Capítulo 07

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    Um mês se passou e eu estou fazendo missões sozinha ultimamente, pois o Kakashi está muito ocupado. Eu quase não estou parando na Vila, estou saindo muito e percebi que as missões de assassinato por algum motivo estão ficando cada vez mais fáceis de serem cumpridas. Eu estou muito experiente com a Anbu. Sinto que estou ficando cada vez mais fria e a cada missão que faço, estou acrescentando aos poucos no meu coração o que é necessário para ser um Anbu, escuridão.

  O Kakashi também saiu em uma missão. Soube que é muitíssima secreta e importante. Já têm uma semana que não o vejo. Eu me encontro voltando para a Vila após uma missão um pouco cansativa, tive que me hospedar em um lugar fora da Vila e eu estou muito feliz em poder voltar.
Chego em Konoha bem tarde da noite e vou fazer o relatório da missão e logo vou para minha casa. Chegando em casa, tomo um banho bem relaxante, visto uma roupa confortável e me afundo na minha cama e logo caio em um sono profundo.

  Logo o dia amanheceu. Faço minha higiene pessoal, visto uma roupa casual e desço as escadas. Caminho até a cozinha para fazer algo pra comer. Me alimento e logo saio de casa e vou para o QG da Anbu pois meu uniforme e equipamentos estão todos lá.  Entro no QG e um Anbu logo vem me receber. Eu não preciso mais mostrar um crachá para ele, apenas mostrei a tatuagem no braço e ele me deixou entrar. O quartel-general da Anbu é muito seguro, mesmo eu mostrando a tatuagem de Anbu, eles ainda desconfiam, mas tudo bem!
Vou para o vestiário feminino e não encontro ninguém.  Caminho até meu armário e pego meu uniforme e logo o visto, porém, noto que algo está faltando, é meu colar de shuriken que ganhei do Asuma. Nessa altura do campeonato, eu já sei quem foi! "A peste".

  — Não pode ser, eu não acredito que ela pegou isso... — Falo furiosa.

  Estou tão irritada que de repente começo a caminhar de um lado para o outro entre os armários descontroladamente pensando de que forma vou punir "A peste". Dessa vez eu não vou pegar leve, dane-se o que as meninas vão falar! Eu não tolero pessoas que gostam de testar minha paciência, falo por experiência própria com os testes idiotas do meu "Querido Senpai", que por um momento me fez odiá-lo. Tá! Confesso  que o "Querido" foi pura irônia, ainda tenho minhas dúvidas em relação aos seus testes. A sorte foi minha aliada em muitas ocasiões e continua sendo, pois de repente ouço um barulho estranho vindo de um dos armários. Caminho até ele sem fazer qualquer barulho. Levo meu ouvido até a porta do armário, mas não o abro. Logo ouço uma respiração vindo de dentro. Abro rapidamente a porta do armário e para minha surpresa, eu a encontro! A Peste é tão pequena que consegue ficar bem escondida dentro desse armário estreito. Ela é apenas uma garota de 13 anos, é um ano mais nova do que eu. Eu a chamo de "A peste" pois seu hobbie favorito é esconder, usar e perder minhas coisas, ela me tira do sério! Seus cabelos são curtos e ruivos e têm olhos verdes, suas bochechas são rosadas e é coberta de sardas. Estúpida, pensa que eu sou quem? Uma idiota?

  — Ahram... Te encontrei... — Olho com uma cara assustadora para ela.

  — C-calma Samire, e-eu... — Ela gagueja e logo percebo seu suor frio escorrendo e chegam até as maçãs rosadas do seu rosto, sua respiração está acelerada.

  — Por acaso, você pode me explicar o que faz aqui Sayuri? — Estreito os olhos desconfiada e olho para a menor que está tremendo.

  — É-é... as meninas me prenderam aqui e eu não consegui sair, eu juro... — Ela fala trêmula, seu nervosismo é notório.

  — Mas que mentirosa, o armário nem sequer estava fechado. Anda garota, onde está meu colar? — Me aproximo de seu rosto e olho firme em seus olhos.

  — Eu não sei... — Ela desvia o olhar para o lado.

  — Óbvio que sabe, você é a única que pega minhas coisas. Vamos, diga... — Me aproximo ainda mais de seu rosto com uma cara bizarra.

Querido SenpaiOnde histórias criam vida. Descubra agora