O Garoto Morto

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S/n Pov:

O fim de semana tinha finalmente chegado e por incrível que pareça, eu tinha sobrevivido.

Haviam se passado três semanas desde todo o lance da tentativa de homicídio contra Wandinha e nós começamos a conversar mais, graças à Enid. A morena e minha irmã estavam mais próximas.

Passei a semana toda fazendo as atividades que os professores tinham passado e preparando o meu pessoal para a noite de lua cheia que não estava tão longe, então não tive tempo para nada.

Hoje era sábado e mais tarde, todos da academia Nunca Mais, estariam obrigatoriamente no Festival da Colheita em Jericó. Apesar de ter que ficar de olho em lobos adolescentes cheios de hormônios, eu estava animada. Era bom sair de Nunca Mais às vezes.

A vida é curta e o mundo é grande, a gente tem que aproveitar enquanto ainda pode.

Eram 4 horas da tarde quando saí de meu quarto e fui para o das meninas. Queria muito ver Enid, precisava de um pouco da sua animação no meu dia.

Bati na porta do quarto e alguns segundo depois Wandinha abriu.

– Olá, S/n. Enid saiu para resolver alguma coisa relacionada ao festival que eu não quis saber o que era. – Ela disse simples. – Pode entrar, ela já deve voltar.

– Tudo bem. – Entrei no quarto e lembrei que minha irmã tinha falado da divisão que Wandinha fez. Era como se um lado fosse habitado por fadas e unicórnios e o outro pelas criaturas das sombras.

Wandinha se sentou em sua escrivaninha e começou a escrever na sua tão mencionada máquina. Eu me sentei na cama colorida de Enid e observei as costas da menina de tranças.

A garota usava uma camisa listrada em preto e branco e uma calça preta, com um moletom preto por cima que ia até seus joelhos. Simples, mas linda, seu estilo era algo notável.

– Soube que você deu uma surra no filho do prefeito e nos amiguinhos dele. – Disse e ela parou de escrever.

– É verdade, uma pena o xerife e a Weems terem chegado. – A morena falou e voltou ao que fazia.

– E como vai o plano de fulga? – Perguntei, tentando puxar assunto.  Seria estranho só ficar sentada na cama a observando.

– Já que mencionou o assunto, preciso da sua ajuda. – Ela disse, parando de escrever e vindo até mim.

-–Da minha ajuda? Pra quê? – Indaguei confusa.

– Notei que você e a Weems tem uma certa intimidade, então preciso que a distraia para que o Tyler possa me levar até a estação de trem. – Ela falou, cruzando os braços.

– Você tá andando com o Tyler? O Galpin? – Wandinha realmente só se metia em roubada.

– O que quer dizer? – Ela indagou, cruzando os braços.

– Não sabe o que ele fez com o Xavier? – Ela me olhou interessada.

– O que ele fez, S/n? – Perguntou, seu olhar me perfurando.

– Ele e os amigos bateram no Xavier e destruíram o mural dele no dia da interação, esse é o principal motivo de o Thorpe não gostar dele. – Disse e ela permaneceu em silêncio.

– Enfim, saiba que não confio em Tyler, só aceitei sua ajuda porque ele me deve. – A morena falou. – O que importa é que estou pedindo sua ajuda agora.

– Mas por que está pedindo ajuda para mim? – Perguntei e ela suspirou sem paciência.

– Porque, de alguma forma, sinto que posso confiar em você. – Ela disse direta.

What Is Love? - Wandinha/YouOnde histórias criam vida. Descubra agora