Capítulo 22

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— Me passa o ketchup? — eu peço o encarando.

— Você vai colocar ketchup no macarrão ao molho branco? — Ele pergunta levantando uma sobrancelha.

— Sim... o meu molho favorito é o rosé, agora passa o ketchup. — Ele revira os olhos e me passa o ketchup.

Nós dois estávamos jantando agora, após aquele sexo alucinante nós tomamos banho e a comida chegou logo após.

Não sabia como iniciar uma conversa com Peter sobre o que aquilo ia ser. Não quero namorar, mas não consigo negar a nossa atração...

— No que você está pensando? — Ele pergunta, tirando meu cabelo do rosto e passando atrás da minha orelha. Eu sorri um pouco com isso.

— Quero saber o que isso vai ser... não quero um namoro, não estou pronta para isso. E de acordo com o seu histórico, você pensa igual.

— Humm, quer dizer que andou me pesquisando por aí. — Eu reviro os olhos e o empurro com os ombros.

Ele me puxa e faz com que eu sente no seu colo e me encara profundamente.

— Não quero forçar você a nada e como você mesmo disse, eu não tenho interesse em relacionamentos. Mas, podemos pensar em algo para fazer isso funcionar. — Ele diz.

Ele passa a mão nos meus cabelos e pega a sua taça de vinho e bebe um pouco. Eu paro para pensar e tenho uma ideia... péssima, mas uma ideia.

— Poderíamos tentar um acordo... que é resumido em sexo. — Eu digo sorrindo de leve e ele quase se engasga com o vinho, me fazendo jogar a cabeça para trás de tanto rir.

— Calma, deixa eu explicar. Não é como se eu fosse te manter no meu porão e usar você... Enfim, basicamente nós transaríamos quando pudéssemos, nada de encontros, dormir um na casa do outro... coisas assim. — Ele me olha e sorri de leve.

— Humm, pode ser. — ele diz e passa os braços na minha cintura.

— Ninguém fica sabendo disso, ninguém. — Eu digo apontando o dedo para ele, que levanta as mãos em rendição.

— Algo a acrescentar? — Eu pergunto e coloco as mãos dentro do seus cabelos.

— Exclusividade. — Ele diz e puxa meu cabelo para trás, fazendo meu pescoço ir junto.

— Humm, com certeza. — Eu digo, enquanto ele está passando beijos por todo o meu pescoço.

Ele me beija, em um beijo possessivo como se ele quisesse selar o acordo. Sua língua já está dentro da minha boca e se encontra com a minha, elas entram em um ritmo maravilhoso, me fazendo suspirar. Percebo que esse beijo não ia terminar em beijo e me separo dele de leve. Ele me olha com a cara emburrada.

— O quê? — Ele pergunta e me aperta.

— Eu tenho uma reunião em 10 minutos. — Ele fecha a cara e eu solto um riso.

— Não vai demorar. — Eu digo e me desvencilho dele para pegar os meus materiais.

Pego o meu notebook e o caderno de orçamentos e me dirijo a cama. Arrumo todo o local e vou para o banheiro escovar os dentes, logo depois eu volto e sento com o notebook no meu colo. E Peter continua me encarando, com os braços cruzados e apoiado na mesa.

— Você vai abrir a câmera? — Ele pergunta.

Eu aperto os olhos e o encaro.

— Não, porquê? — Eu o olho desconfiada.

— Nada, só para saber se eu podia perambular sem camisa. — Ele diz e eu dou risada.

— Na verdade não pode, isso vai alterar o meu foco. — Eu digo olhando para o seu corpo.

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