inveja

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Eu o invejo com sua perfeita vida,
Duvido até mesmo que algum dia ele tenha sentido sua alma vazia,
Com um lar amoroso e caminho trilhado,
Ele exibe sempre um sorriso sossegado,
Maldição como tenho inveja,
Como eu gostaria de ter tido também uma história bela,
A mim só restou as cinzas de boas vidas queimadas,
Compartilho o destino agonizante de almas penadas,
Um lar destruído, 
Um futuro perdido,
Sou só mais um humano que não conseguiram concertar,
E que por piedade não quiseram me matar,
Talvez esse teria sido o certo,
Pois vivo mudo surdo e cego,
Sem alegria ou uma bela família,
Sem ter esperança em ter isso algum dia,
Como cheguei ao ponto de deixar meu passado me dominar ?
Como aceitei meus traumas me escravizar?
Fodace afinal nada mais importa,
Sou como uma planta torta,
Apenas esperando para ser arrancada e jogada ao lixo,
Que dará logo fim à esse pesadelo maldito

Poesias EfêmerasOnde histórias criam vida. Descubra agora