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Em um dia calmo e tranquilo, Pete trouxe a correspondência e Macau saltou para pegar os envelopes. "Ei!" Pete não conseguiu largá-los antes que o menino os arrancasse de suas mãos.
Macau andava com um pedaço de pão saindo da boca, jogando para trás cada envelope que não lhe importava.
"Macau!" Pete foi atrás dele, pegando-os um por um. Ele foi parado abruptamente pelo menino. De repente, ele testemunhou o pão cair no chão ao lado deles. "O que você está-"
"Eu fiz isso!" Macau se virou em um pulo quando Pete se levantou. "Eu entrei!" Macau agitou a carta na cara de Pete e gritou alto enquanto dançava.
Pete pegou o papel dele enquanto Macau continuava a gritar pela casa. Com certeza, era uma carta de aceitação. Macau correu de volta para a sala de jantar, ofegante e excitado.
"Onde está P'? Eu quero mostrar a ele."
"Ele foi trabalhar hoje, então chegará tarde em casa." Os olhos de Macau baixaram, seu sorriso também, mas o menino tentou conter a decepção. Pete rapidamente se animou e colocou a mão no ombro de Macau. "Por que não vamos comemorar? Só nós dois agora, e podemos surpreender Vegas mais tarde?"
Isso funcionou, pois o menino olhou para cima e sorriu para seu novo cunhado. "Sério?"
Pete riu do sorriso presunçoso de Macau. O menino sabia que era mimado, e Pete era quem mais fazia isso. "Sim, eu vou te levar ao seu restaurante favorito. Vá se vestir." Pete deu-lhe um tapinha na cabeça com a correspondência e observou-o sair correndo.
*~*~*~*~*~*~*
No momento em que recebiam os pratos de comida, Macau percebeu que havia um em um terceiro lugar na mesa. "Oh, somos apenas nós dois-"
"Deixe isso", Pete interrompeu, sorrindo para o garçom e depois de volta para Macau, que estava visivelmente confuso.
"Você pensou que eu perderia isso?" Macau virou-se em seu assento para encontrar seu irmão caminhando até eles.
"Você conseguiu?" A expressão animada do garoto fez Vegas sorrir.
"Parabéns!" Ele abraçou Macau por trás, bagunçando o cabelo do menino no processo. "Papa teria ficado orgulhoso de você." Vegas decolou e sentou-se ao lado de Pete.
Embora Macau sorrisse, por dentro sabia que não era verdade. Gun nunca teve orgulho dele ou de Vegas, e isso ficou bem claro desde que ele era criança. Se ele compartilhasse suas realizações, Gun faria parecer nada, como se ele tivesse que fazer melhor. Se Macau estivesse ferido ou doente, Gun diria a ele para "se tornar homem". Se o menino falasse sobre seus hobbies, Gun diria que ele deveria estar fazendo outra coisa para trazer orgulho ao nome da família.
Vegas foi quem mostrou orgulho por Macau, que sempre ouviu seus problemas e cuidou de suas feridas por dentro e por fora. A única vez que os dois demonstraram interesse por ele ao mesmo tempo foi quando ele treinava com os guardas. Isso trouxe ao menino a esperança de que um dia ele poderia ser o que ambos queriam que ele se tornasse.
Após a morte de Gun, Macau percebeu que estava tão exausto. Exausto de tentar ganhar o amor de seu pai e cansado de tentar viver de acordo com Vegas. Ele estava cansado de fingir ser alguém que não era. Ele só chorou no funeral porque parecia que um fardo havia sido tirado de seus ombros.
Macau se inscreveu para a faculdade na esperança de sair da vida da máfia eventualmente. Era o começo de sua nova vida. Era sua chance de se livrar do fardo do nome da família e fazer suas próprias coisas. Ele percebeu que Vegas estaria lá para ele independentemente. Ele até tinha Pete, que foi uma bênção para eles em seus momentos de necessidade. Macau finalmente teve esperança de encontrar a vida com que sonhava.
*~*~*~*~*~*~*
Chay ainda não sabia como sua inscrição para a faculdade chegou até ele. Poderia facilmente ter sido Kim, mas ele empurrou esse pensamento para o fundo de sua mente.
