006

1.8K 259 115
                                    

EMMA MYERS

Comecei a colocar meu plano em ação.

Os relatórios que estava fazendo sobre as sessões de terapia eram bem diferentes da realidade. Neles, eu dizia que existia uma espécie de empatia em jenna, que ela tinha traumas e que esses traumas haviam desencadeado um transtorno mental bem diferente de psicopatia e que poderia ser tratável. Talvez jenna odiasse que eu a colocasse como louca em meu diagnóstico, mas era necessário para alcançar a sua liberdade.

Alegar demência daquele caso não a tiraria de sua perpétua, mas a transferiria para uma prisão hospitalar. Uma clínica psiquiátrica para detentas. Eu sabia exatamente para qual iriam transferi-la e pediria para acompanhá-la e tratá-la. Era um lugar onde eu trabalhei por muito tempo, como conhecia com a palma da mão, sabia todos os horários de todos os funcionários. Seria fácil fugir de lá. E depois que jenna fizesse o que eu queria, estaria à própria sorte, porque eu não à ajudaria mais a se esconder.

Mantendo meu disfarce de pisiquiatra profissional, eu cumpri o papel de ir visitar a família adotiva de jenna. Eles eram ricos, tinham uma casa enorme e seu próprio mordomo, que me recebeu assim que cheguei.

Como jenna poderia odiar tanto aquela vida?

Primeiro eu conversei com Robert Gomes e morticia. Eles me falaram sobre como jenna foi fria, mas pareceu mudar depois de ter começado a fazer terapia. A verdade era que, o grau de psicopatia da morena parecia ser tão alto que ela conseguia enganar até mesmo seu próprio terapeuta, como certamente fez no passado. A mim ela não enganava simplesmente porque não queria, mas poderia caso desejasse.

Depois de seus pais, foi a vez de falar com Samantha, a irmã. Vale ressaltar que todos os três pareciam estar muito abalados e tão melancólicos que eu até tive vontade de chorar só de olhar em seus olhos.

── a gente costumava se divertir bastante. ── ela dizia. ── só era esquisito quando ela falava certas coisas. ── desviou o olhar.

── O que ela dizia?
── questionei.

── bom... ── suspirou. ── houve uma vez em que estávamos sentadas na beira da piscina e o papai estava cortando a grama do jardim. Jenna me perguntou o que eu achava que aconteceria se o cortador de grama passasse sobre a cabeça dele. E essa só foi uma das coisas que ela disse.

── seu pai disse que ela acordava no meio da noite e ia até o quarto de vocês.

── sim, ela ficava olhando a gente dormir. Perdi as contas de quantas vezes me assustei ao acordar no meio da noite e ver ela parada em um canto me encarando como a porra de um espírito. Mas ela fazia isso bem mais com o papai, ela ficava horas olhando ele dormir. Era como se estivesse vigiando.

── jenna tem problemas paternos que vêm de sua família biológica, você deve saber.

── sim, meus pais foram informados sobre isso quando ádotaram. Mas ela parecia uma criança normal no início. Achamos que dessemos muito amor e carinho ela ficaria feliz e se sentiria segura aqui... Mas acho que jenna nunca se sentiu segura. ── entristeceu-se. ── O pior é que achamos que ela estava bem, ela estudou, formou-se e construiu uma carreira, até chegou à Apresentar uma namorada que era cantora, bonita, famosa e gentil. Mas eu percebia que, jenna não tinha afeto nenhum por ela, no entanto, parecia estar bem... ── uma lágrima rolou por seu rosto. ── E de repente nossas vidas viraram de cabeça para baixo.

── eu sinto muito. ── coloquei minha mão sobre a dela.

── seu diagnóstico é o que irá decidir a pena dela, certo? ── sem esperar respostas, a primogênita dos lambertini addams agarrou minhas mãos e olhou com súplica. ── sei que minha irmã fez coisas ruins, mas ela não é um monstro. Teve boas intenções. Por favor, não deixe que a matem. ── sua voz estava embargada. ── eu imploro...

REAPER, jemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora