✩Plantinhas (parte 2/2)

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A casa estava silenciosa, mas continuava com um ar caótico. Os quatro andavam por aí sem fazer barulho, enquanto Chico dava ordens por meio de leitura labial.

Após a crise de Lírio no dia anterior, Chico não se conteu e organizou uma surpresa com o resto do grupo. Todos concordavam com Lírio, sobre a casa precisar de mais cor, e, ainda por cima, queriam ver o amigo feliz novamente.
Cada um ajudaria do jeito que pudesse. Xande resolveu se empenhar para fazer origamis de flor, mas acabou sempre pedindo ajuda de Dara. Esta, que se apressava para terminar uma aquarela de uma paisagem natural que Lírio havia descrito uma vez, dizendo que era de uma memória especial.
Chico saiu para fazer o mais óbvio: comprar plantas, voltando com um caixote de tudo quanto é espécie. E Guizo estava encarregado de documentar tudo, desde os origamis meio tortos do começo, até as violetas lindas que Chico tinha encontrado.

Os quatro escutam um barulho vindo do quarto de Lírio, e correm para se posicionar. Chico e Xande na porta do quarto; Dara em um ponto cego, segurando um confete de aniversário; e Guizo ao lado de Dara, com a câmera já ligada.
Lírio sai do quarto, coçando os olhos, e se assusta com Chico e Xande, que "guardavam caixão" na frente de sua porta.

— Ei, o que foi? — Lírio diz, apreensivo.

— Nada não. A gente só tem uma coisa pra você mesmo — Xande diz, bloqueando com as mãos a visão de Lírio, que tentava bisbilhotar a sala.

— É, e você precisa fechar os olhos — Chico instruiu Lírio a por as mãos em seus olhos. — Isso, aí a gente vai te guiar.

— É uma surpresa? — Lírio diz, sendo levado até a sala

— Aham. Então você não pode olhar, hein — Xande começa a mexer seus dedos na frente de Lírio quando chegam na sala. — Quantos dedos têm aqui?

— Você tá me copiando? — Guizo sai de sua posição, se aproximando de Xande.

Chico sussurra para os dois,
"Saiam daí da frente, porra"

— Aí, Lírio, pode abrir os olhos — Chico diz, alegre, e empurra Lírio suavemente para a frente.

O homem abre os olhos, e aquele olhar cansado é substituído por um olhar totalmente iluminado. Está olhando para um caixote cheio de plantas reais, vários origamis de flor meio tortos e uma pintura do lugar onde cresceu. Com lágrimas nos olhos, ele se vira para os amigos, e os vê ainda tentando estourar o confete de aniversário. Quando conseguem, gritam "Surpresa", e Lírio chora mais uma vez.
Onde mais conseguiria um grupo assim?

⋆°⋆✩⋆°⋆

Capítulo curtinho, né?

Bom, repito aqui a mesma coisa: ainda não revisei esse treco, então peço que ignorem (ou me avisem sobre) qualquer erro gramatical pelo texto ;P

Espero que tenham gostado desse <3

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