Ele viu o reaparecimento dos papeis como um sinal. Um sinal para seguir em frente, apesar de suas preocupações. Ele seria bom o suficiente? Ele ficaria bem vendo Kim na escola todos os dias? Ele estaria seguro agora que Porsche era o chefe da família menor? As perguntas não respondidas deram a Chay uma ansiedade da qual ele estava morrendo de vontade de ser libertado.
No dia em que recebeu sua carta de aceitação, Porsche estava trabalhando até tarde. Não havia mais ninguém com quem Chay quisesse compartilhar suas novidades. Talvez sua mãe, mas já era tarde e ela parecia cansada naquele dia.
Estando perto de sua mãe, Chay sentiu que nunca conseguiria o relacionamento que desejava. Por mais que fosse bom vê-la, ela ainda estava longe de sua vida mais do que quando não estava lá. Ele estava perdendo uma conexão como Porsche tinha com ela. Chay se sentiu mal por se sentir assim, mas não conseguiu evitar, e isso só aumentou seu estresse.
Chay abriu a carta quando estava a caminho do prédio principal da família onde residia. Com ela ainda na mão, entrou e esperava subir para seu quarto para relaxar.
"Não tão rápido!" Tankhun apareceu atrás dele e roubou o papel das mãos do menino. "Porchay!" Um suspiro alto foi sugado pelo homem, fazendo Arm e Pol correrem para ver o que aconteceu.
"Oh, P'..." Chay se virou para encará-lo.
"Isso merece uma comemoração! Precisamos trazer o vinho esta noite!"
"Qual é a ocasião?" Todos ficaram surpresos ao ver Kinn se aproximando deles.
Tankhun agitou o papel na cara de seu irmão, fazendo com que Kinn o pegasse apenas para lê-lo. "Olha! Ele foi aceito na universidade! Ele pode tomar vinho, não pode?"
Um sorriso apareceu no rosto de Kinn enquanto ele olhava do papel para Chay. "Claro. Você já contou ao seu irmão?"
"Não, acabei de descobrir."
"Que tal surpreendê-lo, então?"
*~*~*~*~*~*~*
Porsche chegou tarde em casa, como sempre, mas desta vez foi diferente. Ele não foi recebido por sua família amorosa. Não Chay, ou Kinn, ou mesmo Tankhun. Pelo menos um deles estaria pronto para vê-lo mesmo tarde da noite. Algo estava estranho, mas ele afastou a sensação enquanto se dirigia para o condomínio.
Ao chegar à porta, ouviu música e aplausos. Muitas vozes soaram e ele percebeu que todos estavam ali.
"Ei! O que está acontecendo?" Não era o aniversário dele, nem de Kinn, nem de ninguém. Aniversário? Era muito cedo.
Quando ele abriu a porta, havia balões e serpentinas penduradas por toda parte, com comidas e sobremesas espalhadas pela mesa. Todos conversavam e riam com bebidas nas mãos, inclusive Chay. Quando perceberam que a porta havia se aberto, todos o aplaudiram simultaneamente.
"O que...?"
Chay se adiantou e parou na frente dele com um pequeno sorriso, então entregou-lhe a carta. Porsche viu o nome da escola no alto e passou os olhos rapidamente, como se sua vida dependesse disso. Ele sabia que era uma carta de aceitação, mas queria ver as palavras por si mesmo antes que pudesse derramar lágrimas de alegria.
"Chay..."
"Oi, estou indo para a universidade. É oficial, eu-" Antes que o garoto pudesse terminar, os braços de Porsche o envolveram com força, espremendo-o até a morte.
"Estou tão orgulhoso de você..."
OS MENINOS ESTÃO QUEBRADOS, DE MODOS DIFERENTES E AO MESMO TEMPO MUITO PARECIDOS, É ESSE AMOR PELA ARTE E ESSAS PARTES QUEBRADAS QUE VÃO UNI-LOS!
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Lugar Seguro (MacauChay)
Fanfiction"Gun estava certo sobre uma coisa. Era perigoso se apaixonar. Mas para Macau, ele faria tudo de novo por Chay. Valeria a pena se fosse por Chay." HISTORIA ORIGINAL NÃO ME PERTENCE, MAS A TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO SAO INTEIRAMENTE MINHAS! LINK PARA A HIST...