Capítulo 04-Sobrevivam

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Fui atirando em zumbis até minhas balas acabarem, não acertei todos e quando achei que não teria como acabar com aqueles zumbis, vi Vitor de uma forma que eu nunca tinha o visto antes, ele estava muito furioso e com raiva, matou dez zumbis sozinho na minha frente...

Fiquei pasmo, pois Vitor era um cara muito na dele, calmo e divertido, não daquela forma.

Vitor era um cara bem alto e forte, com o nariz um pouco grande e de cabelos pretos, sempre usava boné. Lembro de quando nós conhecemos, foi quando eu mudei para aquela pacata cidade, estávamos no oitavo ano, eu usava um corte de cabelo horrível naquela época.

Ele avia perdido seu pai quando tinha apenas 11 anos, deve ter sido uma experiência horrível...

Depois dele ter matado aqueles zumbis fomos ver se por ali, havia algum rastro de Adriele e Tiago. Não estávamos encontrando nada, até que Vitor avista a blusa de frio de sua irmã, e diz...

-olha cara e dela!

-Dela quem?

-Da Adriele idiota !! de quem mais séria ???

-... parece ter sangue nela.

-Sim. Más não e de minha irmã!

-Como você sabe?

-Eu simplesmente sei que não e dela...

Resolvemos voltar para a casa pois já estava anoitecendo e seria perigoso, Vitor não concordou muito com isso, mais por fim viu que no dia seguinte poderíamos ter mais chances de encontra-los.

Antony havia preparado uma sopa para nós, por conta daquele frio que não parava.

Enquanto Antony comia deixou seus óculos totalmente embasados por conta do vapor quente da sopa, naquele momento veio um flashback em minha cabeça, lembrei de minhas brincadeiras com Antony de quando éramos pequenos, de quando ele comprou um computador, quando ficávamos altas horas jogando.

Antony era um cara inteligente, não muito forte, usava óculos desde pequeno, pois quando nasceu o médico deixou seus olhos muito expostos a luz, seu cabelo era grisalho apesar de ter apenas 22 anos, ele era um cara legal e engraçado, e também era meu primo.

Após comer fomos para a sala conversar.

-Amanhã quero ir com vocês, para ajudar a achar seus amigos.

Disse Antony.

-Acho melhor não pois precisamos de alguém para cuidar das coisas aqui...

Eu o respondi.

-E verdade Vitor, Brian tem razão. Alguém deve ficar aqui, além do mais, só você sabe cozinhar.

Rimos muito disso.

Conversamos outras coisas e logo fomos nos deitar, o dia tinha sido cheio eu estava morto de cansaço, acho que os outros também estavam.

Logo cedo fui acordado aos gritos por Vitor...

-São eles venham ver, só pode ser eles !!!!

Vitor me leva para fora da casa, ele aponta para a antena de telefone de nossa cidade, que ficava em uma serra muito íngreme. De lá vinha uma fumaça, como se fosse de uma fogueira.

Antony levanta sem saber nada, logo explicamos a ele o que está ocorrendo. Vitor está inquieto, pois queria logo ir até aquela serra, más Antony o corta dizendo...

-Vocês não podem ir assim, não temos armas nem munição suficiente. Acho melhor vocês irem até a delegacia, para ver se acham mais balas e armas.

-Verdade você tem razão, e além do mais não temos muita gasolina.

Então após eu dizer isso, Vitor foi dentro da casa. Trouxe um machado e me entregou, dizendo que iria ficar com meu facão.

Pegamos o carro e vamos em direção ao posto de gasolina, Antony havia ficado, como combinamos. Após o tanque de gasolina do carro estar cheio, seguimos em direção a delegacia de polícia.

Em frente à delegacia já havia uns 8 zumbis, matamos todos com facilidade, eu percebi que o machado era bem melhor e também não me sujava muito de sangue.

Lá dentro, parecia que os policiais haviam se retirado as presas, (o que era óbvio) tudo estava derrubado, manchas de sangue para tudo que e lado, tinha um cheiro horrível.

Vitor vê ali um armário, então ele o abre, e para nossa sorte haviam 4 armas e muita munição ali. Era perfeito, eram 2 pistolas .40 com 14 pentes de 20 balas, uma carabina calibre 12, com 36 cartuchos e também uma espécie de submetralhadora, com apenas dois pentes de 40 balas.

Pegamos aquelas armas maiores e colocamos no carro, já as pistolas que estavam junto ao coldre e o cinto, colocamos na cintura.

Era por volta das 14:00 da tarde, ainda não tínhamos comido nada, resolvemos abrir umas latas de feijoada que tínhamos trazido, comemos e partimos para a serra que ainda tinha aquela fumaça.

Tinha uma estradinha pela serra que ia até o seu topo, mais só até na metade dava para ir de carro, o resto teríamos que seguir a pé.

Encostamos o carro onde avia uma pequena arvore, pego meu óculos escuro, meu boné e uma camiseta que enrolo a boca (para evitar que enchesse minha cara de sangue).

Subimos até o fim da serra, onde tinha pequenas arvores, que escondia o local da fumaça. Ao chegarmos no local exato da fumaça, havia ali uma grande fogueira, mais logo algo chamou a atenção de Vitor...

-olha !!

Disse ele eufórico.

-O que Vitor?

-Essas pegadas no chão.

-E verdade, parecem ser de duas pessoas.

-sim!!! só pode ser do Tiago mais a Adriele!

Ouvimos um barulho ao fundo, parecia de um animal morrendo. Más não era, um zumbi veio muito rapidamente na direção de Vitor, que num ato de reflexo atirou nele com a carabina, mais o tiro tinha sido no peito, e nós já tínhamos notado que só se matava essas coisas com ataques na cabeça.

Mas aquele zumbi era diferente dos outros; Em vês de ser pálido, lento e podre, aquele não tinha sido nada lento quando atacara Vitor, também sua cor era como a de um vivo e também apresentava umas manchas pelo corpo em forma de bolinhas. O tal zumbi usava, um jaleco branco, como aqueles de médicos, e tinha um crachá, que estava escrito "Dr.Samuel, achamos melhor guardar aquele crachá.

Já era quase 17:30, não estávamos mais suportando aquele frio, parecia que ali não havia ninguém algum tempo...

Então resolvi dizer algo para confortar Vitor.

-Talvez eles tenha ascendido a fogueira só para se aquecerem um pouco, e ai farão para outro rumo, a deixando acesa...

- E talvez.

-agora vamos para casa, precisamos descansar, para amanhã termos mais forças para procurá-los novamente.

-Tudo bem.

Voltamos para a casa, e Vitor estava muito estranho, nem quis comer o estrogonofe de frango que Antony havia preparado, comida a qual comi toda praticamente sozinho, o que era estranho porque eu não era de comer muito.

Aquela noite não dormi direito, pois sonhei com o zumbi que tínhamos visto naquele dia.

Certa hora da noite acordo por conta de um dos pesadelos com aquele zumbi, resolvo ir até a cozinha, para beber um pouco da água que estava no galão. Após beber minha água, olho pela janela, estava muito nublada aquela noite, mas consegui ver dois vultos no quintal.

Então eu acordo os outros, pegamos as armas e vamos ver o que e, Abro a porta e Vitor vai em direção aos vultos, e de repente solta um grito.

-Não pode ser... Meu Deus !!!!!.

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Experimento OliverOnde histórias criam vida. Descubra agora