Labyrinth [Simone x Soraya]

|CAPÍTULO 9|

N/A: Olá Labyrinters! Como você estão?
"Ah, Mi... Você demorou dez dias para atualizar Labyrinth..."
Eu sei, eu sei! Por isso mesmo, antes de desejar uma boa leitura, venho informar que dia 25 teremos um especial de Natal bem fofo com o nosso casal favorito! 🎄❤️ Um beijo! Fui!

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"Eu vou sentir você em todos os lugares mais tarde." Disse, apoiando a ponta do meu queixo por cima do ombro. Ela era tão linda... com um joelho flexionado, o edredom entre as pernas cobria seu ventre e sua barriga, mas não os seus seios.

"Esse é o meu objetivo."

Neguei com a cabeça ainda com um sorriso estampado no rosto e me levantei. Vesti seu robe de seda azul escuro e prendi o laço com firmeza. Coloquei um lado do cabelo atrás da orelha.

Ao percorrer todo o corredor, encontrei a sala de jantar silenciosa. A mesa já não estava mais posta. Olhei em direção ao relógio na parede da cozinha. Era tarde demais para qualquer funcionário limpar a nossa bagunça mesmo assim, o fizeram. Havia ainda disposto em cima da mesa, um vaso de tulipas brancas, me aproximei para pegar uma, ofereceria a Simone, sabia que aquela tonalidade da flor representava o perdão e eu estava disposta a perdoá-la. Deus sabe que sim. Foi só quando estava bem próxima a mesa que senti meu pé se chocar com uma textura áspera, que logo reconheci como um papel amassado grosseiramente. Me abaixei e o peguei.

Encostei meu quadril na madeira maciça e o desamassei com cuidado, sentindo meu coração acelerar à ponto de quase sair pela boca ao passar os olhos pelas palavras.

"Ainda estamos esperan— mas que porra é essa, Simone?" Cochichei baixo e fui para o quarto à passos largos. Segurava o papel com força, como se ele fosse se desintegrar e sumir da minha mão a qualquer momento.

Lembranças tão vívidas do casamento de minha filha vieram à minha mente, no corredor que parecia interminável a cada passo apressado em direção ao quarto. Abri a porta e a soltei rapidamente, batendo-a e assustando Simone.

"Simone! O que significa isso? Não acha que está na hora de me contar tudo de uma vez?"

Simone franziu a testa e se sentou melhor na cama. Passou os dedos finos no cabelo, colocando os fios para trás. Seu semblante chegava a ser impassível, olhando-me com os olhos pretos cheios de profundidade. Transparecendo estar muito calma, ela ergueu a palma virada para cima em minha direção.

Uma das minhas mãos estava na cintura, segurando-a apertado e a outra lhe mostrava o papel, com dedos trêmulos.

"Calma, Soraya. Já pedi ao Jonas para investigar esta correspondência."

"Que Jonas, Simone? Isso é caso de polícia. Vamos deixar o mimimi de lado? Isso tem relação com aquela ligação que você atendeu lá em Noronha, não tem?" Sacudi o papel em minha mão na altura do seu rosto. Não sei o que espero com tantas perguntas, pois apesar de querer a verdade, tenho medo do quão tenebrosa ela possa ser.

"Não sei do que você está falando." Simone balançou a cabeça em negação e eu senti meus batimentos acelerarem em resposta ao simples gesto. Arqueei minhas sobrancelhas e arregalei os olhos, completamente incrédula com a maneira que ela me subestimava.

"Simone... eu ouvi! Ouvi você falando ao telefone e sinceramente, tudo se encaixa. Se alguém está te ameaçando ou até mesmo se... se você estiver..." Me perdi enquanto falava, olhando para todos os lados do quarto antes de encarar os olhos dela; Francamente, me faltou coragem de dizer em voz alta. Aquele olhos-noite ainda estavam me encarando de volta, penetrando minha alma silenciosamente.