𝐗𝐕𝐈 - 𝐑𝐮í𝐧𝐚

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  N/A: O capítulo não foi revisado, lancei na emoção pra vcs como um agrado para o Natal que vem chegando, por isso eu imploro, me ajudam com a revisão 🥺🙏🏻 quem ajudar terá um agradinho (detalhes no final do cap)

  N/A: O capítulo não foi revisado, lancei na emoção pra vcs como um agrado para o Natal que vem chegando, por isso eu imploro, me ajudam com a revisão 🥺🙏🏻 quem ajudar terá um agradinho (detalhes no final do cap)

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"De algum modo, em algum lugar
Alguma coisa deu errado."

♡—

   [14 anos antes]

       O sol refletia na grama úmida, o ar fresco e calmante que exalava das árvores e residia por toda montanha, era o aroma favorito de Izuku, o pequeno felino que se camufla em meio a mata esverdeada como seu pelo o permitia se fundir a liberdade da natureza, disparava para o interior da floresta sem medo deixando inutilmente os latidos do pequeno Katsuki para trás:

   — DEKU! SEU MERDA, SE NÃO PARAR DE CORRER VOU QUEBRAR SEUS OSSOS!! — Praguejou ao lançar uma pedra em direção ao gato.

   — Ite. — Reclamou Izuku. Parou logo que sentiu a ardência em sua testa.

   — Se correr assim mais uma vez eu mato você! — Esbravejou ao mesmo que puxou a regata de Midoriya, o esverdeado se encolheu com sorriso amarelado.

   — Gomene Kacchan. —

   Bakugou suspirou antes de o soltar.

   — Maldito seja aquele gato, graças a ele agora não sabe mais viver como ser humano. — Ofegou pelo cansaço de correr. — Tia Inko me pediu pra cuidar de você e você está correndo pela mata quando nosso trato foi caçar insetos pra jogar na casa daquele desgraçado. — Se jogou ao chão ao lado de Izuku.

   — Gomene, gomene. — Choramingou novamente, ouviu suspiros cansados de Bakugou antes de mais uma vez insistir: — Kacchan, eu não quero irritar aquelas pessoas. — Seus joelhos dobraram e Bakugou conseguia distinguir a tristeza tremilicando nos esmeraldas outrora vibrantes e selvagens.

   — Han?! Seu idiota! Quem nos irritou primeiro? Isso é pouco para aqueles deserdados de merda. —

   Contorcia sua careta terrível ao falar. No começo Izuku não conseguia deixar de se assustar com as explosões constantes de seu amigo, mas percebeu consigo que despertar individualidades é como nascer de novo e com isso, novos temperamentos surgem. O seu, ser livre, era o que acreditava quando conseguiu pela primeira vez se trasmutar ao felino e correu pelas matas próximas escalando as montanhas e árvores e a de Katsuki parecia ser apenas o mesmo efeito, um pouco menos de paciência e prudência, mas ainda era seu amigo de infância.

   — Podemos esquecer isso, já passou Katchan, não foi tão ruim. — Argumentou mais uma vez, sabia que a insistência um dia o levaria a morte quando se tratava do loiro.

   — Tsk! Se não foi ruim, por que aquele garoto chorou e você foi defende-lo? Por que então saiu assim? — Apontou ao joelho e boca raladas de Midoriya, o pouco hematoma daquele dia já havia desaparecido em sua pele, mas Bakugou nunca esqueceria o estado de Izuku.

   Midoriya desviou olhar sem mais o que dizer.

   — Uns insetos pra queles bando de maricas deve ser suficiente pra lembrarem de não tocar em você. Tia Inko só vai piorar a situação se falar com os pais deles, sabe disso. Embecis como eles acham que isso é convite pra continuar. — Rosnou. Sentia -se extremamente irritado com garoto que agrediu Izuku, o menino tinha alguns anos mais velho, se tivesse de senso metade da idade, não teria tocado em um fio do cabelo esverdeado.

   Katsuki o olhou de relance, ainda se envolvia com semblante triste e por isso o loiro estalou língua mais uma vez, a inocência de Midoriya era pá que cavava seu túmulo. Sabia que o mundo é cruel, suas razões para querer ser um herói não eram vazias, vinham daquilo que sentiu contorcer em sua própria pele quando vermelho tomava pele clara de Izuku, de quando seu gato Yamikumo fora atropelado e de todas vivências infelizes, vinha de querer proteger sua família e os Midoriyas eram sua família também.

   — Não precisa me acompanhar se não quiser, pode lamber seu cu na beirada da cama choramingando mais tarde! Eu vou ir fazer isso! — Ergueu-se da grama, havia poucos insetos em seu pote de vidro, mas seriam suficiente para um mero susto.

   Izuku o olhava com pequeno tom de desespero e agarrou antebraço de Bakugou antes que se fosse.

   — Vo-vou fazer isso sozinho. — Levantou-se. Ouviu murmúrio de dúvida de Katsuki antes do loiro suspirar e cedelo pote com os insetos.

   — Se não fizer direito terei que queimar a cara deles mais tarde. — Um pequeno sorriso em seus lábios. — Vou ficar de tocaia. —

   O véu negro do céu fazia com que conjunto de roupas pretas de Katsuki o deixassem pouco notável junto dos vários galhos que o rondavam

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   O véu negro do céu fazia com que conjunto de roupas pretas de Katsuki o deixassem pouco notável junto dos vários galhos que o rondavam. A invasão a domicílio com seus oito anos era o mesmo que brincar de esconde-esconde. Conseguia ver o quarto de Yumi, a vítima da noite, vazio e com a luz acesa. O som que vinha da casa junto dos pequenos silêncios evidenciava hora do jantar.

   Ao lado da janela aberta, Izuku acenou para Katsuki em sua forma felina, tinha os insetos presos no pequeno pano que trazia em sua boca. Bakugou acenou em resposta confirmando caminho livre. Com isso, Midoriya pulou para dentro da casa, seguiu agiu para o andar de cima onde cuidadosamente repousou pano cheio de insetos. Se transmutou a forma humana, abriu a porta e o pequeno pano em cima da cama do garoto. De lá voaram vespas e moscas do mato, algumas aranhas peludas e largatas de fogo. Lembrou-se de não mantê-los perto e por isso logo jogou-os pelo quarto deixando apenas as duas aranhas na cama. Saiu pela janela que fechou pouco depois e  voltou a forma felina, podendo saltar até Bakugou no topo da árvore.

   — Conseguiu Deku! — Volume de sua voz era baixo, mas ainda possuía tom de animação. Izuku pomposamente ergueu rosto felino. — Sim, bom trabalho. — Acariciou queixo exposto. — Agora vai lá. — O deu mais um pano com insetos.

   Izuku o pegou e correu com facilidade pelos galhos até casa vizinha, era do outro garoto que acompanhava Yumi e o ajudava alguma das vezes. Alcançou a janela da mesma forma que fizera a pouco.

   Katsuki ainda de tocaia mudou atenção quando ouviu a porta do quarto de Yumi abrir, deu alguns passos para trás.

   O problema daquela noite de 14 anos atrás, não foi esquecida, não por Katsuki enquanto Izuku era pego na outra casa para ser acariciado, Bakugou Katsuki observava em detalhes a irmã mais nova de Yumi sofrer um ataque de pânico ao ver as aranhas. Tinha aracnofobia e depois daquele dia, passou algumas semanas no hospital pela saúde já frágil.

   Pela primeira vez, Bakugou não foi nenhum tipo de herói, foi o pior de todos. Izuku o disse que não queria fazer, Izuku pediu tantas vezes e agora alguém inocente por sua culpa estava no hospital.

   Katsuki não pode proteger Midoriya, não sendo o vilão.

Contínua

N/A: desculpem a demoraaaa, tá aqui cometinhas, espero que tenham gostado do flashback pq virá maais

⚠️Avisando que para incentivar, quem me ajudar com a revisão de caps terá bônus de qualquer fanfic ou pedido atendido e mandando no direct como agradecimento 🥰 obrigada 🖤

Obrigada pela leitura🖤

My Green Cat | BNHA Onde histórias criam vida. Descubra agora