Capítulo 24

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(Noite seguinte)
- Dia do evento-

Chegando ao evento, assim que saio do carro muitos fotógrafos se viraram em minha direção e eu sorrio para as câmeras. Peter estende a mão para mim e a pego de bom grato, sorrindo agradecidamente para ele, eu o puxo de leve e ele encosta o ouvido em minha boca.

- Está com sorte de estarmos em público, eu ia dar o dedo do meio para você. —  Eu digo sorrindo contra a sua orelha e ele aperta a minha cintura, me fazendo encará-lo.

Isso leva os fotógrafos a loucura, eles começam a tirar mil fotos. Mas, graças a deus, os seguranças nos tiram dali e entramos no pátio do prédio. Entramos juntos e encaramos a multidão no salão, o garçom passa por nós e Peter pega duas taças de Champanhe e nós dois reviramos os olhos.

- É só decorativo, não precisamos beber. - Ele diz e eu não consigo segurar a risada.

- Vamos lá, meu amor. Temos que falar com esse salão inteiro! - Ele diz e me puxa pela cintura.

Em algum momento eu e Peter nos distanciamos e ficamos presos com clientes diferentes, eu finalizo primeiro e o avisto conversando com o cliente. Quando os seus olhos caem nos meus sinalizo para ele que ia ao banheiro e que era para ele segurar as pontas, ele sorri e acena de leve. Vou andando até o banheiro enquanto verifico algumas coisas do evento pelo celular, o que é abruptamente interrompido quando eu me esbarro em alguém.

- Devia andar mais atenta, querida. - Não demoro muito tempo para reconhecer aquela voz e meu estômago automaticamente revira.

- O que você está fazendo aqui? - Eu pergunto, encarando o filha da mãe do meu ex namorado. Arthur White, meu ex filha da puta!

- Vim prestigiar você de perto, querida. - Ele diz e passa o braço em minha cintura, automaticamente eu o empurro para trás.

- Você só pode estar brincando. Vá embora! - Digo e ele sorri.

- Você não vai querer um escândalo na sua inauguração, pessoas importantes aqui... Seu pai também não ia gostar muito.

- O que você ta fazendo aqui? Da última vez que chequei, você não queria estar perto de mim. - Rio cinicamente e o vejo trincar a mandíbula.

Quando eu ia completar a frase, ele veio para cima de mim em um piscar de olhos, sua mão estava no meu braço e ele me puxava para um corredor escuro. Empurro ele para trás o fazendo desequilibrar e ele volta com mais raiva ainda.

- Quem você pensa que é? Você vem até aqui para me ameaçar e tentar me agredir? Eu não sou a mesma garotinha apavorada que precisava de uma aprovação masculina na vida dela, Arthur. Se você levantar a sua mão para mim, você vai se arrepender. - Digo chegando perto dele e o encurralando na parede.

- As coisas entre nós não acabou da forma certa, nem passou tanto tempo e você já está abrindo as pernas para outro? Será que ele realmente vai querer você depois de conhecer você como realmente é? Um completo desastre. - Ele diz chegando perto do meu rosto.

Sinto meus olhos queimarem, as lágrimas se formando, mas eu não ia dar esse gosto a ele. Ergo o meu joelho e bato nas suas bolas com toda a minha força, quando ele geme de dor e cai de joelhos.

- Você não tem o direito de me dizer essas coisas. Não depois do seu show. - Mando mensagens para os seguranças e saio de lá rapidamente, vou até o banheiro e engulo o nó na minha garganta.

Ele tinha coragem de aparecer aqui depois de tudo o que acontecera, depois de me fazer sofrer mais do que eu já estava sofrendo. Ele me quebrou de todas as formas, ele me abandonou, ele me chutou quando eu já estava caída e mesmo assim, depois de tudo, ainda tem coragem de fazer isso.
Após me recompor por 10 minutos saio do banheiro e dou de cara com Peter, mas pelo ocorrido eu me assusto demais e Peter repara nisso.

- Meu amor, está tudo bem? Você demorou. - Sorrio para ele e afirmo com a cabeça.

- Sim, está tudo bem. Tive um imprevisto no meio do caminho e tive que resolver isso.

Não conto sobre o ocorrido para Peter, não agora, temos que terminar isso aqui e eu não quero que a noite acabe para ele e não sei se quero compartilhar essas coisas com ele, não agora. A gente nem tem nada, estamos nos divertindo, não jogarei o meu peso nas suas costas.

- Tem certeza disso? - Ele pergunta colocando as duas mãos em minhas bochechas.

Eu fecho os olhos e passo os braços em seu pescoço, aproximo nossos lábios delicadamente e suspiro quando eles se encontram. Entramos em um beijo suave e calmo, nossas línguas nos tranquilizando reciprocamente, ele finaliza o beijo com dois selinhos delicados.

Ele entrelaça nossas mãos e voltamos para o salão principal, estava na hora do nosso discurso e eu sentia um leve frio na barriga. Olho ao redor e vejo os seguranças que chamei, eles acenam com a cabeça e eu faço o mesmo.

- Vamos lá, quero saber se você me agradeceu nesse discurso inteiro. - Ele diz e eu o encaro abismada.

- Te agradecer por me irritar e me fazer planejar esse projeto na força do ódio? - Ele ri e os nossos nomes são chamados pelo microfone.

(...)

O evento já tinha acabado e acabamos de chegar no hotel, estávamos no quarto e Peter estava descendo o zíper do meu vestido. Eu encarava a parede pesando no que aconteceu na festa que não percebo que Peter já tinhas me levado ao banheiro e que segurava o meu braço na frente dos olhos. Eu automaticamente tento tirar o meu braço de suas mãos, mas ele segura.

- Quem fez isso com você? - Ele pergunta com a voz completamente mudada e os olhos escuros.

- Peter, não foi nada. Já está resolvido. - Digo e ele me encarada fixamente, ele solta o ar de uma forma ríspida.

- Quem foi? - Ele repete a pergunta encarando o meu braço. Quando Arthur apertou o meu braço ficou a marca da mão dele e estava um pouco roxo.

- Quando eu saí para ir ao banheiro, o meu ex apareceu e... - Ele me encara fixamente, intercalando de um olho para o outro. Eu não consigo sustentar o seu olhar e olho fixamente para o chão.

- Ele me puxou para um corredor e apertou o meu braço, mas eu consegui me defender e os seguranças o tiraram de lá. - Quando termino de falar, ele solta meu braço e eu sinto uma lágrima escorrer dos meus olhos. Eu a limpo rapidamente e quando o encaro, ele já estava me encarando.

- Filho da puta. FILHO DA PUTA. - Ele diz e coloca as mãos na nuca e aperta.

- Vou achar ele e juro por Deus que ele vai se arrepender de ter nascido. - Ele diz e se vira.





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Voltei um pouco...

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⏰ Última atualização: Feb 08 ⏰

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