Capítulo 5 - Sondrê

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Seguimos adentrando a floresta, como a floresta próximo ao meu vilarejo as árvores não deixavam a sol penetrar em seu interior, a floresta era escura e fria, barulhos estranhos como galhos quebrando ecoam em meus ouvidos fazendo com que eu pense q...

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Seguimos adentrando a floresta, como a floresta próximo ao meu vilarejo as árvores não deixavam a sol penetrar em seu interior, a floresta era escura e fria, barulhos estranhos como galhos quebrando ecoam em meus ouvidos fazendo com que eu pense que alguém está atrás de mim, grandes flores púrpuras medindo quase minha altura abriam e fechavam suas pétalas, são flores lindas mas perigosas, elas soltam uma toxina que te paralisa por um longo tempo, e dentro de uma floresta onde pode existir seres famintos não seria nada bom. Digo para os outros passarem longe das flores, e neste momento me vem a memória o que Rahari havia me falado, que era para seguir meus instintos e conhecer o terreno que estou pisando. Percebo que por mas que seja uma floresta longe do meu vilarejo as coisas aqui são bem parecidas então não me sinto perdido. Entre grandes raízes expostas e troncos enormes andamos com dificuldade, será que o reino de Lenon está perto ou ainda teremos que andar por essa floresta. Se perder aqui não seria bom, mas parece que cada passo que damos paramos no mesmo lugar. Não sei mas algo estranho está no ar, não sei o que é, só sei que algo estranho parece estar nos seguindo, um frio sobe minha espinha e eu estremeço, pelo visto só eu estou com essa sensação, os outros estão normais não falam nada apenas andam seguindo apenas uma direção. Percebo que o tom das árvores estão mudando, parece que eles estão velhas e secas,  símbolos que nunca tinha visto estavam por toda parte, parece que entramos em um território de alguma raça, e a atenção precisa ser redobrada agora, será que estamos perto do reino de Lenon?

Sombras passam rápido pelos galhos das árvores fazendo com que folhas caem e um som estranho é ouvido, não sei dizer o que é, parecia vozes que falavam entro as presas fazendo com que as palavras ficassem longas e estridentes,  parece que de fato encontramos uma nova raça. - Pare e se mostrem? - Grita Goel. As criaturas param de se mover entre os galhos e tudo fica calado, para onde será que eles foram?

- Então a raça estranha fala. - Diz uma voz que não consigo identificar de onde vem. - Parecem ser guerreiros. De que reino são? - Pergunta a voz.

- Acho que não devemos responder algo a quem não estamos vendo. - Fala Reny.

- Não seja por isso. - Fala a voz.

Um ser começa a descer de uma árvore. Ele rastejava por uma longa calda que começa da sua cintura, na parte superior seus membros são como os meus, mas sua pele aparentava ser áspera e em um tom cinza, com longos cabelos azulados e olhos que pareciam ser um grande poço negro. - Pronto, aqui estou. - Diz a criatura.

- Olá. - É a única palavra que sai da minha boca.

- Não se preocupe, a reação de vocês não me admira. Costumo deixar os outros assustados, não só eu como todos do meu reino. - Diz a criatura.

- Estamos procurando o reino de Lenon, sabe onde é? - Pergunto.

- Lenon? - Pergunta a criatura. - O que querem em Lenon? - Pergunta ele.

- Ainda não sabemos, apenas precisamos chegar lá. - Digo.

- Eu sou Serpetty líder do reino de Lenon. - Diz a criatura.

- Nos leve até Lenon. - Digo para Serpetty.

- E qual seu nome meu jovem guerreiro? - Pergunta ele.

- Me chamo Levin sou do vilarejo de Súnuatê. -Digo para ele.

- E quem são os outros sem pelo? - Pergunta Serpetty.

- Esses são Goel, Reny, Fahí e Sojyh. - Digo. - Eles são de outros mundos. - concluo.

- Zomba de mim jovem! - Fala Serpetty com tom de ira.

- Não, claro que não, entre nossas raças eles não existem. Ou já ouviu falar deles? -Tento inverter a situação.

- Não existe outro planeta com vida além de Sondrê, quem dirá outro mundo. - Diz Ele com revolta.

- Ele diz a verdade. - Diz Goel. - Eu sou de um planeta chamado Terra. - Completa ele.

-Terra como essa que rastejo? - Pergunta ele rindo de Goel.

- Sim, terra essa como você rasteja! - Responde Gael olhando para Serpetty.

- Vou acreditar. - Diz Serpetty. - Venha me siga. - Fala ele quando vira as costas.

Passamos a seguir Serpetty por uma trilha onde as árvores estavam de fato secas, não havia folhas apenas troncos secos, um cheiro de queimada subia pelo meu nariz, em algum lugar está pegando fogo.

Serpetty da um grito como se quisesse chamar a atenção de alguém, quando olho para os lados, vários seres se levantam dentre as palhas secas que estavam ao redor. Fiquei preocupado de fato todo esse reino e aterrorizante, as raças que vivem aqui são verdadeiros monstros, bom, não podemos julgar pela aparência, vamos ver onde isso vai dar.

- Cobras e lagartos. - Fala Goel.

- Como é? - Pergunto.

- Na terra os animais com essas características se chamam cobra e lagarto, os classificamos como répteis. - Fala Goel.

- Na terra eles são perigosos? - Pergunto para Goel.

- Lagartos não. - Fala ele. - Mas serpentes, cobras como Serpetty são animais perigosos.

- Devemos ficar de olho em Serpetty? - Pergunto.

- Tigres não são amigáveis, são predadores na terra, e olha para você, o oposto deles. Então porque não dar um voto de confiança a Serpetty. - Fala Goel.

Quando me dei conta estávamos em um campo vasto e no final um grande reino com construções feitas de barro, pedra e madeira, só que tudo parecia estar destruído. Não sei o motivo de Rahari ter nos mandado aqui.

- Serpetty. - Grito pois estava em uma distância considerável com Goel.

- Fale Levin. - Diz Ele quando para de rastejar.

- Aconteceu algo aqui? -Pergunto.

- A alguns dias um reino vizinho nos atacou, e incendiou todo o Reino, ficamos sem reação, eles fizeram nossos sentinelas de reféns e conseguiram entrar na noite enquanto todos dormiam. Acordamos com a fumaça, por pouco conseguimos tirar nossos filhotes vivos. - Diz Serpetty.

- Que reino e esse? - Pergunto a ele.

- Prefiro não pronunciar seu nome. - Diz ele.

Quando terminamos o pequeno diálogo já estávamos dentro do reino deles, e a nossa recepção foi um tanto esquisita. Todos começam a Gritar. - Renamatô, renamatô, renamatô!

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