Wednesday [Wenclair - HOt]

5. Jura lealdade à mim? Doutora Kimbutt e Cata-Vento

Dentro do quarto do prédio Ophelia, ouvia-se a melodia chorosa e arrastada que tocava na vitrola antiga de Carmen Goette- La Llorona junto a mistura do tilindar de dedos ágeis e rápidos de Wednesday, ela digitava com destreza fixada com seus olhos sobre as letras da grande máquina de escrita.
Seus cabelos sempre com o mesmo penteados estavam da mesma maneira, bem ajeitados e penteados. A franja negra caia perfeitamente acima de seus olhos os quais imóveis passavam seus glóbulos oculares sobre as letras escritas que apareciam conforme o clicar de dedos nos botões.
Wednesday estava convicta que seria a mulher mais jovem a publicar um livro e isso a motivava todos os dias à devotar horas em seu novo livro.
Suas vestes perfeitamente passadas eram uma camisa social na cor branca de gola redonda junto a uma gravata preta que ia até seu umbigo e era coberta pelo colete de lã na cor preta formando um visual Old Girl Money, Wednesday apesar de não se vestir totalmente colorida não deixava isso influenciar na sua boa aparência. Quando ouviu o barulho de algo ranger simplismente parou com a digitação compulsiva e moveu sua íris para o lado direito antes de mover seu rosto com calma.
Se levantou rápido revelando sua saia plissada na cor preta que ia até abaixo de seus joelhos.
Segurou sobre a ponta do cobertor e o puxou rápido.

-Eu sabia.
Disse convicta revelando Mãozinha que ficou estático sobre os lençóis negros da latina.
-Olá mãozinha. Ela quase sorriu mas, mãozinha se escondeu rapidamente debaixo da coberta na tentativa de escapar de Wednesday que agilmente o segurou quando o mesmo pegou sobre a cabeceira dos pés da cama.
Wednesday o puxou astuta e o fez soltar-se segurando mãozinha firme com suas duas mãos.

-Achou mesmo que meu olfato altamente treinado não iria sentir o débil cheiro de Neroli e Bergamota do seu hidratante de mão?
Apertava firme enquanto andava com mãozinha entre suas mãos esbravejando não alto mas o suficiente para que Mãozinha entendesse o quão brava estava por ser subestimada.
-Posso fazer isso o dia todo.
Anunciou Wednesday colocando mãozinha sobre a mesa
-Se rende.
Falou firme e mãozinha bateu com a ponta dos dedos algumas vezes sobre a mesa.
Wednesday ajeitou a luz sobre mãozinha o olhando fixo enquanto apoiava As pontas de seus dedos sobre a borda da mesa
-Papai e mamãe te mandaram pra me espionar não foi?
Mãozinha negou com o dedo indicador.
-Não me importo em quebrar alguns dedos.
A garota ameaçou
-O fato deles acharem que eu não ia descobrir só prova o quanto me subestimam.
Mãozinha se moveu e ela suspirou
-Ai mãozinha, seu pobre e ingênuo apêndice. Meus pais não estão preocupados comigo. São tintereiros maléficos que querem me manipular até de longe. Na minha opinião, você têm duas opções.
Argumentou o olhando fixo.
-Opção Um:
Agarrou mãozinha e o ergueu abrindo a gaveta de sua escrivaninha com uma de suas outras mãos revelando uma escuridão profunda junto a duas tesouras e um estilete na cor preta.
-eu te tranco aqui o restante do semestre e você vai aos poucos enlouquecendo tentando fugir a unhadas.
Mãozinha tentava se esquivar mas era inevitável arranhou a penteadeira na tentativa de não entrar dentro daquela gaveta porém, Wednesday era mais forte. A garota prosseguiu
-Estragando as suas unhas e sua pele macia e suave. E sabemos o quanto isso é valioso.
Mãozinha movia o indicador e Wednesday retirou-o da gaveta rapidamente.
-Opção Dois:
Colocou Mãozinha abaixo do abajur para leitura o qual a luz era amarelada.
-Você jura lealdade eterna à mim.
Anunciou a latina simplismente. Mãozinha se curvou ficando sobre a ponta da curvatura do dedo anelar em um gesto cavaleresco
-Nossa primeira empreitada é escapar deste purgatório adolescente.
Mãozinha moveu-se
-É claro que eu tenho um plano. E ele começa agora.

[...]

BEM-VINDO A JERICHO- FUNDADA EM 1625
LAR DOS PEREGRINOS