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EMMA MYERSNEW YORK CITY27 de setembro

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EMMA MYERS
NEW YORK CITY
27 de setembro.

Eu normalmente gostava das conferências que fazia em universidades, mas quando elas se repetiam muitas vezes acabavam se tornando monótonas. Eu respondia as mesmas pergunta quase sempre e estava cheia disso. Neste dia em específico, eu estava ansiosa para ir para casa e dormir para que o dia seguinte chegasse logo. Finalmente consegui me envolver no caso de jenna ortega. Uma serial killer que tanto chamou a minha atenção desde que seus crimes começaram a aparecer na mídia.

Seus assassinatos passaram a ficarem conhecidos a cerca de quatro anos atrás. Mas ela afirma para a mídia que começou bem antes disso, porém não revelou nenhuma vítima anterior para não acrescentar em sua pena, já que estava prevista para ser uma das piores. Os federais demoraram muito para conseguir encontra-la, pois jenna era inteligente, sabia como esconder bem os seus rastros, mesmo que seus assassinatos fossem tão violentos.

Suas vítimas eram sempre homens, a maioria com antecedentes criminais envolvendo abuso físico ou sexual contra mulheres. Chamavam jenna de "ceifadora", uma justiceira que estava apenas dando para aqueles caras oque a sociedade achava ser correto. Devido à sua escolha de vítimas, o juiz estava cogitando não dar pena de morte, mas isso dependeria da análise psiquiátrica. Se eu confirmasse sua psicopatia, seria corredor da morte na certa.

Eu tinha a vida da Ortega
em minhas mãos.

── doutora myers, acha que psicopatas são capazes de amar? ── um dos estudante que assistia a conferência perguntou.

── existem diferentes graus de psicopatia. É claro que a dificuldade em sentir afeto é um grande fator, mas não é impossível que um psicopata desenvolva amor por outra pessoa, entretanto isso seria uma relação rara e limitada. E claro, a maneira de demonstrar essa afeto pode não ser muito convidativa. Na maioria das vezes o amor vira obsessão e a obsessão pode se tornar raiva.

── todo serial killer é um psicopata? ── outra pessoa perguntou.

── não, nem todo serial killer é um psicopata, e nem todo psicopata é um serial killer. Pessoas normais também podem cometer uma série de assassinatos por outros motivos que vão além de transtorno de personalidade. E devemos desmitificar a ideia de que todos os psicopatas acabam assassinando alguém em algum momento. Assassinato não é um traço do transtorno, é uma consequência.

── a doutora conhece algum psicopata inofensivo?

── nenhum deles é inofensivo. se não te machucaram fisicamente, vão te manipular, te humilhar, te fazer sentir um nada por diversão ou por simplesmente não se importarem. A principal característica é a falta de empatia. Um chefe que demite um funcionário de anos sem nem piscar, um juiz que aprova a expulsão de família carentes de suas casas sem se sentir culpado, um político que rouba dinheiro de um hospital público e depois ri ao pensar que pessoas iram morrer por isso... Uma pessoa mentalmente sã que sente empatia no mínimo se sentia culpada por essas coisas.

REAPER, jemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora