O general apaixonado ( Finalizado)

Capítulo 4: Ó não, soltei uma piada

  Aparentemente o maior entrave da vida de Cyno era ele mesmo e suas próprias decisões! A descoberta seria fascinante se não fosse trágica.

  O dia tinha começado de maneira auspiciosa, a humidade estava no nível ideal -  pelo menos para ele que era nativo do deserto e ainda não estava tão acostumado com o nível de humidade que era normal para os residentes do resto de Sumeru- pelo tipo de nuvem no céu já dava para saber que o clima seria de sol mas não muito, e os tucanos resolveram brincar na frente de sua janela.

  Ele tinha levantado um pouco mais cedo que o de costume, e aproveitou para lavar o lencinho de Nilou. Tinham ficado algumas manchas de gordura nele mas nada que uma mistura de bicarbonato, vinagre, e sabão não desse conta. Bem rapidinho tinha terminado a tarefa e colocado o objeto para secar.

  A primeira missão do dia foi completada com sucesso! Já estava liberado para prosseguir com o resto de seu cronograma. 

  Foi prepara o café da manhã, e se deparou com toda - a pouca- comida da sua casa estragada, até as folhas de chá preto estavam mofadas. Maldita humidade tropical! Sem outra opção, teve que jogar tudo fora e ir comer na primeira barraquinha que achasse aberta às extadas 5:30 da manhã. Talvez ele estivesse com sorte, e houvesse mais de uma aberta naquela hora, certamente ter mais do que uma opção era algo bom.

  Barraquinhas de tudo quanto era coisa lotavam toda a área comercial da cidade de Sumeru - o que era a parte de baixo da Árvore Divina- mas elas ainda estavam terminando de serem montadas. Sem paciência de esperar, Cyno ficou vasculhando cada canto da cidade até achar um idoso que vendia tchai*. Benditos idosos e seu hábito de madrugar!

  O tchai estava excepcionalmente delicioso, a quantidade de leite e de chá estavam equilibradas, e o vendedor não economizou nas especiarias - conseguia sentir com intensidade o sabor do cardamomo e da canela- certamente voltaria ali mais vezes. Por mais gostoso que fosse o tchai, só aquilo não resolvia o problema de matar sua fome, então mais uma vez o general foi fazer uma busca pela área.

  E acabou voltando aonde tinha começado, só que agora as barraquinhas estavam abertas e com alguns clientes - pelas roupas, supôs que eram todos estivadores do porto- o que o animou, agora teria opções para escolher sua café da manhã. Cyno olhou uma a uma cada barraquinha até decidir que queria comer uma refeição reforçada, afinal não tinha como saber a quantidade de papelada que o esperava em seus escritório - durante suas ausências elas tinham o péssimo hábito de triplicar de volume-  e se conseguiria ter uma pausa para almoçar.

  Por fim optou por comer uma sopa de lentilhas junto com um naan* recheado com batata e garam masala*. Por precaução, comprou uma dúzia de bolos de coco para ir comendo durante o dia. Depois do vendedor embrulhar os doces num tecido e dar tudo para ele, Cyno partiu para cumprir o segundo objeto do dia.

  Comprar roupas novas.

  Esperava resolver essa questão bem rapidinho e já ir trabalhar, foi ali que o dia começou a dar sinais de que daria tudo errado. Primeiro porquê ele não fazia a menor ideia de onde se vendiam roupas, e como não queria atrapalhar as pessoas também não quis perguntar. Procurou sozinho pela cidade por mais de uma hora, até que se rendeu e resolveu perguntar para a primeira pessoa que visse pela frente.

  Que para sua tristeza foi Kaveh com toda a aparência de ter acabado de sair de uma boa noitada. Ele ia dar meia volta e falar com qualquer outra pessoa mas foi reconhecido pelo outro, que fez o favor de gritar para Teyvat inteira ouvir:

  - Generallllllllllllll, o que faz por aqui? É crime? Quero ver quem você vai prender hein. É o Alhaithan né? Há, vou poder ficar com a casa só para mim.