Trikinho

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Te encontrei em minha porta dormindo,
O Primeiro ser que me olhou sorrindo,
Acontece amigão que a vida ficou pesada,
Minha alma está tão cansada,
Apenas tu parece que me ama,
Você meu caro amigo agora dorme até em minha cama,
Ao ouvir seu latido manso me sinto mais feliz,
Que bom que algum Deus bondoso me enviou você,
Para ajudar um eterno infeliz,
Estendi meus dias nessa terra apenas por você,
Mas me entenda amiguinho de pelo castanho,
Nesse mundo ainda me sinto um estranho,
Se eu pudesse te levaria comigo,
Mas para aonde eu vou um ser tão puro não seria permitido,
Então de você preciso me despedir por fim,
E ir de encontro a danação eterna que aguarda por mim,
Mas nem mesmo o mais sujo submundo me impedirá de lembrar,
Do seu rostinho alegre a me receber,
Da sua felicidade quando começo a te afagar,
Isso nenhum anjo sombrio me fará esquecer,
A se algum Deus pudesse apenas um pedido meu atender,
Pediria então que te fizesse entender,
Que não agrada meu coração te deixar,
Mas dessa vida miserável eu preciso me  separar,
Adeus amiguinho de pelo castanho,
Espero que sua nova família também aprecie seu encanto,
Quem sabe se no passado eu tivesse ido por outros caminhos,
Se eu não tivesse perdido tanto,
Ai então até o fim ficaríamos juntos,
Mas agora deixe-me cessar de vez todo esse pranto.

Poesias EfêmerasOnde histórias criam vida. Descubra agora