Selvagem Urbano

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Num dia frio de um inverno qualquer
Ficava encolhido num canto
De um pavilhão do Centro Cultural

Não conseguia mais dormir nas ruas
Então dormia dentro daquele pátio.

Ouvia os risos dos estudantes.
Via em outros cantos outros moradores de rua

E os vigias balançando as cabeças.
Indignados com tais criaturas.

Nem Ligava mais pra isso. O corpo se desligava.
Dormia o sono da exaustão.

Algumas horinhas pra compensar
Algumas noites sem dormir.
Essa era a rotina de um desvalido.

Acordar, procurar comida, procurar abrigo e dormir...
Eu era um selvagem urbano...

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