Capítulo 24

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Eu estava aqui, na minha cama deitada, sentindo o cheiro da Maiara ainda, lembrando da mão dela no meu corpo, lembrando dela gemendo meu nome, do nosso carinho

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Eu estava aqui, na minha cama deitada, sentindo o cheiro da Maiara ainda, lembrando da mão dela no meu corpo, lembrando dela gemendo meu nome, do nosso carinho. Estava com tanta saudades dela, achei que a gente não ia mais voltar a ser assim, achei que nunca mais eu tocaria em seu corpo, e que nem mesmo a teria me chamando de "Marília" de novo.

E então, tudo caiu sobre meu ombro, senti o peso, o peso da traição. Eu traí a minha mulher, não só uma vez, mas agora eu passei dos limites, traí a minha esposa que vai chegar daqui algumas horas e se deitar na mesma cama que a traí com outra. Uau Marília Mendonça, o que se tornou?

Olhei ao redor e vi tudo passando em câmera lenta, quando meu casamento era bom, lembro das nossas transas pelo quarto todo, e quando estreamos a banheira do nosso banheiro, e o closet. Tenho que confessar, a Lauana era quente na cama no começo, mas nunca chegará aos pés da Maiara.

Eu preciso me resolver, preciso saber o que vou fazer do meu casamento, da minha família agora, e principalmente o que faço com a Maiara. A mando embora? Fico com ela? Continuo tendo um lance escondido com ela? Não seja estúpida Marília, até quando? Até quando vou esconder o que eu sinto? Até quando vou ficar em um casamento sem lógica do amor? Sem fogo que nem brasa? Até quando vou me matar aos poucos?

Foi nesses pensamentos que eu entrei no banheiro, pra tomar um banho demorado, tentar tirar o cheiro da Maiara do meu corpo. Quando saí fui direto no closet pra colocar uma roupa e esconder a marca de amor que a Maiara deixou em meu pescoço e peito. E depois disso, arrumei a bagunça que fizemos na cama, troquei a roupa de cama, ajeitei as roupas espalhadas no chão, peguei meu celular e apaguei a gravação das câmeras, torcendo pra que a Lauana não tenha entrado nelas durante esse tempo.

E então, a minha cabeça fervilhava, eu só precisava entender esse misto de sentimentos que vem acontecendo. Eu sou casada, gosto muito da Lauana, ela fez parte da minha vida por um bom tempo, e agora, ela carrega meu filho, ela carrega meu bem maior, eu nem conheço esse bebê ainda, no começo foi uma confusão, mas agora, sem sombras de dúvidas, eu amo essa criança em um nível sem medidas. É doido, eu nem conheço ele ou ela, mas sinto um amor gigante no meu peito, uma vontade de proteger esse bebê muito louca, com medo de qualquer coisa acontecer com ele(a) e eu nem poder sentir ele nos meus braços, ou escutar seu chorinho na madrugada, ou então não saber nem como é seu rostinho. Então essa é a minha única certeza, meu único sentimento que eu tenho certeza, eu amo esse bebê.

E aí entrava Maiara, ela era minha maior confusão, eu estou bobamente louca por ela. Chega ser engraçado e idiota, ela entrou na minha vida tem pouco tempo, mas mexeu comigo como ninguém nunca mexeu, e mais uma única certeza que eu tenho sobre um sentimento, sobre ela, é que ela é um verdadeiro tumulto na minha vida. Um tumulto muito bom, eu diria.

-Amor, cheguei! -Lauana fala alegre.

Um choque de realidade caiu sobre mim. O que não fazia sentido é a Lauana me chamar de amor, já que mal estávamos nos falando.

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