Capítulo 14 - Prelúdio (Rahari)

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RAHARI

Acordo em súnuatê com um alvoroço, Lenon está recrutando guerreiros da grande pedra para uma guerra. Quando saio ele está no campo central junto com Siferon, Reyfin e Tirety os reis dos continentes afastados.

- Nosso mundo corre perigo meus amigos. - Diz Ele em um tom audível, fazendo com que toda a súnuatê escute com clareza suas palavras.

Todos começam a perguntar o motivo da guerra, algum reino se voltou cotra o outro? Sempre vivemos em união tanto no nosso mundo quanto nos outros mundos, agora mesmo devem estar passando vários seres pela nossa porta para conhecer e estudar nosso mundo assim como fazemos com os deles. Logo um dos reis começa a falar.

- Estão querendo roubar de nosso mundo e não vamos permitir. - Fala Reyfin batendo com seu cajado no chão.

- Roubar ? - Pergunto. - Nosso mundo e grande e temos o suficiente para doar aos outros mundos. Sabemos das dificuldades que alguns mundos passam. - Digo levantando a voz.

- E quem é você que levantou a voz para o rei? - fala Reyfin irritado.

- Sou Rahari líder da guarda de Sondrê. - digo me aproximando dele.

- Zomba de mim? - pergunta ele. - O que um líder faz em uma vila pobre como essa. No mínimo teria que residir no mesmo lugar que o Rei.

Os outros reinos são diferentes do nosso. Na grande pedra somos todos simples, o rei não vive em um Palácio e sim em uma simples cabana esculpida na pedra.

- Acho que precisamos de um novo líder para a guarda. - Diz ele.

- Espera Reyfin! - Diz Lenon. - Você é um rei desinformado. Pergunte em seu reino e saberá quem é Rahari. Me admira você, esse guerreiro liderou nosso exército em batalhas internas com êxito. No ataque da Ilha negra Rahari liderou nosso exército e trouxe a vitória para nossos reinos e todos os guerreiros com vida.

- Não me interessa o histórico de guerreiros. - Diz Ele.

- Então não menospreze Rahari. - Diz Lenon olhando fixamente nos olhos de Reyfin.

- Vocês falam em roubar, mas Tirety tem em sou reino aquilo que se chama energia elétrica e isso foi roubado da terra e de mundos que possuem o mesmo como Ranúê, Neocópus e Ardóry. - Digo.

- Espera, nós só pegamos a planta de construção da máquina em Neocópus. - fala Tirety com a voz trêmula.

- Sei que essa planta foi roubada e você usou para seu benéfico assim como os metais de ligamento para as máquinas. Os outros mundos não consideraram o roubo, todos eles tem essa energia então para eles não seria problema nenhum liberar o projeto, eles teriam dado de bom grado para você.

- Basta! Não sou obrigado a ouvir acusações de um guerreiro. - fala ele irritado.

- Se a guerra de vocês é por isso, não conte comigo. Se todos pudéssemos compartilhar de suas coisas entre os mundos tudo seria mas fácil, se encarassemos essa situação de maneira agradável para todos seria bem melhor, estão levando muito a sério uma coisa que poderia ser resolvida com uma simples conversar entre os líderes dos planetas. Imaginaram quartas mortes ocorreriam por coisas tolas? E se não repensarem essa guerra o sangue de inocentes lavara o chão de Sondrê como dos outros mundos.

Falo tudo que tinha para falar. Não tenho medo de expor a verdade, ainda mas sabendo que existem reis aqui em Sondrê que são soberbos e só pensam em si próprios.

- Rahari os outros mundos estão preparando seus exércitos um mensageiros da Terra disse que em um dos continentes o executo de Ardóry devastou metade dele, por eles não estarem preparados para guerra. - Fala Lenon agora com um tom calmo, de verdade ele parecia está preocupado.

- Lenon peço desculpas mas não entrarei nessa guerra tola. Levante outro líder para guiar o exército e esqueça de mim. Não invadirei um mundo, não tirarei a vida de nenhum ser. Se os sentinelas de Súnuatê quiserem se juntar a vocês eles vão. Eu ficarei aqui no meu humilde vilarejo esperando essa guerra tola acabar.

- É sua palavra final Rahari? - pergunta Lenon.

Apenas aceno com a mão e entro para minha cabana.

Algumas luas depois...

Ouço barulhos fortes e tremores que fazem minha pequena cabana de madeira tremer. Parece que algum exército já passou pela porta de Sondrê, disse que não iria me preocupar mas como não? Seres estão morrendo sem sentido algum e isso me incomoda muito.

Perdido em meu pensamento me desligo de tudo e não percebo que quatro seres estão em minha cabana adornados com armaduras brilhantes.

Uma guerreira se apresenta e diz que se chamar Sythê. Diz que tem um plano para acabar com a guerra. Assim como eu ela e os outros não estavam de acordo com a guerra e de qualquer forma eles iriam acabar com tudo.

- Rahari, Daragá não pode tocar na criação e nem intervir nas decisões dos seres dos cinco mundos. Mas nós podemos e ele nos dará a chave para acabar com essa guerra.

- E o que faremos? - Pergunto.

- Digamos que, um sacrifício para o bem de nossos mundos. - Diz ela sorrindo.

- Se é para trazer a paz de volta a Sondrê e aos outros mundos, conte comigo. - Digo estendendo a mão.

Uma luz toma conta de todo o ambiente e sem conseguir enxergar tenho a sensação de que meu corpo está flutuando e isso me assustou um pouco. Quando minha visão retorna estou em um lugar onde o chão onde piso e a imagem dos mundos, consigo ver a guerra e o caos e a desordem que está nos mundos. Isso sujou por completo a beleza que cada planeta tinha.

Meus olhos começam a serrar e um líquido desce por eles. Estou sentindo a dor de cada vida perdida nessa guerra, a sensação é péssima.

- Assim Daragá se sente Rahari. Essa dor que todos aqui estamos sentindo e a dor que ele sente. Ver tudo que ele criou com tanto amor se destruir, acabar pouco a pouco.

- O que for para ser feito que seja feito agora. - Digo. - Não podemos permitir que mais nenhum ser perca a vida.

Com isso me junto aos guerreiros da paz.

1010 palavras

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