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EMMA MYERS

Dois dias após meu primeiro encontro com jenna, eu iria voltar até o presídio para outra sessão. Entretanto, ao acordar pela manhã e checar meus e-mails, notei que o diretor do presídio havia me avisado que as sessões seriam adiadas porque jenna havia sido mandada para a solitária por ter agredido os guardas.

Então irritada com a situação, eu comecei a digitar uma resposta.

"Caro diretor jair bozonaro, o senhor está ciente de que as sessões de terapia são uma exigência judicial e que elas não são um tipo de tratamento especial para a detenta. Minha análise é de interesse popular, visando dar a melhor resolução possível para o caso de jenna Ortega, referente ao que for melhor para a segurança da sociedade. Tendo noção disso, o senhor deve imaginar que independente do mal comportamento da detenta, as sessões de terapia continuam sendo uma obrigação.

Espero não precisar contatar o juiz do caso para libera-la ainda hoje.
Estarei aí em uma hora e meia e pelo bem do senhor e de seus funcionários, é melhor que jenna ortega esteja na mesma sala de visita em que costumarei entrar todas as semanas até esse caso se der por encerrado.

tenha um ótimo dia, atenciosamente, Emma myers."

Alguns diretores inúteis se achavam donos das detentas e ignoravam algumas coisas básicas. Fiquei muito aborrecida porque os dois dias na solitária haviam possivelmente afetado coisas em jenna que antes eu poderia trabalhar e conhecer com mais facilidade. irritar alguém que já tinha o ódio como sentimento natural era como colocar gasolina em fogo.

bufando constantemente, corri para o banheiro e tomei um banho rápido, vesti um vestido social e passei um perfume hidratante, penteei os cabelos e tomei café da manhã na maior pressa do mundo. Ao chegar no presídio, ainda tive um pouco de dificuldade em convencê-los de liberar jenna para a sessão. Depois de ameaça-los pela terceira vez, finalmente me foi explicado o motivo de estarem tão relutantes em relação àquilo.

── tememos por sua segurança, doutora myers. ── O diretor bozo disse enquanto andava de um lado para o outro. ── a detenta parece ter algum tipo de obsessão pela senhorita, e dado o histórico dela, isso pode ser perigoso.

── olha, eu sou a psiquiatra aqui, não me interessa o que jenna vê em mim, eu posso contornar isso. ── sorri sarcasticamente.

── pode contornar isso, senhorita?
── me entregou um caderno aberto em uma das folhas. Peguei o objeto de suas mãos e avaliei o desenho, era eu, claramente. Que desenho perfeito.

── se não fosse pela rasura em meu rosto eu mandaria emoldurar.
── eu disse despreocupada. ── ah, e obrigada! Eu queria mesmo descobrir no que jenna é talentosa. Isso diz muitas coisas sobre ela, decerto o senhor adiantou o meu trabalho. ── continuei usando o tom de deboche.

── folheie as páginas, doutora. ── pediu sério.

Olhei os outros desenhos, todos os homens, todos os carcereiros do presídio.

── artista desenham o que podem ver, certo? O que tem de espacial nisso? ── suspirei por tamanho tédio.

── jenna Ortega só desenha quem quer matar.

── acha que ela quer me matar? ── soltei um outro suspiro, agora divertido.

── alguma coisa com você ela quer, e eu duvido que a senhorita goste disso. ── aborreceu-se.

REAPER, jemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora