Capítulo 8 - NO HOSPITAL

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  Aos poucos Reynish foi abrindo os olhos, olhou para cima e ao redor, e percebeu que se encontrava numa sala branca, deitado numa maca, com uma máscara de respiração. Ao seu lado estava Anny, adormecida, sentada em uma cadeira segurando sua mão.
  Em alguns segundos ela despertou após perceber que Rey havia acordado. Ela lhe deu um leve beijo na testa e disse:

- Que bom que você acordou, meu bem.

  Com a voz fraca ele perguntou:

- O que aconteceu?

- Você teve uma crise de ansiedade e desmaiou.

- Onde está minha mãe?

- Daqui a pouco ela irá chegar.

  Ele tentou se levantar, mas foi em vão, pois percebeu que estava sem força suficiente.

- Preciso vê-la com urgência!

- Você precisa descansar, bebê! Fique tranquilo!

  Reynish concordou, mas se sentia completamente apreensivo. Minutos depois sua mãe chegou e Anny foi ao refeitório, ela se sentou ao lado dele e disse enquanto acariciava seus cabelos:

- Filho querido, levei um grande susto, fico aliviada por saber que está bem.

  Reynish sorriu e disse:

- Obrigado por se preocupar comigo mãe!

  Em seguida sua expressão mudou complemante, parecia profundamente triste.

- Mãe, eu sinto muito.

- O que quer dizer?

  Com os olhos carregados de lágrimas, ele segurou a mão dela e respondeu olhando fixamente em seus olhos:

- Eu encontrei meu irmão.

  Supresa, ela indagou:

- Onde?

  Reynish fez uma breve pausa e respondeu:

- Do outro lado. Me dói lhe dizer isso, mas ele partiu.

  Atordoada ela o encarou, Anny acabara de retornar, trazendo um lanche para eles, Margarett olhou para ela preocupada. Se levantou e disse:

- Anny, vou chamar uma enfermeira. Reynish está tendo alucinações.

  Relutante, ele falou:

- Mãe, a senhora precisa acreditar em mim. É real, eu vi meu irmão.

  Preocupada, ela o ignorou e saiu da sala. Anny se sentou ao lado dele e juntos se alimentaram enquanto Reynish explicava o que havia acontecido.
Segundos depois, Anny permaneceu em silêncio, refletindo sobre o que ele havia dito; ele questinou:

- Você também não acredita em mim?

- Meu bem, não é que eu não acredite. Mas isso é um absurdo.

  Reynish suspirou e disse:

- Eu entendo, no seu lugar eu pensaria o mesmo.

  Imediatamente a enfermeira chegou, conferiu as pulsações e viu que estava normal. Em seguida deu um remédio para Reynish, que tomou sem demora e adormeceu. Margarett retornou para casa e Anny permaneceu lá. Pouco tempo depois a médica chegou e disse:

- Ele está apresentando melhora.

- Que ótimo! Quando poderá voltar para casa?

- Hoje mesmo, à noite!

  Anny sorriu e exclamou:

- Obrigada doutura.

  Ela sorriu, e se retirou. Quando Reynish acordou já era noite. A enfermeira os acompanhou até o carro. Anny se sentou ao volante e ele ao lado dela. Durante o caminho, Reynish percebeu que ela seguia por um caminho diferente.

- Meu bem, esse não é o caminho de casa.

  Anny disse num tom de diversão sorrindo de lado:

- Quem disse que estamos indo para casa?

  Curioso, ele indagou:

- Para onde estamos indo?

- É surpresa, quando chegarmos você saberá.

   Segundos depois ela parou em frente à uma suíte. Desceram juntos, e foram ate à entrada, tocaram a campanhia e o porteiro veio atender. De mãos dadas entraram, Anny abriu um sorriso encantador e disse empolgada:

- Essa será uma das noites mais inesquecíveis de nossas vidas.

  Reynish abriu um enorme sorriso e concordou animado:

- Com certeza!



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