Emi na janela. Viu que Midoriya não tinha sacolas na mão.

   — O que faz aqui All Might-san? — Midoriya questionou animado, falar com seu ídolo era incrível.

   — Diciplinando uma bomba. — Riu. — Me chame de Toshinori, filho. — Sua mão apoiou no ombro de Midoirya quando se levantou.

   — Aqui sua água, velho. — Atrás de All Might, Izuku o viu se aproximar. Bakugou tinha garrafa em mãos e um semblante irritado.

   — Ah jovem Bakugou, tão rápido? — Sorriu. Quando se voltou para Midoriya o esverdeado já não possuía mesmo sorriso de antes e percebeu que Katsuki havia parado de andar. Midoriya parecia desgostoso e Katsuki sem graça.

   Shota inclinou melhor a cabeça para observar. Não deveria estar sendo tão curioso com a vida alheia, mas algo em si queria saber as pendências entre os dois.

   — Ain Aizawa, é primeira vez que fofocamos juntos!  — Emi deu pulinhos e sorria de orelha a orelha. Shota escureceu a face, mas não resistiu a continuar observando.

   Bakugou não sabia o que dizer, na verdade não sentia o direito de falar nada, embora quisesse muito esclarecer tudo. Toshinori pareceu não querer atrapalhar e voltou se sentar, agora de costas e apreciando as flores do canteiro a sua frente.

   Midoriya também contribuiu com silêncio e permaneceu daquele modo. Quando deu indícios que iria os deixar ali, Katsuki o chamou.

   — Izu- Midoriya. — Izuku cruzou os braços e parou por um momento. Estar ali, olhando diretamente para Katsuki doía. Seu passado inteiro parecia gritar pelos olhos escarlates, uma parte sua queria experimentar daquela dor, relembrar tudo que tinha, todos os sorrisos, todos os abraços o cheiro de sua mãe e as aventuras de infância pela floresta. Uma grande parte sua, queria voltar para época em que as coisas estavam bem.

   Midoriya deu alguns passos para encurtar a distância entre eles e isso pareceu surpreender o loiro. Seu olhar ainda nervoso.

   — Não pense em arruinar minha vida, Katsuki. Você já fez o suficiente e não vou desistir do que tenho agora. — Declarou. Seu timbre grosso, talvez para disfarçar a dor.

   Bakugou o encarou de volta. O olhar que tinha sobre si agora, nunca o tinha visto no rosto do esverdeado, nunca imaginou que teria de velo diretamente para si, sequer sabia que Midoriya poderia soar tão enfurecido.

   — Tsk, que merda pensa que sou? — Retrucou. Algo ardia em seu peito, uma dor aguda que tomava seu corpo, queria poder esclarecer tudo, dizer o que de fato aconteceu a dez anos atrás, mas estava tudo entalado em sua garganta. Não conseguia soltar, nem engolir.

   Midoriya riu amargo e não o respondeu. Aizawa o observou sair do campus finalmente e o rosto de Bakugou entristecer.

   — Aí tem coisa, muita coisa. — Riu Emi. Aizawa suspirou e abandonou a janela. — Bom, Aizawa-chan estou indo, tenho uns pirralhos para botar na linha. — Gargalhou enquanto o deixava.

   Quando Shota pensou que teria paz o loiro escandaloso cruzou a porta. Shota estapeou a própria face e permaneceu apoiada nela. O silêncio se estendeu até que olhasse para Mic.

   — Suas olheras diminuíram. — Comentou. Aizawa o olhou estranho. — Seus sorrisos aumentaram Aizawa-san e acho que vi o grande eraser head espionar a vida de alguém pela janela. — Riu. — Ainda bem que está melhorando amigo. — Deu alguns passos adiante. — Já tinha esquecido dessa carta alguns anos atrás, achei que não fosse poder te dar ela, não fique bravo comigo, Yuki-san me fez prometer. —

   A menção de seu nome fez Shota crescer os olhos e sentir seu coração apertar. Yamada deslizou o papel branco envelopado e inviolado para alcance de Aizawa.

   — Ainda bem que está seguindo em frente Aizawa-kun! — Deu um tapa em seu ombro ao rir e finalmente deixou moreno sozinho, na presença de seu passado.

   Aizawa olhou para carta, tinha letra de um Tanahara Yuki de doze anos atrás o transbordando lembranças com perfume da carta. Aizawa estava com medo de a abrir, tinha medo do que encontraria ali, demorou longos minutos de tortura até que resolvesse guardar a carta em seu bolso.

Contínua

Eu vendo vcs adicionaram MGC em "já li" por causa do nome do capítulo anterior: 🤡

Para próximo capítulo, não leiam com pessoas por perto kkkkk 👀

Obrigada pela leitura <3