Abismo

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 Um espirito descontente, Fruto da mais podre semente, No âmago de seu ser entendeu um dia, Que não se importava mais quando partiria, No fundo ansiava por isso, Se livrar do pesadelo maldito, Do escuro não teve mais medo, Não guardou para si mais...

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Um espirito descontente,
Fruto da mais podre semente,
No âmago de seu ser entendeu um dia,
Que não se importava mais quando partiria,
No fundo ansiava por isso,
Se livrar do pesadelo maldito,
Do escuro não teve mais medo,
Não guardou para si mais nenhum segredo,
Apenas deixou tudo como estava,
Percebendo que de sua esperança nada restava,

Estava cansado das pessoas,
Cansado de suas ambições tolas,
Talvez algum erro em seu código genético,
O fez viver a vida toda como um cético,
Mas ali ele estava,
Contemplando o abismo que o saudava,
Das suas bordas caíam pedras podres,
E do fundo vinham os mais podres odores,
Todo dia ele ia ao abismo o olhar,
E todo dia desistia de se jogar,

No fim o abismo era tudo que restava,
Um buraco negro que o chamava,
Ele lutava contra isso não pense que não,
Mas no fim sabia que lutava em vão,
E quando deu por si mergulhava no abismo,
E as pedras podres que despencavam eram ouro maciço,
E aqueles odores podres que antes sentiu,
Se transformaram no cheiro mais puro que já existiu,
E quando enfim chegou no fundo do abismo,
Entendeu que em toda sua vida nunca havia vivido.

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