✩Plantinhas (1/2)

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Lírio estava sentindo falta de algo à alguns dias.
Andava pela casa, e sentia que ela era fria. Não pela temperatura, mas de uma forma emocional, talvez? Ele não conseguia explicar ao certo.
Faltava cor, faltava vida, faltava… plantas! Isso! Meu Deus, como ele pôde esquecer disso? Já estavam ali há quase 1 mês e meio, e não tinha nenhuma planta naquele apartamento.
Então, no dia seguinte, Lírio acordou determinado. Iria começar sua jornada em busca das plantas mais lindas. Na noite anterior, se preparou para acordar antes dos outros, pois, além de tudo, ainda queria fazer uma surpresa para seus amigos. Levantou às 8 da manhã, comeu um pão com manteiga, se arrumou e deixou um bilhete na bancada da cozinha antes de sair.

	Foi até o ponto de ônibus, e entrou no primeiro que parou

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Foi até o ponto de ônibus, e entrou no primeiro que parou. Estava pronto para tirar do caminho qualquer coisa que pudesse o distrair de seu objetivo, que era ir até uma floricultura, e comprar plantas lindas para a casa d'Os Cinco. Havia apenas um problema: Lírio não sabia onde poderia haver uma floricultura ali perto.
Na verdade, tinha outro problema…
O homem olhou para a janela, vendo o ônibus começar a se mover, e então a ficha caiu. Lírio nem sabia em qual ônibus tinha entrado.

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Em poucos minutos, a cabeça de Lírio já havia se tornado uma confusão. E se ele ficasse perdido? Não tinha contado para ninguém onde estava indo, ou, no caso, onde pretendia ir. Chico ficaria muito bravo, isso se ele o encontrasse. Lírio não parava de estralar os dedos das mãos, e olhava apenas para baixo, sentindo raiva de si mesmo.

Desceu em um ponto qualquer, esperando que a sorte lhe guiasse para alguma floricultura. Mas, aparentemente, a sorte não quis.
Se viu em uma rua residencial. Pra todo lado que olhava, tinham apenas casas. Até mesmo comércios pequenos eram poucos.
Respirou fundo, tentando se acalmar, e andou pelo bairro estranhamente vazio, até finalmente encontrar alguém: um jovem, que parecia não dormir faz alguns dias, saindo de casa.

— Opa, amigão — Lírio chama, fazendo o jovem se virar, confuso. — Cê sabe se tem floricultura por aqui?

— É… então… — O jovem passa a mão pela mecha descolorida de seu cabelo. — Acho que não tem aqui não.

— Sabe algum lugar perto que tem, então?

— Ah — O garoto encara a rua. — O único lugar que eu sei que tem é o centro. Tava indo pra lá, na verdade.

— Cê pode me dar uma carona? Sabe, vai demorar até vir outro ônibus, né. Mas, se não puder também, tudo bem…

— É meu amigo que vai me buscar, então tenho que ver com ele.

— De boa, de boa— Lírio olha em volta. — E qual que é seu nome, menino?

— É… Paulo.

— Paulo, nome bom. Eu sou o Lírio!

— Ah, legal…

Eventualmente, um carro chega e ambos entram. Paulo se senta relativamente longe de Lírio, bem atrás do motorista, mas o outro parece nem perceber.
Lírio e Carlos Eduardo, o dono do carro, viram amigos rapidamente. Ambos falaram a viagem inteira, a ponto de parecer que se conheciam à décadas. E Paulo, calado desde que o carro saiu da frente de sua casa, parecia apenas querer descer do carro o quanto antes.
Os garotos os deixaram na frente da tão desejada floricultura, depois de Carlos insistir para todos trocarem números de telefone.

Só quando Lírio se virou, após acenar para os amigos até o carro sair de vista, que ele viu algo óbvio. O portão da loja estava fechado.

— Como assim fechado, meu Deus? — Lírio coloca as mãos na cabeça.

— É, meu filho, fechou agorinha — Uma senhora cheia de sacolas para ao lado dele. — Ninguém sabe o que foi não. Me falaram que era coisa da família do dono, mas sei lá.

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Depois de passar um bom tempo sentado no sol quente, e mais um tempo em pé num ônibus lotado, Lírio consegue voltar para Seu prédio. O homem sobe as escadas, sem ânimo algum no corpo. Estava suado, triste e de mãos vazias.
Quando abriu a porta do apartamento, viu seus amigos na sala, todos fazendo algo diferente. Mas, quando entrou na casa, aquela expressão brava virou o centro das atenções.

— Li, meu Deus, o que houve? — Chico se levanta, e vai até o homem.

— Caralho, Lírio, onde é que cê tava? — Xande diz, tirando os fones.

— Eu… eu… — A expressão raivosa de Lírio se desmancha em lágrimas. — Eu não consegui.

— Não conseguiu o que, Lírio? — Dara diz, preocupada.

— Plantinhas… surpresa… procês… — ele diz entre soluços, enquanto Chico, ainda confuso, tenta o confortar.

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Opa!! Vim aqui dizer que:

1° - Demorei para postar pois tive um grande bloqueio de criatividade com esse capítulo
2° - Escrevi parte dele tendo virado a noite, e ainda não revisei, então me perdoem caso tenha algum erro gramatical :P
3° - Eu tinha esquecido de por o bilhete do Lírio. Sim. Desculpa, tropa :(

Ah, e uma pergunta, também:

Quem identificou a participação especial aqui?

Os Cinco! Onde histórias criam vida. Descubra agora