capítulo 6

1.4K 160 11
                                    

O tempo voa quando você está se divertindo.

Logo chegou a hora de meus amigos fazerem o último teste. Ensinei-lhes tudo o que pude. Eu só esperava que fosse o suficiente para colocá-los na viagem para Pandora. Eu não poderia imaginar não tê-los comigo.

Junto com meu trabalho de instrutor chegando ao fim. Assim foi meu tempo na Terra. Mary, com quem tentei passar todos os momentos acordados, muitas vezes chorava porque eu logo a deixaria. Ela tentou não fazer isso perto de mim, mas eu sabia que ela chorava com frequência.

Até me peguei chorando à noite porque estava com medo de deixar minha família para trás. O que eu faria sem Mary? A mulher que me acolheu como sua própria filha. Eu não poderia imaginar uma vida sem ela. Mas logo eu teria que viver aquela vida. E nós dois sabíamos disso.

O Dr. Heinburg até encerrou sua pesquisa sobre mim. Finalmente tendo obtido as respostas que queria. Uma vez eu o encontrei chorando em seu escritório em nossa nova casa. Na frente dele estava todo o seu trabalho em mim e uma foto minha sorrindo com um dos meus dentes da frente faltando.

Eu soube então que ele me amava assim como eu o amava. Dr. Heinberg era meu pai e ele é o melhor que eu poderia ter pedido.

Eu me preocupava com o que aconteceria com Mary e o Dr. Heinburg quando eu saísse o tempo todo. Fiquei com medo de perguntar se eles parariam de morar juntos e se separariam e nunca mais se falariam. Porque com a minha partida chega o fim dos cuidados de Mary.

Uma parte de mim queria ficar aqui na terra e continuar a vida como antes. Enquanto a outra parte queria se libertar e se mudar para Pandora. Mas a questão do desconhecido me assustou. O que aconteceria quando eu chegasse lá?

Fiquei tão agitado pensando em tudo que acordei no meio da noite e deixei cair algumas lágrimas. Então me levantei e fui pegar uma bebida na cozinha. Apenas para encontrar o Dr. Heinburg abraçando Mary e colocando um beijo suave em sua testa.

Escondi-me nas sombras e observei-o confortá-la. Foi nesse momento que deixei minhas preocupações desaparecerem. Eu não tinha com o que me preocupar, porque sabia que eles se amariam e cuidariam uns dos outros na minha ausência. Que era minha hora de crescer e partir e me tornar a pessoa que eu queria ser.

Essa foi a última vez que chorei até dormir.
Eu sabia então que, embora sentissem minha falta, eu tinha que fazer aquela viagem para Pandora.
_____

30 de setembro de 2148 foi o dia em que recebi as cartas. O Sr. Galloway veio até nossa casa sorrindo e me deu minhas cartas de recruta.

"Eles conseguiram?" Eu perguntei mordendo meu lábio em antecipação.

Ele me deu um encolher de ombros e manteve seu rosto em branco.

"Eu não sei. Você vai ter que esperar e ver quando eles abrem suas cartas." Com isso ele saiu e saiu de casa.

Liguei para todos os meus recrutas e disse-lhes que me encontrassem no café onde todos íamos almoçar pelo menos uma vez por semana.

Consegui falar com todos, menos com Tom. O que é estranho, ele sempre respondia se eu ligasse ou mandasse uma mensagem para ele.

Eu afastei minhas preocupações e decidi dar a ele por conta própria.

Cheguei ao café antes de todos e consegui uma mesa. Pedi uma xícara de chá e fiquei sentado esperando meus amigos aparecerem.

Depois de esperar 10 minutos, Norm entrou pela porta e Hilary entrou logo depois dele.

"Ei Nova." Ele disse sorrindo para mim.

Eu sorri de volta. "Olá Norma."

"Ei pessoal. Qualquer motivo para almoçarmos hoje. Não é um dos nossos dias normais de almoço."

avatar: Nova Blanchard's Story(tradução) /Completo/Onde histórias criam vida. Descubra agora