4: Corda, buraco, pá.

746 34 3
                                    

[...]
Em meio a paisagem cheia de árvores, céu límpido e florestas repletas. uma mochila vermelha com laranja se encontrava ao chão, repleta de sangue e sujeira da possível ventania que teve..
Enquanto as gotas de chuva caiam do céu, as mesmas molhavam o chapéu do xerife da cidade que olhava fixo para aquele item  um tanto misterioso.
A cena era analisada por ele e mais uma policial

-Cadê o resto dele? Perguntou o Xerife sem desviar os olhos da cabeça decepada com olhar fixo e expressão de horror.

-Bom, o Torso e o braço estão ali. Apontou a moça ajeitando uma de suas calças enquanto o xerife observava agora as outras partes do corpo do garoto espalhadas pela floresta. -Achamos a perna perto do lago. Tem um braço naquela árvore ali. Continuou ela apontando para o braço pendurado em uma árvore. -E o restante das partes ainda não foram encontrados. Se encaixa no perfil dos dois ataques da semana passada.

-solte um alerta. Não deixe entrarem na floresta. Observava toda a cena horrorizado. - Não aprove mais licenças pra fogueiras num futuro próximo.

- O que quer que diga a imprensa? Questionou ela o fazendo desviar seu olhar das partes do corpo para a morena. -Sabe muito bem que eles vão vir com tudo.

-Diz que o urso voltou.

-você não acredita nisso xerife.

- Claro que não! Se defendeu. -Quem fez isso não era humano. Olha, sei que essas mortes estão ligadas à Never More, só não posso provar ainda. Então até poder. Suspirou baixo -Foi um maldito urso. Concluiu

[...]

20:00

No prédio Ophelia eu retirava cada celofone colorido que estava antes colado no vitral me livrando de todas aquelas cores e deixando metade sem absoluta cor alguma. Estava atenta quando a porta se abriu

-Que droga você fez com meu quarto? Rosnou Enid e eu apenas a olhei com indiferença.

-Dividi o nosso quarto igualmente. Expliquei pois mesmo parecendo algo óbvio, a garota loira não parecia ter entendido. Me ergui sem pressa e dei um empurrão no celofone com meu pé os deixando ao lado de Enid já que a pertenciam. -Parece que um  arco-íris vomitou no seu lado. Andei até minha escrivaninha puxando a cadeira e me acomodando.

-Eu!

-Silêncio é muito bem vindo. Interrompi a garota antes que começasse a tagarelar. -É a minha hora de escrever.

-Sua hora de escrever? Disse ela atrás de mim parada em seu lado.

-Devoto uma hora por dia ao meu livro. Arregacei as mangas de minha jaqueta -Se você fizesse o mesmo o seu blogue teria coerência. Falei calma ajustando as folhas sobre a máquina de escrita -Já li diários de assassinos que usaram melhor a pontuação

-Eu escrevo na minha voz. Se defendeu aparentando estar chateada e enraivecida. -É a minha verdade. Os meus seguidores adoram.

Não pude deixar de virar para a garota

-Seus seguidores são claramente imbecis. Me ergui da cadeira com dois passos lentos na direção dela. -Eles reagem as suas histórias com figurinhas insípidas.
Ela riu baixinho

Wednesday [Wenclair - HOt]Onde histórias criam vida. Descubra agora