Confissão

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Assim que Zenitsu voltou para festa, logo se encontrou com Uzui. O platinado viu o louro e foi em sua direção.

– E aí, como foi? – Falou alto perto do outro por conta do som alto.

– Foi bem. – Respondeu o Agatsuma.

O amarelo não iria dizer que beijou o mais baixo, pois, na mente dele, não deveria ter acontecido. Não tinha nada a ver com seu irmão ou com ninguém mais, era algo que ele nunca imaginou, tinha medo do menor não olhar mais sua cara, tinha medo de ficar sozinho novamente, tudo por causa de um beijo e isso fazia o louro entrar em pânico.
[...]

Zenitsu voltou para casa. Assim que entrou, viu Kaigaku sentado no sofá comendo um pode de sorvete e vendo um filme de comédia romântica ruim. Agatsuma se aproximou do irmão e viu lágrimas saindo de seus olhos. Era a primeira vez que via Kaigaku chorar. Assim que se aproximou do moreno, o outro se assustou.

– Porra! – Falou baixo, mas o outro ainda ouviu – Pensei que ia voltar mais tarde. – Colocou outra colher de sorvete na boca.

– Hm, eu não queria mais ficar lá. – Zenitsu sentou-se no sofá, ao lado de seu irmão. – Por que tá chorando?

–... Esse filme é muito ruim. – Kaigaku tentava mudar de assunto.

– Kaigaku, não tenta mudar de assunto. – O olhou sério – Por que tá chorando? É a primeira vez que te vejo chorando...

– ... Por que quer saber? Não vai fazer diferença nenhuma na sua vida. – Comeu mais uma colher de sorvete.

– ... – Zenitsu olhou para a tevê. – Eu beijei o Tanjirou. – Falou sério sem olhar para o outro – Eu não sei porquê fiz isso, mas eu quis fazer. Só que me pareceu errado e então eu voltei pra casa. Talvez você esteja certo, eu sou um merda que não consegue namorar uma menina – Riu.

Kaigaku o olhou.

– Me desculpa por ter dito isso naquela época, eu não deveria. – Suspirou – Eu tinha inveja de você porque você conseguia o que queria, o vovô te amava muito e muita das vezes eu ficava sobrando nessa casa... Quando ele te trouxe e disse que você ia ser meu irmão eu fiquei muito feliz porque ia ter alguém pra brincar comigo, mas isso não aconteceu – Riu – Me desculpa por te chamar de merda e por todas as outras coisas. Eu não tô esperando seu perdão nem nada, só achei que deveria pedir desculpas.

Kaigaku voltou a olhar a tevê. O Agatsuma olhou para o outro e suspirou.

– Você tinha inveja de mim e eu de você – Riu – Pra mim o vovô gostava mais de você, ele sempre te dava atenção quando eu tava por perto.

– Besteira, era pra que eu não me sentisse um peixe fora d'água. – Riu – E era sempre quando você estava por perto.

Os dois riram.

– Você gosta do garoto? O que você beijou. – Perguntou o moreno.

– ... Talvez.

– Engole esse talvez e responde direito! Olha tudo o que você tá fazendo pra não perder a amizade dele.

– Mas, isso é normal né?

– Beijar um amigo assim, eu acho que não. Ele retribuiu?

– Sim...

– Me conta aí como foi então.

– Estávamos sentados na grama olhando as estrelas e eu entrelacei nossos dedos, depois nos beijamos.

– Uau. Como você vê ele? O que você sente quando está com ele ou quando vê ele?

– Ah... Toda vez que o vejo eu sinto vontade de abraçar ele, de segurar ele. Ele é pequeno e muito gentil e bondoso, eu gosto disso nele. – Falou com um sorriso bobo – Ele tem toques gentis, seus olhos são lindos, e a cicatriz na testa que ele tem o faz ficar mais bonito... E sexy. Eu queria poder segurar ele em meus braços, queria poder fazer ele tirar o peso que ele tem nas costas... Eu gosto de sentir a presença dele mesmo que não conversemos. Eu... – Deu uma pausa e olhou para seu irmão – Kaigaku, eu gosto dele, muito. Eu... Me apaixonei por ele.

Kaigaku apenas sorriu. O loiro se levantou do sofá e foi para o quarto. Pegou seu celular e ligou para o menor, sentia que deveria o ver agora e falar o que estava em sua mente, mas o menor não atendeu o telefone, o louro então mandou uma mensagem de texto falando que queria o ver e que estaria indo para a casa do outro.
Agatsuma desceu as escadas e saiu novamente, desta vez indo para a casa do menor.
[...]
Zenitsu chegou, mas Tanjirou ainda não estava em casa, o loiro sentou e se encostou na porta a espera do menor.
[...]

Um tempo se passou. O Kamado voltava para casa, foi quando pegou seu celular e viu uma chamada perdida do mais alto e uma mensagem de texto. Abriu a mensagem. Depois de ver a mensagem, o Kamado guardou o celular e começou a correr.
Não demorou muito para ver o louro em sua porta.

– Zenitsu! – Gritou.

Zenitsu olhou para direção da voz e ao ver o mais baixo, se levantou.

– Tanjirou.

O Kamado enfim chegou. Ofegante por ter corrido.

– Você correu? Por que? – Perguntou o mais alto.

– Porque... Eu não queria te deixar esperando. – Sorriu. – O que-

Antes que pudesse falar, o louro o interrompeu com um abraço.

– Tanjirou... Eu gosto de você. Gosto do seu jeito gentil, do seu sorriso, seus olhos, sua cicatriz. Eu gosto da sua presença mesmo quando não estamos conversando. Eu... Eu quero poder te segurar nos meus braços e falar que tá tudo bem, você pode relaxar. – Zenitsu se afastou do abraço e olhou o menor nos olhos – Tanjirou eu te amo! E eu quero ter você! Eu quero você nos meus braços!

O pequeno Kamado estava surpreso. Portanto, não pensou muito para responder. O menor sorriu.

– Eu também te amo Zenitsu. Eu também quero te abraçar e falar que tá tudo bem, que você pode relaxar. Eu gosto dos seus olhos, que parecem solitários, gosto do seu sorriso, do jeito que você quer ajudar os outros. Eu quero te abraçar, quero te ver feliz. Eu te amo Zenitsu!

O Agatsuma não esperava que seus sentimentos fossem contribuidos. Sem perceber, o menor se aproximou e o beijou.

– Quer entrar? – Perguntou para o mais alto.

– Sim. – Respondeu o loiro, sorrindo.

                                Fim.

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Espero que tenham gostado.
Desculpa se faltou algo.
Obrigado por ler :)

Meu Amarelo - ZentanOnde histórias criam vida. Descubra agora